Capítulo Único

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Bom dia, boa tarde, boa noite meus gatinhos, como estão?

One shot curtinha e muito fofa de EreMika pra vcs que não superaram o fim de SNK

Espero que gostem. 

"Meu amor, esse amor de cartas claras sobre a mesa, é assim"

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"Meu amor, esse amor de cartas claras sobre a mesa, é assim"


Ela era da burguesia parisiense, mas estava completamente enjoada de tudo aquilo: dos holofotes, teatros, das bebidas caras e das jóias pesadas. Tudo que Mikasa queria era sair daquele sufoco, corres por Paris sem destino, beber com os bêbados em um bar aleatório pela cidade, trançando as pernas e falando palavrões. Queria dançar um tango na Argentina, ou uma valsa em Viena. Queria o mundo, queria tudo, queria ser livre.

A festa estava insuportável; os sorrisos falsos e a conversa fiada eram o seu pior pesadelo. Naquele vestido brilhoso e espalhafatoso, com penas de algum pássaro que certamente não merecia morrer em nome da moda, a moça virava taça atrás de taça de champanhe.

- Mikasa, não exagere filha - repreendeu sua mãe. - Há Lords importantes aqui - sorriu disfarçando o melhor que podia sua indignação.

Mikasa revirou os olhos e saiu de perto de sua matriarca. Era sufocante estar sob os domínios de uma mãe conservadora e castradora. Sempre depositando em sua filha as frustrações não ter vivido sua vida e seus amores como queria.

Na varanda do casarão bem iluminado, a jovem notou ao longe um movimento peculiar. Havia pessoas em caravanas, dançando em volta de uma fogueira grande. Olhou ao redor e perguntou para a pessoa mais próxima, um dos funcionários da casa, o que se tratava aquele alvoroço.

- São ciganos, senhorita - disse cordialmente o mordomo oferecendo-lhe mais uma taça de champanhe. - O senhor destas terras permitiu, bondosamente, que passassem algum tempo em sua propriedade em troca de alguns trabalhos braçais.

Mikasa se deslumbrou, nunca tinha visto ciganos antes, apenas ouvido histórias sobre este povo. Será que eles liam mesmo a sorte na palma das mãos?

- Mas alerto, senhorita - disse o rapaz a tirando de suas divagações. - Eles não são confiáveis. Ciganos são ladrões natos. Não recomendo que se aproxime - ela mal deu-lhe ouvidos, virou sua taça e resmungou:

- Preciso de um ar. Caminharei pelo jardim - e saiu escadas a baixo.

Pelos arbustos do jardim, um pouco antes da caravana, a moça espreitava o povo cantar e dançar ao som seco do violão e palmas. As mulheres eram belíssimas, com suas roupas coloridas e muito metal pendurado ao corpo. Brincos, colares, pulseiras. Eram deslumbrantes por si mesmas. Os rapazes eram alegres e despojados, sorriam, riam alto, e cantavam para que a moças girassem aos seus redores. Mikasa se sentiu em um outro mundo, num que sonhara a vida toda pertencer.

Tango in the Night (EreMika)Onde histórias criam vida. Descubra agora