A New Chance

Introdução.

Quando se é criança, eu ouso dizer que todos temos um sonho.

Em sala de aula, a professora do Ensino Fundamental sempre pergunta para todos: o que você quer ser quando crescer? E dependendo da sua idade, as respostas mais curiosas são dadas. A menina à sua direita afirma com toda a convicção existente que uma criança de dez anos pode ter que, ao crescer, se tornará bailarina. Enquanto o menino que se senta atrás de sua carteira garante que será o maior astro de futebol de sua geração, com dezenas de prêmios e fãs por todos os quatro cantos do mundo.

Se você faz essa mesma pergunta para um grupo mais velho, as respostas tendem a ser mais rígidas. O garoto, que antes possuía o sonho de ser médico veterinário para tentar cuidar de todos os animais indefesos, agora quer tornar-se um advogado de sucesso. Enquanto a garota que tanto almejava alcançar as estrelas em um foguete espacial, agora carrega noites mal dormidas nas costas e uma grande incógnita sobre o seu futuro em seus ombros.

Honestamente, para mim, o mais difícil de crescer é que a sociedade te empurra para uma decisão que você não tem ideia de como tomar. Aos dezoito já te mandam fazer uma escolha que um jovem não tem como saber: "Que faculdade quer fazer?" ou "Toma um rumo na sua vida!" são frases que a maior parte dos adolescentes escutam de uma hora para a outra. Em um dia você é um adolescente que precisa tirar notas boas na escola, e na outra, estão te apressando para passar em uma faculdade boa e arranjar um bom emprego.

Bem, mãe. Talvez eu simplesmente não saiba o que eu quero passar a vida fazendo! Hoje eu posso ser perdidamente apaixonado por artes cênicas, querendo contracenar em um palco com diversas pessoas. Amanhã? Bem, amanhã eu posso descobrir que isso era apenas um dos meus maiores hobbies, e a minha maior vontade é trabalhar dando aulas para crianças em uma escola infantil. As pessoas mudam, e até muito rápido se você quer saber.

Não me entenda mal, não estou querendo dizer que essas profissões não possuem honradez ou algo nesse estilo – até porque eu sou apaixonado por todas as profissões existentes no mundo. O que estou tentando refletir é que... com o passar dos anos, algo arranca esses sonhos de nós. Pode ser qualquer coisa que te afete negativamente. Um pai inflexível sobre a sua própria decisão de futuro, ou até a quantidade de dinheiro que a sua tão almejada futura profissão vai te fornecer

E então, com os anos você começa a viver no automático. Sua vida gira em torno de ser apenas mais um em uma grande firma de advogados, sentado em um cubículo e tendo que aturar reclamações do seu chefe sem-noção, tentando se destacar em algo que você nem ao menos gosta. Ou tendo que atender ligações todos os dias de pessoas impacientes sobre alguma coisa com a sua internet ou a sua linha telefônica, juntando dinheiro para pagar uma faculdade que te coloque em um cargo um pouco mais alto e te livre minimamente de um infarto antes dos quarenta anos.

Quer dizer... Céus! Onde os palhaços da nossa juventude foram parar? E os mágicos!

A maior diversão de qualquer criança era chegar em uma festa, ou até mesmo em uma esquina qualquer e dar de cara com uma pessoa fantasiada. Com um nariz vermelho e um sorriso contagiante, o rosto inteiramente pintado de branco, preparando diversos balões para qualquer um que desejar. Ou então um homem que andava sempre com uma enorme capa preta e um belo chapéu da mesma cor, que era capaz de fazer qualquer um desaparecer!

Onde estão essas pessoas? A idade também as leva embora?

É muito estranho refletir sobre essas coisas porque você - na maior parte das vezes - chega a uma conclusão negativa. Realmente existe um jeito de ter sucesso monetário em seu meio de trabalho e ser feliz? Ou isso é só um mito que pessoas ricas fazem você acreditar até a sua morte? 

Eu, como escritor te garanto que sou feliz. Definitivamente amo o que faço. Compartilhar os meus pensamentos e dar vida a eles, esperando que quem lê se identifique pelo menos um pouco é o motivo da minha alegria diária. Levar um momento de distração para todos é a minha alegria diária. 

Mas isso não é o que todos vocês desejam saber. Ganho bem?  Bem, isso depende de você gostar do meu trabalho (o que eu realmente espero que você o faça, qual é! Eu tenho uma filha para criar!) 

Estou brincando.

A moral de tudo o que quis retratar aqui é o seguinte: Faça o que te faz feliz, sem ligar para opiniões alheias ou comentários desnecessários. É a sua vida, afinal. Quem melhor de você para decidir o que fazer?

Seja você mesmo, assim como fui eu mesmo escrevendo esse livro. 

Espero que todos vocês gostem.

Louis Tomlinson desligando!