ACCIDENTALLY IN LOVE - jjk + kth

when everything (un)fortunately happened.

Seus olhos entediados e entristecidos vagavam sobre o papel. Nada mais e nada menos do que seu convite de casamento arranjado. Vovô era um homem rígido, não deixava ninguém sair da sua linha de controle — Se é que tem uma — e Taehyung, como qualquer outra pessoa de família nobre, recebia punições para que se mantivesse de boa postura e seguindo uma linha reta em destino a um futuro sucedido. 

— Droga.

 Uma lágrima pelo extremo dos seus olhos se formou, e lentamente caia sobre o seu belo rosto; limpou-as rapidamente. Não gostava de se ver chorando, e muito menos alguém a observa de seu choro.

 Vovô disse a ele que se casasse com Heejun, poderia ter o que quisesse, porém a única coisa que queria era não se casar agora, e sim ir para a faculdade dos seus pais. Sua mãe tinha falecido de uma doença terminal, já seu pai tinha abandonado-os quando soube do problema dela, mas não acreditava nessa história, sentia-se motivado para procurar o progenitor para tirar isso a limpo e perguntar seus motivos.

 Sem sair da cadeira onde se sentava, puxou entre uns cadernos escondido da escrivaninha pegando uma foto. O pedaço da folha entintada era a única captura que tinha dos seus pais juntos. Talvez era bobo, mas acreditava no amor dos dois, era como se sentisse que no seu coração, ainda restava a paixão ardente deles.

— Papai, mamãe…— Suspirou contendo as lágrimas. — Amanhã eu irei me casar, mas eu não quero isso. Vocês podem me ajudar? De alguma maneira…

 Como se houvesse uma resposta, um livro caiu abrindo em uma página. 

" Indo contra as vontades de todos, o cavaleiro seguiu. Persistiu. Talvez essa seja a verdadeira determinação que alguém em seu ranking exigiria. 
 O pequeno garotinho queria tanto ser como ele, então ele ditou: 
 — Você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência em que você realmente encara o medo de frente. "

 Taehyung pega e lê atentamente cada uma das palavras sentindo o peso de todas elas, e depois deitou-se no acolchoado abraçando o livro com força, adormecendo em um sono profundo.

 Como se tivesse passado segundos, um barulho estrondoso atingiu seus ouvidos junto de uma iluminação forte. 

— O que é isso? — Pergunta perdido. 

— Seu casamento, oras. — A madame Ley, assim como gosta de chamar, profere e o mesmo parece arregalar os olhos desacreditado.  — Eu esperava que se lembrasse de um momento importante de sua vida, todavia vejo que você nunca muda.

 Um remexo nervoso em sua barriga apareceu deixando uma respiração pesada. Levantou-se tentando pensar algo possível a se fazer. 

[...]

Viu mais uma vez os convidados conversando; um verdadeiro rebanho de pessoas que esbanjam suas joias em clara evidência como se fosse uma competição para ver quem tinha mais fortuna. O loiro voltou para ver os presentes, já que não tinha praticamente nada para fazer além de esperar. 

 Sapatos luxuosos, roupas de marca, ternos super caros, perfumes com um cheiro horrível mas disfarçados em um preço alto. Fez um biquinho chateado ao ver que aquilo tudo não servia pra nada, nem gostava de nenhuma daquelas coisas. Os empregados pareciam rir de sua situação, tratando os objetos como se fossem uma espécie de lixo, e então teve uma brilhante ideia. 

Subiu sobre uma mesa qualquer na pequena cabaninha, e então anunciou com cautela: 
— Estarei leiloando cada um desses produtos! — Berrou para que a maioria dali escutasse.

 Suas vendas foram super bem, em poucos minutos havia um amontoado de funcionários dispostos a pagar por aquelas peças. Em duas horas, conseguiu se livrar de tudo, tendo em suas mãos dinheiro suficiente para que pudesse comprar passagem da Seoul e se sustentar lá.