- Capitulo 5

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                                   Kj Apa

Acordei pela manhã com o sol invadindo as frestas da janela. Demorei alguns segundos até que criei coragem para me levantar da cama.

Caminhei até a cozinha para preparar um café, e colocar ração para Luna, minha gata preta e mal humorada.

— Bom dia, Luna. – digo passando por ela que apenas me ignora como todas as manhãs.

Procuro pela cafeteira e não demoro a preparar o café.

O apartamento está silencioso, o silêncio é algo que eu admiro muito. Essa é uma das vantagens de se morar em um apartamento sozinho com vizinhos compreensíveis e respeitosos.

Na verdade nunca fui fã de barulho, seja música, pessoas ou animais. Eu cresci assim, cercado de coisas calmas e silenciosas.

Keneti James Fitzgerald Apa.

Tenho 29 anos, sou dono de um dos maiores restaurantes da cidade e sou completamente apaixonado por cozinhar. Nasci na Alemanha, mas fui criado nos Estados Unidos pelos meus pais adotivos. É uma longa história que eu não gosto muito contar, quem sabe um dia?

Sempre gostei do meu espaço, nunca gostei de ser o centro das atenções e é por isso que mesmo sendo um chef de sucesso, poucas pessoas sabem como é o meu rosto. A fama quase destruiu a vida dos meus pais e por isso eu pretendo ficar muito longe das câmeras e da mídia.

Assim que o café fica pronto, tomo uma xícara e aproveito para abastecer a comida de Luna. Caminho até o quarto e escuto meu celular tocar sobre a cômoda, o nome de Isabel brilha na tela.

— Fala, Lili. – digo logo ao atender.

— Bom dia para você também, irmãozinho. Eu preciso que quebre um galho para mim. – reviro os olhos.

Lili é aquele tipo de irmã que só te procura quando precisa, no resto do tempo ela simplesmente esquece da sua existência.

— Um galho ou a árvore toda? – ironizo.

— É só uma ajudinha. – diz fazendo uma voz manhosa.

— Fala logo. – bufo já prevendo a merda.

— É o aniversário do meu chefe, e como sabe eu estou concorrendo uma vaga no escritório de Paris e preciso puxar o saco dele. Você poderia me emprestar seu restaurante esta noite? Eu pago.

— Te emprestar em que sentindo? – pergunto indo até a janela do quarto observar o lado de fora.

— Eu quero dar um jantarzinho num lugar chique, e o seu restaurante é chique. Quero estar matando aquela vaca da Mabel de inveja e com um pé em Paris. Por favorzinho!

— Você ainda tem essa richa com essa mulher? Lili, quando você vai crescer? – a escuto bufar.

— Quando eu sentir necessário. agora me responde.

— Que tipo de emprestimo você precisa?

— Que feche o seu restaurante para o jantar exclusivo de aniversário para o meu chefe. – solto uma risada sarcástica.

— Sem chance!

— Kj!

— Eu não posso simplesmente fechar o meu restaurante Lili, tem várias reservas. Você deveria ter pensando nisso com antecedência. – a escuto grunhir do outro lado.

— Por favor, Kage. Eu prometo que se fizer isso por mim hoje eu faço o que você quiser. Se me mandar cuidar da sua gata eu faço isso, se quiser que eu lave seu apartamento eu faço, se quiser uma noiva eu te arranjo. Por favor.

Entre doces, sɑlgɑdos e... ɑmor! 彡ᴷʲᵐᶦˡᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora