Distância e ciúmes

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Suzana se aproximou de Adrian e diferente do que ela sempre fazia, não o abraçou. Ele tentou abraçá-la, mas imediatamente ela se afastou. Não era preciso que ela falasse alguma coisa porque seu semblante e atitudes mostravam o quanto ela estava magoada.

Então Adrian disse: "Vamos caminhar um pouco."

E ela se pôs a andar com ele sem dizer uma palavra e na verdade, ela não conseguiria, porque em silêncio ela chorava.

E antes que ele começasse a dizer alguma coisa, ela perguntou: "Por que você fez isso comigo? Por que não confiou em mim e me escondeu que estava sendo transferido para outra cidade?"

"Sua mãe não me contou nada e eu fiquei tão desesperada de preocupação que fui procurar informações suas no quartel... Ingrid sabia mais a respeito de tudo o que estava acontecendo do que eu, apesar de ser sua namorada."

Adrian não sabia nem por onde começar. Ele não fazia ideia de que esconder o estresse que estava passando no trabalho seria ainda mais prejudicial ao seu relacionamento do que compartilhá-lo com Suzana.

Ela continuou: "Você realmente me ama? Você realmente me quer ao seu lado, em sua vida?"

"Eu preciso saber... Porque quando queremos construir algo com alguém não excluímos essas pessoas de situações importantes da nossa vida."

"E eu nem mesmo sei se sou tão importante em sua vida como eu pensava que era."

Adrian se aproximou dela para abraçá-la, mas mais uma vez ela se afastou, porém ele insistiu e a tomou em seus braços.

Suzana se rendeu e se apegou a ele, chorando e dizendo: "Eu amo você Adrian Borges e em meu coração tenho o desenho de nossa vida juntos, sempre um ao lado do outro... Não me exclua de nada por favor. Me deixe fazer parte de sua vida!"

E ouvindo essas palavras, Adrian chorou junto com ela.

Após alguns minutos de lágrimas e silêncio eles puderam conversar e Adrian respondeu a Suzana: "Suzan e fui tolo e imaturo. Acreditei que para lhe proteger de futuras preocupações deveria esconder a possibilidade da minha transferência, esperando que chegasse o momento certo de lhe contar. Porém as coisas fugiram do meu controle e eu fui convocado às pressas a nova unidade e quando lá cheguei, houve um apagão que nos deixou incomunicáveis e eu só pensava em você, em como você deveria estar preocupada."

"Eu estou aprendendo a lidar com o que sinto por você."

"Eu tento te proteger, eu quero ser uma paz, uma calmaria para o teu coração, mas acho que não estou fazendo isso da maneira certa."

"Tudo o que mais quero é ter você em minha vida e não sei como vamos lidar com essa situação, porque agora terei que servir em outra cidade, a distância de quase 9 horas de carro daqui e não quero ficar tão longe de você..."

Mostrando toda a sinceridade das palavras que vinham em seu coração Adrian revelou suas preocupações com os dias que viriam. Então, eles apenas se olharam, se abraçaram e se beijaram como se fosse a primeira vez, porque não sabiam como seria dali por diante. Era como se estivessem começando tudo de novo... A insegurança, o medo de perder o contato no olhar, o toque das mãos e tudo o que haviam alcançado até aquele momento.

Em casa, Suzana e Adrian explicavam a D. Antônia que em dois dias ele iria viajar e passaria a morar em outra cidade por conta da distância.

A mãe de Suzana, extremamente contrariada, comentou: "Eu não sei se esse namoro de vocês vai dar certo. Namoro a distância é difícil..."

Suzana tentou disfarçar sua preocupação para que Adrian não ficasse ainda mais abalado, mas seu coração estava muito aflito por causa dessa mudança repentina.

SORRISOS: AS FASES DE NÓS DOIS (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora