Capítulo dois.

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Um pequeno aviso antes de o capítulo se iniciar de fato: indivíduos que se identificam como gênero-fluido são pessoas cuja identidade de  gênero flui entre vários gêneros, elus também podem usar mais de um pronome.

Vale lembrar que nem todos esses indivíduos se sentem da mesma forma e que cada ume irá escolher o conjunto de pronomes que lhe faça sentir mais confortável. No caso da nossa Seulginnie, ela se sente confortável quando se dirigem à ela por qualquer pronome e eu apenas quis falar sobre isso para vocês não estranharem as partes em que a Hyun irá usar pronomes masculinos com a Seul.

Não sei explicar as coisas direito, então peço desculpas se ficou confuso.

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COROAS DE PLÁSTICO E O QUE REALMENTE IMPORTA PARA KANG SEULGI.

  Joohyun caminhava pelos corredores da escola, sem vontade alguma de estar ali naquele momento. A verdade é que não ter Wendy andando ao seu lado era estranho, ela sentia falta do falatório incessante, das piadas ruins e até mesmo das implicâncias. Deus, ela sentia falta de atender as ligações da menina e de responder às mensagens dela! Que diabos?! Kim nunca pensou que sentiria falta do toque irritante de seu Samsung, mas ali estava, desejando ouvir o maldito barulho.

  Ao abrir a porta amarela de seu armário, notou quando um pequeno pedaço de papel escorregou do meio de suas coisas e partiu em direção ao chão. A garota franziu o cenho em confusão e se abaixou para o recolher, percebendo que se tratava de um bilhete, provavelmente de Seulgi.

  "Hey, babe! Ultimamente sua amiga Wendy tem me encarado como se eu fosse uma barata na qual ela estivesse cogitando pisar a qualquer momento. Devo me preocupar?"

  A menina abriu um sorriso singelo enquanto lia, simplesmente não podia acreditar que Seulgi estava se deixando ser intimidada por alguém menor que ela e, pior, por Wendy Son, que costumava ser um poço de fofura ambulante. A questão é que não tinha como aquela garota intimidar alguém, porque toda vez que ficava brava com algo, passava a se parecer com um coelhinho raivoso, como aquele do filme Pets, por exemplo.

  E por falar nela, há mais de uma semana que Wendy ignorava a existência da mais velha, era como se não existisse mais para a estadunidense. Ela deixou que a garota tivesse seu tempo e o devido espaço para pensar a respeito do que havia acontecido, mas já estava começando a perdurar demais. Sabia que a menina não estava mais chateada consigo, a pegara olhando em sua direção algumas vezes como se quisesse fazer algo, contudo, Bae sabia que a menor era orgulhosa demais para dar o primeiro passo e aquele era, de longe, o seu maior defeito. Foi justamente por causa disso que, durante o horário de intervalo, aproximou-se da mesa onde a Son se encontrava - sozinha e cutucando as batatinhas em sua bandeja -, atraindo o olhar da amiga para si.

  - Vamos fazer uma trégua, sim? Eu sinto a sua falta, Wen - confessou um tanto acanhada.

  A menor ainda pareceu a analisar por alguns instantes, antes de soltar um suspiro e abaixar a cabeça, murmurando timidamente: - Também sinto a sua falta, Hyun.

  A coreana sorriu aliviada e ocupou o lugar ao lado da mais nova, puxando-a para um abraço caloroso, com direito à afagos nas costas e carícias no topo da cabeça.

Entre telas coloridas e xícaras de chá, amor ● SeulReneOnde histórias criam vida. Descubra agora