1 - A Mudança

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Por Clara:

Coloco minha última mala no caminhão de mudanças, olho para meu pai que está encostado no carro e vou até ele. O abraço e entro no meu carro, que ganhei de presente de aniversário.

  Ligo o carro e sigo o caminhão até o condomínio da Nina.

  Eu estou me mudando para o apartamento dela. Ela comprou o apartamento a alguns meses e estava esperando eu completar 18 anos para poder ir morar com ela. Fiz 18 há um mês e meio e hoje é o tão sonhado dia da mudança.

  Nina é um ano mais velha que eu e é muito rica, por causa da sua carreira como modelo e pela herança que seus avós deixaram pra ela.

  Ela comprou um apartamento no Morumbi, um dos bairros mais chiques de São Paulo. (planta do apartamento na multimídia). O apartamento é meio grande e já veio todo mobiliado(por sorte).

  Chego no condomínio e vejo Nina conversando com o porteiro. O porteiro abre o portão e o caminhão entra, eu estaciono meu carro na calçada mesmo, porquê nosso apartamento só tem uma vaga no estacionamento. Passo pelo portão de moradores e cumprimento o porteiro que é um senhor por volta dos 50 anos, ele tem cabelos grisalhos e olhos castanhos, ele é mais alto que eu. Olho pelo crachá dele e tá escrito Antônio Osvaldo. Sorrio para Nina e a abraço, ela dá tchau para o Sr. Antônio e fomos em direção ao caminhão de mudanças. Começamos a subir com as caixas até o nosso andar, deixamos as caixas empilhadas uma em cima das outras no corredor e voltamos para pegar o resto. Depois de uns quinze minutos terminamos de subir com as caixas, eu pago o frete e o moço do caminhão de mudança vai embora.

  Eu e Nina subimos cada uma com uma caixa nos braços até nosso andar, colocamos minhas caixas dentro do apartamento e nos jogamos no sofá cansadas.

  — Você devia ter contratado alguém para ajudar a trazer as caixas para cá — Nina diz e eu suspiro.

  — Não sou rica como você, querida Nina. O dinheiro que tinha era para pagar o frete. Afinal eu tô vindo da Zona Norte pra Zona Sul e é bem caro.

  — Tá bom, milady. Agora vamos colocar as caixas no seu quarto e depois você vai tomar um banho porquê seu cheiro de cc tá dando pra sentir lá da portaria - a fuzilo com o olhar e me cheiro, é realmente estou precisando de um banho.

  Levamos nossas caixas para o meu quarto(que é suíte!! Mini surto interno).

  Depois entro no meu banheiro, tomo um banho. Saio do banheiro enrolada na toalha e com os cabelos também enrolados na toalha. Pego um pijama azul bebê de algodão. Passo meu desodorante e saio do quarto e vejo que Nina também tomou um banho.

  — O que vai querer pra janta, milady? — Nina pergunta pra mim quando eu chego na sala.

  Ela me colocou esse apelido depois que assistiu Miraculous: As Aventuras de Ladybug e desde então não me chama mais pelo meu nome, é só milady.

  — Pizza!! — eu digo exasperada. Se tem uma comida que eu amo é pizza.

  — Então vai pedir pro vizinho o número de alguma pizzaria porquê eu tô com preguiça de pesquisar.

  — E por quê você não vai?

  — Porque você deu a idéia e porque eu tenho que falar com meu agente — ela diz e passa por mim indo pra sacada. Bufo e saio de casa indo até o vizinho.

  No total são 7 apartamentos por andar. Decido bater na porta do vizinho da frente mesmo já que é o mais perto.

  Bato três vezes e escuto um "já vai". Fico esperando até que a porta é aberta por um lindo garoto de pele branca, olhos azuis claro e alto. Ele é bem forte e tem cabelo bagunçado. Está vestindo uma calça de moletom cinza e uma regata branca.

  — Posso ajudar? — ele pergunta e sua voz me arrepia por completo. É uma voz rouca e marcante.

  — É... — perco a fala. — Eu acabei de me mudar e não sei onde que tem pizzaria por perto. Você teria o número de alguma para me dar, por favor?

  — Só um minuto — ele entra no apartamento e logo volta, com um panfleto nas mãos. Pego meu celular e disco o número da pizzaria.

  — Muito obrigado... — deixo as palavras no ar para que ele me fale o nome dele.

  — Alex. Eu me chamo Alex.

  — Prazer, eu sou a Clara — aperto a mão dele e entro no meu apartamento, quando estou fechando a porta olho para ele que está encostado no batente da porta com um sorriso de lado e me olhando intensamente.

Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora