Capítulo três: Um fardo muito grande; A busca pela verdade

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Parte I - Antes da tempestade

第3章: 一个非常大的包袱;对真理的寻求
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Horas antes de um novo dia raiar nossa pequena protagonista teve um sonho. Tanto eu quanto você, leitor, deve saber que os sonhos dela são bem peculiares, o suficiente para que ela realmente sinta cada toque e cada ferimento que ela sofrer. Leitor, ela talvez seja a única pessoa viva que saiba como é a sensação da morte.

Mas, vamos falar do sonho dela. Agnes se encontrava sentada a beira de um rio calmo e muito tranquilo, ela molhava seus pés naquela água cristalina completamente nua, sem se incomodar com a falta de suas roupas. Alguns peixes passavam ali perto sempre evitando os pés dela, ficando próximos e longe dela ao mesmo tempo. Agnes respirou fundo aquele ar puro e sorriu para as árvores, se deixando levar pelos sons da natureza, ela já conseguia saber que era um sonho e parecia ser um bem pacífico. Mas sua paz durou pouco.

Quando ainda estava desfrutando daquela paisagem e dos sons da floresta, um corpo veio boiando próximo a ela, assustando-a e fazendo gritar por ajuda, mas estava longe demais de qualquer tipo de civilização para que qualquer pessoa pudesse ouvir. Ela se aproximou do corpo temerosa e tirou-lhe o cabelo do rosto, revelando ser uma garota bonita e jovem, o que a aliviou por algum motivo.

Ela arrastou o corpo da jovem até a árvore mais próxima e a colocou sentada, depois se afastou um pouco e ficou-a olhando admirada, como se nunca tivesse visto alguém desse tipo na vida, como se ela fosse a maior novidade, mesmo sendo somente uma garota bonita.

Bonita ou não, quando ela cuspiu água na cara de Agnes e começou a tossir, não foi nem um pouco bom.

– <POR QUE ESTÁ CUSPINDO ÁGUA EM MIM?!> [N/r: É pra mostrar que ela está falando em outra língua]- Ela grita limpando o rosto, sem perceber que estava falando em outro idioma.

– O que....disse?- A mulher estranha finalmente para de tossir e se encosta na árvore novamente.

– <Está surda?>- Agnes para e presta atenção no que estava falando- <O que...Ah! O que está acontecendo? Como estou falando essas coisas?>- Seu desespero finalmente fica visível a outra mulher.

– Se acalme...- A mulher estranha fala, falando devagar e tossindo bem pouco- Como...se chama? Nome.

– Nome....Iandra...- Havia desistido de entrar em pânico novamente, a presença da mulher a sua frente tinha lhe acalmado tanto que não conseguia se corrigir.

– Ok, Iandra. Sou a Mei.

Foi bem aí que Agnes acorda com um pulo. Tudo aquilo era estranho, muito estranho, pois ela queria ter dito Agnes e queria ter falado sua língua nativa, mas não foi isso que estava saindo de sua boca. Como seria possível que ela falasse tão normalmente em outra língua e dissesse um nome que não lhe pertencia desse jeito?

"Era como viver uma vida que não era minha...." ela pensou e se levantou da cama, indo em direção a porta para poder ir a cozinha beber água, mas não conseguiu nem sair do quarto. Quando olhou o espelho acima da usa cômoda viu que estava escrito "Você está fazendo isso!" como que em resposta ao que havia pensado. Agnes não aguentou e deu um grito apavorada, mas seu pai não estava em casa para defendê-la.

Tudo em seu quarto começou a ser jogado nela: secador, maquiagem, roupas, sapatos, material escolar, até alguns pequenos móveis como sua cabeceira começaram a serem arrastados e jogados pelo ar para tentar acertá-la. Ela chorava em desespero agachada perto da cama quando a polícia, que havia sido chamada pelos vizinhos, chegou e arrombou a porta  e tirou-a de lá.

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