Gilmore Girls

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O sininho do estabelecimento do Luke soou assim que eu e minha irmã entramos, já era rotina comermos aqui junto a minha mãe. Apenas eu sei cozinhar entre nós três, gostamos de dizer que eu sou a mãe das duas, mesmo sendo mais nova que minha parceira de nascimento, por apenas 4 minutos. Não que Rory seja irresponsável, ela está longe disso, mas ela é obcecada pelos estudos, enquanto eu procuro sempre dividir meu tempo, com isso aprendi a cozinhar com Sookie a poucos meses.

Assim que entrei vejo minha mãe em uma mesa, com mais uma de suas xícaras de café, não é uma surpresa, Lorelai Gilmore sobrevive a base de cafeína. Assim como eu e Rory vivemos a base da leitura. Acho que a leitura é uma das únicas coisas que compartilhamos, já que não somos gêmeas idênticas e nossas personalidades costumam ser bastante diferentes.

- Aí, tá frio. 

- Frio? Essa cidade está congelando, deveríamos nos mudar para um lugar quente, talvez Havaí. - respondo a Rory, enquanto me juntava a elas.- Oi mãe.

- Do que vocês precisam? Chá quente, café?

-  Eu quero brilho 

- Café, preciso de café! - digo enquanto fazia bico.

- Certo, primeiro o brilho. Tenho de baunilha, chocolate, morango e marshmallow.

- Tem algum que não se pareça com cereal matinal?- diz Rory.

- Acho difícil.- solto um resmungo ainda pensando no meu café.

- Eu tenho sim Lore. Não tem cheiro, mas muda de cor conforme seu humor.

- Muito adulto- Como o café dela estava tão cheiroso? - Pra quê isso tudo? - digo me referindo as bolsas cheias de maquiagem.

- Nem drag queens usam tanta maquiagem.

- Você tá ranzinza em... Lore o que aconteceu com ela?

- Não sei pergunte ao nosso Grinch - disse pegando meu novo livro, Orgulho e Preconceito.

- Desculpe. Perdi meu CD da Macy Gray e preciso de cafeína.

- Nosso Cd.- disse me lamentando- Está frio, acabei de saber que perdi um CD e passei a noite lendo, preciso de café.

- Estou com o CD de vocês.

- Ladra.

- Não pagarei sua fiança, morrerá com uma colega de prisão chamada Gertrude que rouba seu café e ronca bastante.

-Desculpe, vou pegar café pra vocês.

- Te declaro inocente- fiz um movimento imaginário de um martelo batendo na mesa, e comecei a ler, enquanto esperava meu café. Mas não consegui começar minha leitura. Um cara chegou na mesa com um sorriso enorme, o típico galanteador barato. Olhei para Rory que o encarava de um jeito engraçado.

- Eu nunca tinha passado aqui antes...

- Ah já passou sim. - Segurei a vontade de rir, quando mamãe apareceu com duas xícaras de café na mão, com o típico sorriso que dizia "te peguei". O cara ficou pálido na hora.

- Oi...

- Você gosta mesmo da minha mesa não é? 

- Eu só estava...

- Tentando conhecer as minhas filhas.- falou me entregando minha bebida.

- Suas..

- Você é nosso novo pai? - dissemos juntas.

- Não parece ter idade para ter uma filha, e vocês não se parecem com filhas - revirei os olhos com a última frase.

- Bom... então como surgimos?