🅲🅰🅿🅸🆃🆄🅻🅾 ​ 🆄🅼

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— Papai, eu tenho um pai?

Jimin passou as mãos no cabelo enquanto olhava para a filha através do espelho retrovisor. Haneul, sua linda bebê vinha, recentemente, perguntando muito sobre os pais e os diferentes tipos de famílias, especialmente agora que havia conhecido a outra mãe de Jimin. Eles tinham passado a semana em sua casa, enquanto se adaptavam a sua nova vida na Coreia.

Mesmo Haneul sendo extremamente desenvolvida para uma criança de dois anos, Jimin se questionou o quanto poderia falar. É claro que ela tinha um pai, Jimin só não sabia quem ele era. A noite em que Haneul foi concebida, ele estava tão bêbado, que não se lembrava de nada... aquela noite era um buraco negro em sua memória. Jimin sabia que deveria ter prestado mais atenção a pessoa com quem esteve aquela noite, mas quando descobriu que estava grávido, ele já estava morando no Japão com sua mãe e irmão mais novo. Agora graduado em dança Jimin havia voltado para Coreia com um emprego de professor na academia de uma das amigas de sua mãe, pronto para descobrir quem era o pai de sua filha.

— Sim, amor, você tem um pai.

Han se distraiu enquanto jogava em seu IPad. Jimin dirigia calmamente ao longo das estradas de Busan para Seul. Após um longo período de silêncio Jimin relaxou novamente e se concentrou na estrada. Quando ele parou em um posto para abastecer e pegar alguns lanches, Han suspirou.

— Papai, agora que estamos aqui, será que podemos encontrar meu pai?

Suspirando Jimin apertou o volante e gemeu. Sua filha não ia deixar isso passar. Virando-se, olhou para a filha. Os grandes olhos negros de Haneul o olharam. Uma mecha de seu cabelo preto liso caiu sobre seus olhos, Jimin escovou-o afastando-o. Han precisava de um corte de cabelo urgente, mas ele estava relutante em cortá-lo.

— Sim amor, acho que podemos encontra-lo. — Jimin alisou sua bochecha. — Han, não sei bem aonde o seu pai está, mas prometo que quando encontrá-lo lhe direi na mesma hora, ok?

Os olhos de Haneul se estreitaram sobre ele, como se estivesse avaliando se ele dizia a verdade antes de concordar.

— Ok, papai. Eu te amo. — Ela voltou para o seu jogo.

— Eu também te amo amor.

Jimin saiu da minivan preta que havia comprado, sentindo-se péssimo. Como poderia não se lembrar da noite, que a melhor coisa que já aconteceu com ele foi concebida? Por vários meses ele teve lampejos daquela noite quando dormia, mas não tinha certeza se era real ou apenas fruto de sua imaginação. Jimin as vezes podia ver em sua filha o homem que tinha desejado por anos, mas não podia ter certeza, e não queria acusar ninguém. Mesmo perguntar seria embaraçoso já que o cara era o irmão mais velho de sua melhor amiga.

Jungkook havia sido sua paixão secreta por anos. Quando a puberdade o pegou ele passara a sonhar incansavelmente com Jungkook, porém Jimin sabia que nada jamais viria de sua paixão. Por que, em primeiro lugar sua melhor amiga Jihyo odiava quando suas amigas e amigos saiam ou tentavam sair com seus irmãos. Em segundo lugar, Jungkook era lindo, alto, musculoso e atlético, como um verdadeiro jogador da liga de Hóquei profissionalmente. Definitivamente Jungkook estava fora de seu alcance. Não que ele fosse feio, era apenas que tinha visto as mulheres e Gers que rodeavam Jungkook, todos eram modelos dignos, e principalmente loiros. Jimin não era alto, magro, e não era loiro.

Na noite em que Haneul fora concebida Jimin tinha feito dezoito anos algumas semanas antes e Jihyo havia o arrastado até uma festa de Jungkook em sua nova casa. O álcool foi fluindo e ele estava pronto para se divertir. Obviamente tinha se divertido até demais. Por que quando acordou na manhã seguinte, sua cabeça parecia que ia explodir, e estava sozinho e nu em uma cama. Jimin rapidamente encontrou suas roupas, se vestiu e correu para fora da casa. Ele estava tão envergonhado que na próxima semana e meia, antes de ir para a Japão evitou sua melhor amiga e qualquer um da família Jeon.

Sobriamente LoucosOnde histórias criam vida. Descubra agora