Sonhos, de uma parte do passado, esquecidos.

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........Mitsuba Sousuke-on..........

Eu, sinceramente, sou aquele povo do governo, que promete as coisas e não cumpre. Minha pessoa pode até não ter prometido nada a ninguém, só que eu disse claramente para mim mesmo que: "eu irei destruir a vida de Minamoto Kou, custe o que custar". Um anjo ou Deus, ou provavelmente Satã, iluminou meu coração para estender a mão para o loiro de coração partido? Não sei. Me arrependo de ter feito isso? Fantasticamente eu não me arrependo, logo 'tô surpreso de como eu posso ser uma pessoa tão maravilhosa para plebeus de merda.

Ao andar para casa, que como todo mundo sabe, fica do lado da escola surgiu uma brilhante ideia: "Se eu já ganho dinheiro e tenho minha humilde residência, para que estudar?".

Amanhã eu falo com o diretor sobre isso.

........Akane Aoi-kun-on..........

- Eu pedi para você fazer APENAS uma coisa! - gritei na sala da presidência, depois das aulas e depois, também, das minhas tentativas frustrantes de encontrar Mitsuba Sousuke – Encontra-lo no primeiro dia de aula, sequestra-lo e falar para ele toda a verdade e que precisamos MUITO dele agora! - Minha garganta começou a doer de tanto usar minha voz. Isso sempre acontecia quando eu estou com Minamoto Teru e sempre estamos juntos, desse modo fico constantemente sem voz.

- Você acha que vou pedir desculpas, com uma carinha de arrependimento? Eu deixei uma carta muito bem explicativa de onde o Mitsuba veio parar e os prazeres da reencarnação - Minamoto retrucou, enquanto verificava a papelada da semana. - Pelo o que eu sei era para Akane Aoi, ou seja, você falar com ele hoje, mas conseguiu? Em, me diga, amor.

- Não. Me. Chama. De. Amor - mordi o lábio inferior e rezei para mim mesmo não meter a porrada nele. - Nossa relação vai acabar assim que pedimos ajuda ao Mitsuba-san. Sobre... aquela pessoa – sentei no birô onde ele estava trabalhando com um ar de poucos amigos, como eles falam nos filmes. - Você é um adulto Minamoto... precisa crescer e sabe que tem a guarda legal de Mitsuba (que ainda vai para os documentos legais), têm também do Kou e da Tiara, você é, realmente, um pai! Se cuidar das coisas com brincadeira não cai sobreviver nesse mundo.

- Primeiro eu ainda tenho dezessete. Segundo eu tenho você para sobreviver e eu sou bem responsável.

- Responsável? Desde-

- Terceiro, se eu sou o pai você seria a mamãe deles.

Sai de cima do birô e comecei a rondar a nossa pequena sala. Sim, eu divido a sala com ele a quase um ano. Desde que descobrimos que estávamos destinados a ficarmos juntos parece que o mundo vem colocando cada vez, mas mais motivos para nos casarmos-

{N/A: nesse exato momento lembrei da Jisoo cantando "Yuki no Hana" e não faço a mínima ideiam, do porquê. Vou escutar agora mesmo deve ser um sinal do divino Kami-sama da escrita}

- Isso vai acabar. Teremos ajuda e descobriremos onde sua mãe está para acabarmos com esse casamento estranho.

- Por que seria estranho, o casamento?

- Você sabe muito bem – disse e ele deu um sorriso torto. Ele sorri assim ou quando está confuso ou irritado, presumo que pelo suspiro abobado depois da sua pequena feição seja por estar confuso mesmo. - Eu meio que te odeio.

- Ah, ainda está com raiva de eu ter beijado a Aoi-san? Ela nem beija tão bem assim – tentou me consolar.

Dei de ombros e tirei meus óculos de leitura por alguns segundos, que tinha tendência em me deixar zonzo as vezes.

- Não, não estou com raiva.

- É claro – ele assentiu contendo um sorriso. - Só que são águas passadas, amor. Podemos agora ser felizes juntos – brincou. Minamoto-senpai tinha a tendência de zoar nosso matrimonio, quando estávamos a sós, como um jogo para tirar o clima pesado.

Concordei com um "hm" e fiquei rondando a sala até a hora de irmos embora. Hoje jantaria na casa dele.

Quando chegamos quase de cinco para as oito lá me deparei com um Minamoto Kou tomando sorvete no pote e vendo meninas malvadas. Dava para reconhecer esse filme com diversas palavras agressivas como: "vadia, piranha, maluca psicopata das ameaças".

- Por que Regina George? Por que tinha que ser atropelada por um ônibus? - chorava em quanto enfiava mais sorvete na boca. Vestia um pijama composto de blusa branca totalmente suja de comida e uma bermuda frouxa que também tinha muita sujeira de restos de comida. Ele tava acabado no nível que nem eu consigo argumentar.

{N/A: quem não assistiu meninas malvadas por favor viu... pleno 2020 e ainda não assistiu essa biblía versão boss bitch}

- Kou-chan? - perguntou Minamoto-senpai largando a bolsa e indo na direção do mais novo. - Tudo ok, aí?

- Sim – ele fungou – estou perfeitamente bem – enxugou as lagrimas e deu pausa no filme. Seus olhos estavam tão vermelhos que ele poderia participar do filme dos X-man. - Boa noite Akane-senpai.

- Noite – sorri – desculpa o incomodo.

- Nada – deu de ombros, dando um leve sorriso – as coisas ficam mais agitadas com você aqui – Mesmo desconhecendo que eu e o Minamoto-senpai nos casaríamos, Kou agia como se já estivesse ciente de que rolava algo entre eu e o Minamoto Teru.

- Verdade – comentou o irmão mais velho, animado. - E você, não tem nada, mesmo, para nós contar?

Era engraçado como Teru sempre dava um jeito de me incluir nos papos de casa como um primo próximo da família, até mesmo uma mãe que pode compreender a dor de todos da família Minamoto. Odeio quando ele faz isso, além do mais tudo isso que temos agora, essa ligação de vida e morte vão terminar quando acharmos o—deixa.

- Terminei com a Yashiro-senpai – falou Kou, por fim.

Demos um jeito de consolar ele com palavras gentis de que vai doer pra caramba no começo, mas a dor vai aliviar aos poucos. Nem sei como pude ajudar ele, afinal nunca fiquei com ninguém.

........Mitsuba Sousuke-on..........

Nunca fui muito de sonhar, até hoje. Quando cheguei em casa comi um pouco de pizza do dia anterior e deitei na cama sem tomar banho. Minha casa minhas regras baby. Adormeci de boca suja e todo fedido. É ai que vem a parte do sonho:

"Minhas mãos passeavam na madeira da minha carteira da escola. Alunos conversavam com outros, se demostravam animados pois se empurravam e soltavam risadas animadas.

'Queria poder sorrir assim, como eles. Rodeados de amigos, rodeados de felicidade, rodeados de experiências que eu nunca terei.', eu pensava vendo os meus colegas me evitarem e não dando a mínima para minha presença.

- Mitsuba-chan! - alguém me chamava em outro lugar que não era a escola. Me dirigia a estrada para atravessar a rua em quanto essa pessoa me chamava. Não era próxima de mim, mas parecia me conhecer mais do que nunca. Quando eu a olhava eu me distraio o suficiente para ser atropelado. - Nos vemos na nossa próxima vida, cuidado com o de óculos ele vai te perguntar sobre mim, nem precisa se preocupar. Mas não fale para -

Sua voz era cortada pelas sirenes e buzinas. Estava tudo acabado para mim. Não havia mais sofrimento ou arrependimento na minha vida. Quer dizer na parte do arrependimento eu tenho vários, como beijar, a inexperiência na cama e também na parte de amigos. Nunca tive ninguém para dizer: 'eu confio nele. Esse caba é meu best forever.', se é assim que as pessoas falam hoje em dia.

Acordo na sala e pássaros cantavam. Não estava morto, mas infelizmente muito menos vivo, algo dentro de mim faltava e eu não sabia o que."

Acordei suado e mais sujo do que já estava quando havia chegado em casa. Sonhos não são coisas boas, nem aqui nem na China.  

Gaya: Um jogo sem limites - MITSUKOUOnde histórias criam vida. Descubra agora