Two: so we can start it all over again

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Tudo que Rose e Scorpius queriam era causar comoção, aparentemente ninguém sabia do casamento deles até eles avisarem a todos por e-mail. Rose queria fazer isso por correio, mas certas pessoas – Roxanne, Dominique e Thomas, que morava nos Estados Unidos – estragaram o plano. Então o jeito foi fazer virtualmente. Scorpius contou, aos risos, como o celular dele não parou de tocar depois disso e como eles tiveram que recusar várias chamadas para conseguir falar os pais.

Roxanne mal acreditou ter viajado quatro horas de avião para lidar com aqueles dois patetas. Mas também não se imaginaria fazendo qualquer outra coisa.

A Toca estava uma loucura completa, exatamente como ela esperava que estivesse. Se lembraria para sempre da confusão instaurada no dia do casamento de Teddy Lupin e sua prima Victoire cinco anos atrás.

Assim que Dominique e Roxanne entraram dentro de casa, tudo parou. Sua tia Fleur jogou os braços ao redor da filha na melhor cena clichê de Mãe e Filha Que Mora em Outro País. Não que Roxanne pudesse dizer alguma coisa, já que seus pais fizeram a mesma coisa com ela.

– Mamãe, nem faz tanto tempo que nos vimos! Passamos o ano novo juntas, pare de chorar... – Angelina apenas balançou a mão impaciente e deu outro abraço na filha antes de dar espaço a George e depois a todos os tios. Seu tio Fred, inclusive, passou uma nota de cinquenta euros para ela disfarçadamente. A mais nova riu, mas aceitou da mesma forma, pois qualquer outra coisa seria uma ofensa ao seu tio favorito. Depois de cumprimentar a todos, as garotas seguiram para a sala onde Molly e Arthur Weasley estavam. Seus avos tinham pouco mais de 80 anos agora e mesmo que a voz de vovó Molly ainda fosse estridente e mandona, ela não podia mais estar correndo por aí para arranjar coisas para fazer. Ela só podia dar seus pitacos sentada em sua poltrona confortável ao lado do marido.

– Que saudade eu estava de vocês! – Disse Arthur assim que Dominique o soltou.

– Nós também, vovô. O senhor está melhor?

Não fazia muito tempo que Arthur havia ido parar no hospital com o começo do que poderia ser um ataque cardíaco. Ele se recuperou tão bem que até o médico se surpreendeu, mas estavam todos preocupados e em estado de alarme.

Parando para pensar, provavelmente fora esse o motivo de Rose, que nunca quisera uma festa de casamento, se dar ao trabalho de ter uma. A Toca não devia estar o local mais feliz de todos com o medo presente de perder o seu patriarca.

Não é preciso dizer que Roxanne quase chorou ao ver os amigos que ela não encontrava desde o natal. Mal acreditava que Rose e Scorpius iam mesmo se casar. Estava admirando o próprio vestido de madrinha quando percebeu os quatro amigos se juntando atrás dela. Ela se virou de pronto.

– O que foi?

– Scorpius tem uma coisa para dizer. – Disse Johnny um tanto ríspido. Roxanne franziu o cenho, porque seu melhor amigo nunca era ríspido com ninguém.

– Então, Roxy... como está o coração?

– Diga de uma vez! – Repreendeu Rose.

– Eu meio que convidei Seth Zabini. Sinto muito.

– Nós trabalhamos no mesmo escritório agora, Roxy, e Scorpius tem realmente uma boca muito grande.

Roxanne sorriu para os primos e amigos.

– Está tudo bem, gente. Eu sei que vocês foram amigos por um tempo, Scar. Já faz quase uma década. Somos adultos agora, vocês não precisam se preocupar com isso.

– Viu só? Eu disse! – Exclamou Scorpius recebendo outro olhar feio de Johnny.

A garota tocou o braço do amigo e reafirmou o que disse. Não precisou inventar mais nenhuma desculpa porque logo depois Fleur Weasley entrou no quarto e separou todos. Enviou Roxanne para a decoração da Tenda, Albus para treinar seu discurso enquanto cerimonialista, Johnny para cozinha e Scorpius e Rose para quartos separados, porque tinham que se arrumar.

As Seis Regras de Roxanne WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora