Sugar Daddy

capítulo um

Demitida. Eu fui demitida merda eu estava tão, mais tão na merda que não conseguia acreditar.

O ódio esquentava o meu sangue ao ponto de eu não sentir a chuva fria que caia sobre minha cabeça e nem ver o que estava ao meu redor, ótimo nada fará esse dia ficar pior, eu nem notei quando um carro passou em alta velocidade ao meu lado bem em cima de uma poça jogando grande parte da água em mim, eu e minha boca imensa. Eu só precisei virar mais uma rua para chegar em meu prédio nas dependências da faculdade. Entrei pela lateral do prédio que dava acesso as escadas e subi até o quarto andar onde o apartamento que eu dividia com meus dois melhores amigos se encontrava

— O que você está fazendo aqui a essa hora? — Clary perguntou como comprimento do sofá assim que passei pela porta do apartamento, caminhei pela sala ignorando ela indo em direção ao meu quarto para tirar a roupa molhada sem nem responder Clary, ela já estava me seguindo para o quarto onde eu tirava a blusa e joguei no cesto de roupa suja — Sami, aconteceu alguma coisa?

— Fui demitida. — as palavras saíram amargas da minha boca

— Porra, nem ferrando — Clary parecia tão chocada quanto eu — aquele imbecil está fazendo isso por causa de você ter rejeitado ele, infeliz do caralho — Clary constátava da porta do banheiro enquanto eu me despia — meu Deus! — Clary ficou branca como papel na porta com a mão na boca enquanto me olhava — como você vai pagar a faculdade esse trimestre? — ela perguntou e foi a minha vez de ficar tão branca quanto papel

— Merda, é essa semana? — eu perguntei quando entrava no box do banheiro ligando a água do chuveiro, Clary concordou com a cabeça — eu só pego o acerto em um mês — declarei pra ela que fez uma cara pensativa e me olhou com um sorriso no rosto — não Clary, nem fodendo pra ser mais exata — a interrompi antes que ela dissesse o que estava passando pela cabeça dela

— Qual o problema de ser sugar baby em? — ela cruzou os braços já me interrogando enquanto eu entrava embaixo da água quente do chuveiro para espantar o frio que já havia se concentrado até nos meus ossos

— Não vou ser bancada por nenhum homem Clary, muito menos um idoso — eu estava ensaboando meu corpo enquanto ela ainda estava na porta me observando

— Então você prefere trancar o curso a ser bancada por um homem? — ela cruzou os braços me olhando ironicamente, ela sabia que a faculdade era tudo pra mim e que eu jamais abandonaria

— Não vou ser uma prostituta da terceira idade, Clary — eu já levava meu cabelo que ia até o meio das costas sem olhar para Clary

— É isso que você acha que eu faço? — me questionou chocada

— Não, Clary eu não quis dizer isso, só que às vezes pode ser isso que o velhote espera de mim — eu já estava me enrolando na toalha para poder sair do box — você teve sorte de arranjar um cara não tão velho que não tenha interesse em te foder

— Samanta do jeito que você fala parece que sugar baby é outro nome pra prostituta e não é assim!

— Eu sei que não é Clary — eu já saia do banheiro indo em direção ao meu guarda roupa — eu só não consigo fazer isso, okay — visto a camiseta que é uma réplica exata da camiseta que a Marceline deu pra princesa jujuba que chega a altura das minhas coxas

— E quais são as suas opções no momento, me diz Sami? — ela me encarava com ironia no olhar

Ela estava certa ou era isso ou prostituição, nem em sonho eu conseguiria um emprego em uma semana e mesmo que conseguisse eu só receberia depois de um mês, infelizmente essa era a minha única opção por hora