Único - (ou não)

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Aqui estou mais um dia, lecionando para esses adolescentes cheios de energia.

Sou professor de História do ensino médio, sou feliz com o meu trabalho, apesar de ter momentos estressantes, mas isso é normal, já que estou lidando com pessoas diferentes e de personalidades distintas.

Já está perto do intervalo, então vou poder almoçar na sala dos professores em paz.

"Fêssor terminei!"

"É só trazer aqui Luffy!" Acho que o fundamental não saiu dele. Afinal é so trazer aqui, mas eu gosto desse jeito infantil dele. Me faz lembrar de quando eu lecionava para crianças.

Depois de corrigir as atividades dos alunos restantes, o sinal para o intervalo toca e eu finalmente posso ir almoçar.

Pego minha pasta e saio em direção a sala dos professores. No caminho encontro alguns alunos de outras turmas que me cumprimentam com acenos e assobios. Esses pestinhas nem escondem o fato de que acham o professor deles "gostoso" como eles diriam.

Isso é meio constrangendor, mas eu já nem ligo, levo tudo na brincadeira. Mas é óbvio que eles não passam dos limites, afinal eu sou o professor deles.

Quando chego a sala, abro a porta e vejo alguns colegas de trabalho almoçando. Cumprimento eles rapidamante e vou até a geladeira compartilhada por todos e pego meu almoço que contém um post-it com meu nome, retiro o papel e ponho a marmita no micro-ondas.

Após esperar os minutos me sento na mesa mais distante da porta, apreciando a comida quetinha que minha filha, Robin, fez e estava, como de esperado, impecável.

Enquanto me deliciava com a refeição sinto uma enorme mão sobre meus ombros. Com o susto acabo prendendo a respiração até olhar para trás e ver que era só o idiota do Doflamingo, professor de Educação Física.

Ele é bem popular entre os alunos por suas aulas, já que ele sempre fazia competições entre as turmas. Muitas vezes ele tem umas ideias meio sádicas para aulas, mas eu coloco juizo na cabeça dele.

Afinal é o que um bom namorado faz.

"Que susto, idiota." Bato em sua mão que ainda estava em meus ombros. Ele logo senta ao meu lado e rouba do meu almoço. "Abusado, pega o seu na geladeira." Ralho com ele dando um tapa em seu ombro.

"Oi para você também, egoísta." Diz empurrando meu rosto para trás. Ele me trata como uma criança irritante as vezes. "Na verdade eu já almoçei, tive que liberar os alunos um pouco mais cedo para uma palestra que teve hoje." Passa suas mãos em meus cabelos, que estão sempre penteados para trás. Alguns alunos dizem que pareço um mafioso, mas apenas rio desses comentários.

"E como foi a aula? Nenhum aluno morreu com as suas brincadeiras, não é?" Brinco, ouvindo sua risada que é muito gostosa de se escutar inclusive.

"Não foi dessa vez. Quem sabe na próxima."

Ficamos conversando durante os minutos restantes e logo nos despedimos com um selinho discreto, estamos em ambiente de trabalho afinal.

Já dentro da minha sala, passo as atividades do dia e espero eles terminarem para poder explicar a matéria.

1h40m depois

"Tchau, meus alunos. Tenham um ótimo fim de semana!"

"Tchau professor!" falam em uníssono.

Saio da sala com meus materiais na mão, andando em direção ao estacionamento.

Chegando lá, vejo Doffy encostado no nosso carro. Ando em sua direção, admirando seu rosto, seus cabelos loiros e pele bronzeada. Ele é bem alto, tem dois metros de altura. Abraço seu pescoço dando um longo beijo nele.

"Vamos para casa? Robin está nos esperando fora do estacionamento" Diz separando o ósculo e dando um beijo em minha testa exposta.

"Eu te amo"

Digo derrepente,surpreendendo ele. Não digo isso com frequência e eu quero mudar isso, afinal eu amo muito ele. Doffy logo sorri e me da outro beijo apaixonado, me apertando contra si.

"Eu também te amo muito, croco!"

Eu te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora