CAPÍTULO 23

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Pov Seulgi

Irene tava sentada em frente a um computador, eu tava deitada na cama olhando para ela e imaginando o quão eu era sortuda por ter essa mulher do meu lado. Irene é a mulher mais incrível que já conheci, a gente se deu bem de primeira, uma dama para os outros e uma safada na cama, uma companheira inigualável.

- Tá pensando em que meu amor? - Ela me olhou por cima do óculos de grau e eu sorri.

- Só estava te observando.

Ela me jogou um olhar safado e se concentrou no computador novamente. Eu continuei a observando, até que ela tirou o óculos e colocou em cima da mesa.

- Seulgi não acha que Jennie pega muito pesado com Lisa as vezes?

- Não sei como anda o relacionamento delas morena, mas elas sempre foram assim, se matando e se beijando.

- As vezes fico com pena do meu pequeno fantasminha, ela é apenas uma boba apaixonada, não que Jennie não seja apaixonada, mas ela é muito explosiva.

- Irene não é defendendo Jennie, mas Lisa parece que gosta de provocar ela as vezes.

Irene fez um curto silêncio, parecia repensar a situação.

- Vou conversar com ela sobre isso depois.

- Você não deveria se meter no relacionamento delas.

- Mas eu vou, é a Lisa e eu me importo com ela.

Solte uma longa respiração.

- Irene elas brigam e transam e já tá tudo bem depois.

- É exatamente esse o problema Seulgi, elas precisam parar de se matar e resolver tudo com sexo.

Revirei meus olhos para ela com tédio, Irene me olhou colocou uma mão na cintura e levantou uma sobrancelha.

- E não revire os olhos para mim Kang Seulgi! - Ela falou apontando um dedo em minha direção. - Você parece uma criança birrenta as vezes.

- Venha aqui chegue morena.

Bati do meu lado na cama, Irene andou até mim e se deitou do meu lado. Ela se aconchegou no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo.

- Irene? - Ouvi uma voz e duas batidas na porta, logo conheci ser a voz de Lia.

Irene pulou da cama feito um flash, e abriu a porta, Lia assim que a viu caiu em seus braços, Irene a aconchegou e fechou a porta.

- Tá tudo bem meu amor?

Lia não falou nada, percebi que ela tava chorando.

- Quer que eu saia? - Falei e Lia balançou a cabeça em negativo.

Me levantei e fui até o frigobar, peguei uma garrafa com água e coloquei em um copo. Irene trouxe Lia até nossa cama, ela parecia mais calma, entreguei o copo com água a ela que tomou apenas um gole.

- Quer falar o que aconteceu Lia? - Irene tirou alguns fios loiros que estavam colocados no rosto dela pelas lágrimas.

- A alguns dias eu tava me sentindo estranha, tava tendo enjôos, estava sentindo meu corpo diferente...

- A meu Deus Lia... - Irene falou e eu fiquei com cara de paisagem.

- E então foi no médico? - Falei preocupada, ela podia ter pegado uma virose.

- Eu tô grávida Seulgi. - Ela falou quase em um sussurro, senti apenas o copo deslizar de minha mão e se estilhaçar no chão.

- Aí meu Deus! - Eu fiquei um pouco desesperada, só de imaginar uma criança, como diabo cuidava de uma criança?

Meu desespero passou quando eu lembrei que não era a mãe da criança e Lia quem teria que se preocupar com isso.

- Mas tá tudo bem não é? Você e Kai estão bem certo?

- Eu não sei... - Lia falou e Irene revezou o olhar de mim para Lia seguidas vezes. - Eu tô sentindo ele muito estranho e distante desde que estamos todos juntos novamente.

- Como assim Lia? Ele não está apenas preocupado com tudo que estamos se metendo? - Irene disse e segurou em sua mão.

- Não. Eu conheço Kai, tem alguma coisa muito errada.

Eu fiquei apenas calada, mas fazia alguns dias que eu tava com o pé da orelha coçando em relação a Kai e Tae, eles estavam muito ligados, e Jennie tava direto no pé de Tae por algum motivo desconhecido.

Ouvi o bip do meu celular, olhei e era uma mensagem de Lisa me pedindo para ir encontrar com ela. Deixei Lia e Irene no quarto e sai, encontrei ela sentada em um capô de um carro.

- E aí fantasma da meia noite. - Fiz um toque de mãos com Lisa e me sentei do lado dela no capô. - O que aconteceu com sua calça? Tá molhada.

Percebi Lisa ficar um pouco vermelha, ela deu um sorriso safado e eu queria não ter imaginado com o que molhou aquela calça.

- Tava tomando água e derramei sem querer.

Eu não aguentei e comecei a rir da cara de pau, Lisa no fim acabou rindo também.

- Vou acreditar em suas desculpas Lisa. Enfim, o que queria?

- Preciso de sua ajuda hoje a noite.

Fiz uma careta para ela, para que diabos Lisa queria me ajuda e logo a noite?

- Seulgi para de pensar besteira, não é nada disso. - Ela me deu um pequeno soco no braço. - Eu e Jennie encontramos algo suspeito. - Ela falou mais baixo quase em sussurro.

- Okay! Vamos sair que horas?

- Vão para onde? Vou também! - Mark apareceu feito um fantasma nos assustando.

- Caralho Mark, que susto da porra. - Lisa deu um empurrão em Mark que deu apenas uma risada gostosa.

Eu não conseguia entender como Mark era tão barra pesada sendo que ele é apenas um bebê, o rosto, a fala doce, a risada de anjo.

- Desculpa bebê de Jennie. - Ele deu um aperto na bochecha de Lisa a provocando. - Mas eu realmente quero ir com vocês, sei que vão aprontar alguma coisa. Minha vida tá muito parada aqui nesse sítio, quero agitação.

Lisa falou apenas para ele estar pelos arredores as 22:00, e não comentar sobre com ninguém.

A delegada 2 (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora