Capítulo um: O começo da tragédia; Conhecendo a vida de Agnes Haddock

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Oi gente, é a XXY. Queria só deixar algo um pouco mais claro antes de começar: o título é adaptado, ou seja, não é exatamente isso que a SLFC colocou. Eu quis deixar um pouco melhor para vocês entenderem!

Parte I - Antes da tempestade

第1章: 悲剧的开头;了解爱玛-琼斯的生活
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- Pare...- Ela repetia enquanto estava em um de seus mais profundos sonos.

"Vocês me enojam, quero que saiam desse lugar sagrado imediatamente!"

- O que te fiz? O que te fiz?- Ela continuava a falar.

Nada mais fazia sentido. Várias visões dela morrendo dos jeitos mais perturbadores e violentos que ela poderia sequer imaginar. Aparecia algo feliz, como ela brincando nos jardim do palácio do Czar Nicolau II com uma garota da sua mesma idade, a garota por quem ela estava apaixonada, e logo depois levando um tiro no meio da testa. Ou ela tomando chá com essa mesma garota em um dos mais belos palácios da França e logo depois tendo sua cabeça decapitada ao lado do rei. Porém o pior não era se ver morrendo, mas sim sentir exatamente tudo que estava acontecendo.
E, como se não tivesse ruim o suficiente, frases ditas com ódio, como essa acima, a perturbava ainda mais. Era como se o dono¹ de tal voz gostava de vê-la sofrer. Porém, de repente a voz com todo aquele ódio desapareceu e, em seu lugar, uma voz calma e acolhedora lhe apreciou os ouvidos falando baixo e com ternura:

"Agnes, querida Agnes, me perdoe. Você teria uma vida longa e próspera, sem muitas dificuldades. Seria feliz e teria uma linda família, morando em Minnesota como sempre sonhou, mas eu preciso roubá-la de ti. Me perdoe por isso querida...Mas eu preciso disso."

Agnes acorda desesperada olhando tudo em volta, não tinha tiros, não tinha guilhotina, não tinha nenhuma das coisas que suas visões desesperadoras havia lhe mostrado e nem mais aquelas vozes estranhas e perturbadoras. Ela estava de volta ao seu quarto de cor pêssego, com seus vários pôsteres espalhados pela parede e suas pelúcias ao pé da cama, exatamente como ela deixou na noite passada antes de ir dormir.
Ela levanta devagar, ainda um pouco confusa com tudo aquilo. Um sonho ruim, ou até mesmo um pesadelo não se comparavam a isso que acabou de acontecer, pois ela tinha certeza de que, nesses casos, ninguém consegue sentir as dores que a morte causava. Tudo que ela pensava era em como jamais desejaria a morte para alguém depois de sentir na pele como era.

- Filha, já acordou?- Seu pai grita da cozinha. Os sentidos dela voltam na mesma hora e foi aí que ela sentiu o delicioso cheiro de panquecas e café a esperando na cozinha. Esse era o cheiro que ela ansiava sentir depois de toda essa loucura.
- Sim, pai! Só irei trocar de roupa!- Ela o responde procurando por um elástico que aguentasse o seus longos e negros cabelos enquanto não queria ajeitá-los. A vida de Agnes era muito comum, sem nenhuma coisa anormal. Ela era somente uma garota floridense vivendo na pequena cidade de Elliott Key², com amigos maravilhosos e um pai dedicado, sendo a única coisa considerada anormal a falta da sua mãe na sua vida.
Ela se vestiu rapidamente e saiu do quarto indo direto para a cozinha comer seu café da manhã. Quando chegou lá esperava estar babando ao olhar a comida que seu pai se dedicou a fazer, mas não sentiu nada. Pela primeira vez, na verdade, percebeu que não tinha fome alguma.
- Hoje irei ficar no turno da noite de novo, aquele hospital não funciona sem mim!- Comenta ele. O pai dela era um neurocirurgião que trabalhava em um hospital público da região. Ele vivia ocupado e mal parava em casa mas, quando podia, ele ia para casa mais cedo e fazia o café da manhã da filha para que ela pudesse se sentir mais amada por ele. Agnes não sabia, mas seu pai sempre se culpou pelo o que aconteceu com a mãe dela a dois anos atrás. Quando ela entrou no Liteira³ da Morte para nunca mais voltar.
- Eu estava querendo ir à praia hoje...Naquela parte onde eu gosto de ir...- Diz ela, bebericando seu café enquanto olhava esperançosa para seu pai.
- Não sei se é uma boa ideia. Você se machucou ontem, não foi?- diz seu pai indo lavar a louça.

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