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Jack,20 anos, é um rapaz diferente, animado mas ao mesmo tempo frio,quando está mal ele sempre busca ficar bem, sabe esconder muito bem o que sente, se importa demais mas não demostra nenhum pouco,costuma a cuidar das pessoas que ama escondido,seus sentimentos são como o mar,as vezes calmo,as vezes agitado e maioria das vezes é meio termo.
Ele gosta de estar só pois se acostumou a ficar sozinho,gosta de viajar,mas no momento está em perigo:a realidade está atrás dele, começa a correr e quanto mais ele corre é como se ele não saísse do lugar, isso o desesperava, o vento finalmente o vê e o ajuda, fazendo-o voar para longe, ele se sente livre,um uma alma perdida mas estava livre e era feliz com isso,o vento o leva para o país das maravilhas, Jack perguntou o porquê do vento o mandar para aquele lugar mas não obteve resposta,então ele começa a andar explorando o lugar,encantado com cada detalhe ,das flores até as borboletas,olhava tudo em volta,com os olhos brilhando, adentra um tanto desconfiado em uma floresta,era a floresta do gato Cheshire ,ele anda e anda,não se cansava de andar, acaba se perdendo na floresta depois de um tempo, fica tão confuso e decide ir descansar vai até uma árvore e se senta debaixo dela,sente o vento leve em seu rosto,mas o vento nada falava,na árvore afrente ele vê um gato,um gato diferente de qualquer outro gato,um gato que sorria,seu pelo era acizentado e as listras eram verde água, realmente era um gato diferente, Jack olhava nos olhos do gato que mantinha também esse contato visual com ele,os olhos do gato eram da mesma cor que suas listras,um pouco mais escuro talvez,o rapaz conseguia ver a alma do gato através dos olhos do
mesmo,mas Cheshire não conseguia ver a alma do rapaz por traz daquele par de olhos tão azuis quanto o céu.O gato some e isso surpreende Jack, depois de alguns segundos o gato apareceu deitado no colo do mesmo, ronronando, pedindo carinho,havia gostado do rapaz,era como se estivessem conectados de alguma forma.
— meu nome é Cheshire.-disse o gato-
— sou Jack, então você fala... estou surpreso- realmente estava,olhava para o gato,um tanto admirado-
— o vento me falou... então é você,o peregrino em terra distante...eu estava realmente curioso em conhecê-lo - Cheshire sorri e fecha os olhos -
Jack começa a fazer carinho no gato e o mesmo ronronava mais, aproveitando o carinho do rapaz,havia se apegado a ele tão rápido depois daquele olhar,estava um tanto curioso do porquê se sentia tão bem ao lado dele, Cheshire nos livros é conhecido como o gato de Alice ,a verdade é que Lewis Carroll não sabia da verdade, Cheshire não tinha dono,não era apegado a nada. Lewis só o citou em seu livro como o gato de Alice somente por ele ter a ajudado algumas vezes,mas naquele momento o gato se sentiu diferente, queria conhecer mais o rapaz misterioso que foi trazido pelo vento, queria conseguir ver sua alma através daqueles olhos,ele via a de Cheshire,era para ser o contrário,mas o que o gatinho não sabia era que Jack era o contrário,tudo nele era contrário,com o tempo descobriria isso.
O tempo,era alguém muito mal compreendido,passava tão rápido e era tão culpado,estava apenas fazendo o seu papel de passar,era o vilão da história,a cada batida do coração o tempo estava lá ,ele sempre esteve lá, entristecido com as pessoas que só reclamavam do trabalho dele,se sentia tão solitário,passava o dia concertando relógios,era uma eternidade concertando e concertando,um trabalho que não acabava mais.
Cada pessoa do mundo da fantasia e da vida real tinha um relógio que estava no palácio do tempo,se o relógio parasse,era o fim da vida de alguém,como sempre ele vai diariamente checar se algum relógio havia se quebrado,mas ele vê algo que o chama a atenção, era um relógio, diferente de qualquer outro,seu brilho estava fraco e quase se apagando,mas o interessante era que quando o relógio parecia que ia apagar,ele acendia de novo e piscava fraco,isso o deixa confuso,o relógio não tinha o nome de ninguém e isso intrigava ele,alguém realmente estava lutando para viver,não entendia o porquê das pessoas quererem viver tanto,ele lembrava de todos os relógios que havia concertado,mas esse ele nunca pegou para concertar,percebeu também que as peças daquele relógio eram únicas, antigas e bem raras,o relógio tinha um mecanismo incrível e isso atraía a admiração do tempo para aquele relógio.Enquanto isso a realidade estava indo para o leste,o vento havia mandado Jack para o oeste isso dava um pouco de tempo para ele,dias talvez,a realidade era correta, não ia no contra, procurava no ciclo certo da direção,na verdade era esse o problema dela,era ser muito certa, Jack a culpava por perseguir ele,mas a mesma não tinha culpa,precisava levar ele de volta, mostrar que o mundo não é só fantasia,e que essa ilusão não iria durar para sempre,tinha coisas que o rapaz não sabia,ou talvez não quisesse lembrar pois havia enterrado a verdade tão fundo em seu coração que não conseguia mais recordar, mas a realidade sempre vinha, sempre insistia em procurar sem cansar, Jack andava e corria mas assim como a realidade, não se cansava,a fantasia era tão convincente que parecia tão real,para ele era real, pois no fundo ele sabia que a realidade era dura e fria e que o mundo real não é dos melhores,mas no momento ele não pensava nisso,estava muito ocupado para pensar em alguma coisa,queria explorar tudo, conhecer e entender aquele mundo no qual ele vivia a anos mas ainda não havia conseguido se encontrar.