Um velho amigo

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Os portões foram abertos num estrondo. Era mantido por grandes fechaduras e cadeados quase do tamanho de uma criança.
Os guardas pegaram todas as armas dos piratas e os revistaram até às cuecas. Imediatamente se curvaram assim que reconheceram Danso.

– Perdoe-me senhor!

Um deles suplicou após ter puxado Danso com força.

Mas nada respondeu o grandalhão. Apenas se ajeitou e caminhou furioso para o interior da fortaleza.

– Quem é o líder de vocês? Quem responde por Zack Sparru?

– É capitão. – corrigiu Jack.

– Esperávamos que chegassem a três dias. – disse o homem com uma voz extremamente irritante e um gênio que de primeira vista irritava qualquer um. Carregava um pergaminho e uma grande pena de escrever.

– Tivemos algumas complicações no caminho... Espero que entendam. Mas o senhor Joo, ah quer dizer o Rei Jocard. Quando poderemos vê-lo?

– Estão a uma semana atrasado na viajem pelo jeito também de um banho – o homem tampou o nariz virou de costas e caminhou para a fortaleza. – Venham comigo!

Passaram pelo portão e adentraram o grande pátio onde estavam uma grande quantidade de homens trabalhando. Ao lado direito uma estrutura enorme feita com vigas de madeira e ferro numa espécie de cubo. Ao redor madeira e canhões espalhados por todo canto.

– O que estão construindo? – perguntou Jack ao homem mais a frente.

– Um navio. – respondeu o homem sem mais detalhes.

– Pela quantidade de canhões não duvidaria que estão planejando uma guerra. – observou Gibbs.

– Você é um homem esperto. – o homem da frente havia parado. Apontou para a torre esquerda da fortaleza e estava destruída. – Vejam, há duas semanas fomos atacados. Não conseguiram entrar no castelo mas os malditos destruíram a torre. Golpe baixo usar canhões fora de navios. – o homem voltou a caminhar mais rápido dessa vez.

Passaram pelos construtores e adentraram um túnel que levou a outro pátio mais parecido com um jardim. Subiram algumas escadas e seguiam rumo a uma grande porta. Da escada já se podia ouvir o eco dos gritos.

– Você envergonhou nossa família fugindo desse jeito. – A partir que os piratas se aproximavam a voz ficava mais clara. – Caso um dia você cometa qualquer erro da mesma espécie eu lhe cortarei em dois.

Jack foi o segundo a entrar no salão. Só pode ver o Danso saindo por uma porta ao lado do trono.
Sentado na grande cadeira com detalhes dourados e repleto de símbolos e caveiras estava sentado o rei Jocard.

Assim que chegaram no meio do grande salão Jocard se levantou estendeu os braços e exclamou:

– Bem vindosà África!

O homem que levou os piratas até ali se curvou diante o rei.

– Desculpe-me não me curvar mas nossos costumes de piratas não conhecem tais ações. Também não seria bom na frente de meus homens.

– Ooh Jack Sparrow!! – Jocard parecia muito satisfeito e nada ofendido. – Nunca perde seu jeito único! Ah, quer dizer capitão!

– E os anos não foram nada mau para você não? Morando num castelo, sendo servido e temido. – Jack olhou em volta – Hum, é a vida que eu sempre busquei. Ainda bem que nunca alcancei deve ser tediosa. Mas sua vida combina com sua barba branca.

– Oooh Jack não estou tão velho assim. – Jocard estava mais forte, ganhou mais músculos desda última vez que Jack o viu, mas havia uma quantidade significativa de fios brancos em sua barba longa, embora não todos. – E sei por que você ainda continua navegando por todo canto por aí. – Jocard abriu um sorriso malicioso e aponto para Jack – Você provou daquela água não foi? Da fonte?

– Aah, eu cheguei bem perto sim mas para sua decepção não tomei. Mas você pelo que vi está precisando se banhar nela.

Os dois gargalhadas e deram um forte aperto de mão.

– É sempre bem vindo em minha casa capitão!

– É bom também estar aqui. Embora a viajem tenha sido um tanto perigosa e os índios...

– Oooh Jack – interrompeu Jocard – Sinceramente não sei como você ainda tem coragem de navegar por aí. Me estabeleci aqui e navego em casos extremamente necessário. – Jocard se arrepiou e a vibração do ambiente mudou – Depois que soltaram Calypso e ela... Bom, está por aí. Vocês são corajosos em continuar navegando em mar aberto.

Jack pareceu se surpreender pelo relato. A sua expressão era inegável, nunca tinha ao menos pesado por esse ângulo.

– Aaah Calypso... – suspirou Jack. – Sempre nos demos bem. Mas vi homens lá fora construindo um navio.

– A sim. Fomos atacados. É uma longa história. – Jocard voltava para o sei trono e ordenou ao homem que segurava o pergaminho – Aduke, mostre a Jack Sparrow e sua tripulação o caminho, merecem um descanso depois da longa viagem.

– Ah não! – corrigiu Jack – Adoraria ficar, bater um papo e quem sabe tomar rum, mas infelizmente nosso tempo é curto e precisamos ir. Então, gostaria de partir agora mesmo, se não se importar, como pediu trouxemos seu irmão a salvo. E gostaríamos
de receber nossa parte.

Jocard fechou a cara e levou a mão ao queixo pensativo.

– A duas semanas fomos atacados. Não conseguiram entrar, mas destruíram a torre norte, justamente onde fica as celas. E os malditos – e deu um murro no apoio da cadeira – Prisioneiros fugiram. E fugiu também o homem que entregariamos a você.

– Achamos que os invasores estavam em busca desse próprio homem. – informou Aduke.

– Sim e por isso os navios. Sei quem são e estou organizando um ataque a eles. E adoraria que se juntasse a nós Capitão Sparrow.

Jack pensou por um instante e Gibbs logo interveio num cochicho:

– Não viemos aqui para lutar Jack.

– Mas é claro que não lhes exigirei que lutem por mim sem recompensa. Lhes darei um terço da pilhagem e também o seu homem de volta. – Jack ainda respondeu. – Mas pensamos melhor de barriga cheia e uma boa caneca de rum para acompanhar. Fiquem para o banquete.

Jack olhou para Gibbs e a expressão de fome em seu contra-mestre era inegável.

Piratas do Caribe e o Segredo do Templo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora