The Queen Of France | jensoo [abo]

A França

           Jisoo caminhava aflita pelo quarto lhe dado no navio que ia para França, não sabia no que pensar, já que sua cabeça parecia que explodiria a qualquer momento do tanto de coisa que passava em sua mente tão conturbada. A garota respirou fundo, acalmando seus nervos já que não poderia se encontrar com sua noiva no estado em que estava, caminhou mais um pouco pelo quarto e resolveu então sair do lugar para subir a proa e respirar um pouco de ar puro, talvez a ajudasse a se acalmar de vez.

     Caminhou calmamente pelo lugar, se aproximando do deque e fechando momentâneamente os olhos e sentindo a maresia do mar, realmente ter saído de onde estava e tomar um pouco de ar havia ajudado bastante.

    — Vossa alteza – Jisoo se virou exasperada, levando a mão ao peito pelo susto que havia tomado, não tinha escutado quando sua dama de companhia havia se aproximado.

   — Eu não a escutei se aproximar. por Deus, Ellys! Você quase que me mata de susto! – Argumentou massageando o local acima do seio e respirando fundo algumas vezes para acalmar o coração que batia descompassado em sua caixa torácica. – Mas me diga, oque atrás até mim? – Perguntou, se recompondo e deixando as mãos juntas em frente ao corpo.

   — Uma carta, vossa alteza – Ellys viu a expressão da princesa mudar e também viu a aflição tomar o olhar sempre gentil e sereno de sua alteza.

   — De quem? – Jisoo perguntou receosa, poderia ser uma carta da rainha mas também sabia que poderia ser uma carta de seu irmão, havia brigado feio com o mais velho dias antes de decidir ir até a França e aceitar em definitivo o noivado que vinha a rondando desde que nascerá.

   — De seu irmão, Jung Seokjin.

   — Onde está a carta, Ellys? – Após ouvir as palavras saírem da boca de sua dama, sentiu seu corpo inteiro tremer, não havia se despedido de Seokjin desde que sairá da Inglaterra já que o mesmo havia ido embora um dia após a discussão e desde então não lhe havia enviado uma única carta, nem mesmo para lhe dá notícias se havia chegado em segurança no país onde agora era rei, seu pai muito menos lhe deu satisfação se havia chegado uma única carta e a mesma nem se preocupou em ir atrás, perguntar ou questiona-lo sabia que ele iria passar coisas em sua cara.

   — Aqui, vossa alteza – Estendeu a carta que tinha em mãos para Jisoo, está que pegou a carta com urgência e reconheceu o brasão da Escócia, pais que agora tinha como rei seu irmão. – Irei me retirar para meus aposentos – Informou, saindo de perto de sua dama e caminhando ou correndo novamente para seu quarto, estava ansiosa para ler as palavras de seu irmão, sentia falta de trocar cartas com ele e das iguarias e lembranças que o mesmo lhe mandava da Escócia, que inclusive estava levando todos os presentes enviados por Seokjin consigo.

     Entrou em seus aposentos com pressa, fechando a porta e caminhando diretamente para a penteadeira que tinha no local, abriu uma das gavetas puxando dela uma pequena espatula, quebrando o selo que fechava a carta e abrindo com as mãos um tanto trêmulas. Respirou fundo, fechando os olhos para se acalmar e soltou o ar com leveza, sentindo a tenção em seus ombros diminuir gradativamente, a cada vez que a mesma continuava nesse ritmo. Finalmente abriu os olhos, dericionando ambos para o papel com letras bem desenhadas e arredondadas.

         Querida Jisoo, imagino que neste momento esteja indo para a França, e também imagino que está em completo desespero, mas peço que se acalme, seu irmão sabe muito bem o desespero que é ir para um país estrangeiro, sem ao menos falar a língua nativa de lá direito, mas se mantenha calma e se não conseguir está tudo bem, não se desespere ainda mais, não é errado demostrar fraqueza, mas não o faça na frente de nosso pai, sabe muito bem disso não é, minha irmã?
           Deve ter ficado desesperada por minha pessoa não lhe enviar uma carta até agora, mas eu estava chateado com você por aceitar a proposta, e totalmente irado com nosso pai por colocar minha única irmã nesse meio da política e lhe oferecer como um simples brinquedo para a França, mas creio eu que a França seja um país pacífico apesar de tudo, sabes que Hoseok já foi várias vezes para lá, e sempre que voltava para casa vinha com histórias incríveis do país, que infelizmente não tive oportunidade de lhe contar quando vinhas para minha casa, mas tens essa oportunidade em mãos agora, e espero que consiga usufruir de maneira correta.