- Capitulo 2

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Eu estava quase me contorcendo de desespero enquanto ele estava quase gargalhando da minha desgraça. Posso visualiza-lo tomando meu sangue de canudinho.

KJ Apa, o cara que eu tanto admiro e que estagiarei ao seu lado por seis longos meses, é o tarado do metrô. Ou melhor, o cara que acusei ser o tarado do metrô.

Ele lavou as mãos e voltou a se aproximar de mim e de Srta. Matthews. Quando ele me estendeu a mão, eu quase corri para longe mas me mantive ali forçando uma expressão impassível.

— É um prazer conhece-la, Srta. Mendes. – disse olhando diretamente em meus olhos, acho que consegui senti-lo sugando a minha alma.

— O-O prazer é meu. – digo apertando a mão estendida.

Puta merda, eu estou muito ferrada!

— Rachel, pode se retirar agora. Daqui em diante eu serei responsável pela Srta. Mendes. – ele diz me dando aquele olhar mortal.

O olhar de: "Vou fazer churrasco de você querida, e ninguém vai te salvar!"

— Boa sorte. – Rachel me abriu um sorriso antes de se retirar e eu quase me agarrei a perna dela para não me deixar sozinha.

Soltei um suspiro e resolvi encarar o bicho de sete cabeças. Ele estava com os braços cruzados me olhando, seus olhos estavam cerrados em cima da minha pessoa, e acho que se eu não tivesse o mínimo de controle sobre mim mesma, já teria entrado em desespero.

— Srta. Mendes, sinto que te conheço de algum lugar. – começou em explícita provocação. — Ou será que te confundi?

— Quem sabe, não é mesmo? Eu sou muito fácil de ser confundia. Acredita que já me confundiram com a Vanessa Hudgens? – soltei uma risada nervosa. — Dei autógrafos e tudo.

— Hm, então não deve ser. Aconteceu uma coisa muito louca comigo hoje, sabe? Uma mulher me acusou de passar a mão na bunda dela no metrô, você acredita? – riu com sarcasmo. — Disse que iria chamar a polícia e tudo, me acusou com tanta convicção que fiquei até com medo da minha mão ter criado vida própria e eu não estivesse sabendo. – riu. — E sabe o que é mais engraçado nessa história?

— Vou adorar saber o que é. – ri claramente nervosa.

— É que essa pessoa se parecia muito com você. Mas somos sete bilhões de pessoas no mundo, qual a probabilidade de ser você não é mesmo? – riu debochado enquanto me olhava.

Deus sabe que eu não fiz por mal. Se não existissem tarados no mundo, mal-entendidos como estes não aconteceriam e pessoas inocentes como eu não precisariam estar passando por tamanho constrangimento.

— Tudo bem, tudo bem! Era eu mas a culpa não é minha! – solto logo de uma vez. — Eu estava distraída, ai eu senti uma mão me apalpando e ai você era o mais suspeito. Quem iria desconfiar de um cara cutucando o nariz? Eu sei que eu errei, não deveria ter te acusado sem provas, mas foi calor do momento, tudo bem? Não tenho culpa se humanos da sua espécie não honram as próprias calças e faz com que as mulheres saiam desconfiando de todos que passam por elas! – soltei de uma vez deixando o ar faltar.

O homem a minha frente não está com uma reação e os funcionários estão todos me olhando.

Mico: 3 x Noção: 0

— Tudo bem pessoal, podem voltar ao trabalho de vocês. – ele pede e os funcionários lhe obedecem. Sua atenção está em mim novamente. — Tudo bem, em partes a senhorita tem razão. Mas isso não significa que você deve sair por ai acusando um inocente. Por sua sorte era eu, e se fosse outra pessoa?

Entre doces, sɑlgɑdos e... ɑmor! 彡ᴷʲᵐᶦˡᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora