A maioria das pessoas já encontraram aquela pessoa que fez seu coração pular como um louco, e até mesmo sua respiração ficar falha. Aquela pessoa que lhe faz pensar em um mundo de possibilidades de um futuro promissor.
Na primeira conversa percebia que tudo combinava para os dois ficarem juntos. Tinham os mesmos gostos musicais, gostavam dos mesmos filmes e séries e até mesmo a forma de pensar e ver o mundo eram iguais. Era bem sabido por ambos que os opostos se atraem, mas os iguais se completam.
No primeiro encontro, o nervosismo estava presente desde escolher qual roupa vestir, onde a incerteza de onde iriam te fez escolher algo que se encaixasse no casual e ao mesmo tempo formal. Foi ao final do primeiro encontro que houve o primeiro beijo, e céus, foi incrível.
Depois do primeiro encontro teve outros, e não demorou muito para ter um pedido de namoro.
Lena Luthor, nos auge de seus vinte anos, pensou ter encontrado o grande amor de sua vida, e ele era perfeito. Jack era o sonho de quase todas as garotas, um rapaz bonito, educado, culto, gentil e carinhoso. Ele a fazia sentir especial e única. E com apoio da família Luthor, o rapaz a pediu em casamento no ano seguinte.
Os familiares e amigos mais próximos do casal estavam na cerimônia, lhes desejando bênçãos e felicidades. Lá, parada naquele altar e tendo os olhos de todos direcionados para ambos, Lena só se importava com os olhos de seu amado e o sorriso em seus lábios. Parecia que o universo realmente lhe concedeu a felicidade.
Os primeiros meses de casamento foram um mar de rosas e um jardim de felicidade. Mas então tudo começou a mudar seis meses depois da união do casal. Antes Lena, que se sentia a pessoa mais importante do mundo para Jack Speer, aos poucos passou a ser tratada como menos do que realmente era.
Pensando ser apenas uma fase do relacionamento, Lena continuava sua rotina normalmente, de casa para a L-Corp e no final do dia voltava para casa. Muitas vezes Jack ainda estava trabalhando, bom, era isso que ela pensava.
A morena continuava se doando para alguém que não a tratava mais como esposa, que simplesmente a via como uma posse, alguém que sempre estaria ali para ele por que era sua obrigação. Quase dois anos de casamento e as coisas só pioraram. Jack achava que presentes compensam sua ausência.
Depois de um tempo que pareceu longo demais, Lena se cansou da forma que vivia e era tratada, se deu conta que ela deveria se amar primeiro antes de esperar o amor de alguém. Estava cansada de mendigar abraços, sorrisos, beijos e carinho... Ela merecia mais do que isso e não deixaria ninguém a fazer se sentir menos do que ela realmente era.
A Luthor continuava a cuidar do marido, afinal, ela ainda o amava, mas não da mesma forma que antes. Jack só dizia amá-la quando a situação estava feia para o seu lado e somente a morena que lhe dava apoio e ficava do seu lado. Pena que era tarde demais. Aquele amor romântico e incondicional havia se transformado em uma forma diferente de amar. Um amor platônico.
Nenhum relacionamento é fácil, mentirosos é aquele que fala o contrário, desentendimentos aconteceram, brigas por motivos banais e nem tanto assim vão surgir, e na maioria das vezes tudo isso será superado ou não. Depende da maturidade e do amor que sentem para seguir em frente.
Quase sete anos haviam se passado, de um casamento fracassado ainda antes do primeiro ano de matrimônio. Foi então que as coisas passaram a mudar para Lena na manhã de uma quarta-feira. National City parecia perfeita naquela manhã, o céu azul com poucas nuvens e o sol dando o ar da graça depois de dias chuvosos.
Lena saiu mais cedo de casa, pois na noite anterior havia obrigado com Jack novamente e tentando evitar mais brigas, estava decidida a tomar café da manhã na rua, mais precisamente no café que ficava próxima a L-Corp.
O sino da porta anunciou sua chegada ao estabelecimento, por sorte havia poucas pessoas no local e todas estavam em mesas, assim não tinha fila. Indo até o balcão para fazer o pedido, a Luthor percebeu que não era atendente das vezes anteriores que esteve ali.
- Bom dia - Lena desejou assim que parou de frente para o balcão.
- Bom dia. - A moça que de costas organizados os doces e salgados disse se virando para a próxima cliente. Ela ficou encantada com a visão diante de seus olhos. A morena a sua frente a deixou paralisada por sua beleza. Seus olhos a fizeram viajar por um turbilhão de pensamentos. A atendente nunca havia presenciado tamanha beleza apenas em um olhar. Lena estava diferente da loira parada à sua frente. A moça era linda e mais parecia um ser angelical, por mais que não acreditasse muito nessas coisas. - Ah, oi. Como posso ajudar? - A loira perguntou depois de sair do transe.
- Eu gostaria de uma flat white e um croissant para a viagem, por favor. - Ao ouvir atentamente o pedido, Kara anotou e se virou para preparar a bebida. Depois de pronta e já em um copo, ela separou uma croissant e colocou em um envelope pardo, entregando para a morena os dois pedidos.
- Prontinho, aqui está. - Lena pegou seu pedido e pagou.
- Kara, querida - Lena estava quase saindo quando a ouviu uma voz conhecida e se virou para o outro lado do balcão e encontrou a senhora que sempre lhe atendia, sorriu para mesma e saiu, mas viu o momento que a moça que lhe atendeu foi até a senhora. - Preciso que faça uma entrega para mim aqui perto.
- Já estou indo, mãe. - Kara falou e olhou uma última vez para Lena que tinha acabado de passar pela porta, do lado de fora a morena olhou de volta. Seus olhares se cruzaram naquele instante. Lena sentiu seus coração errar uma batida, suas mãos suarem e suas pernas fraquejarem. Lena colocou a mão sobre o peito, sentindo seu coração acelerado. Se virou e seguiu para a empresa de sua família.
Kara queria entender o que acabara de acontecer, por que todo seu corpo agiu daquela forma por uma mulher que ela nunca tinha visto antes? Se se concentrasse um pouco ainda podia sentir o perfume da morena.
Saindo de trás do balcão, pegou as sacolas que sua mãe lhe entregou e foi em direção a saída, foi quando viu um objeto retangular próximo a porta. Se abaixou para pegar e viu que se tratava de um crachá de identificação e tamanha foi sua surpresa ao ver de quem era.
- Então esse é seu nome - Falou sozinha sorrindo - Lena Luthor. Acho que vai precisar disso hoje. - Foi então que Kara decidiu devolver o objeto para sua dona, mas antes iria fazer as entregas de sua mãe.
Tirou do bolso a chave da moto e colocou as sacolas dentro do bagageiro da mesma e depois saiu. Não demorou muito para a loira chegar ao local da entrega. Deixou as sacolas lá, pegou o dinheiro e partiu de volta para o café deixando sua moto na vaga reservada. Retirou o crachá do bolso e sorriu olhando para si mesmo, iria rever a dona dele.
Enquanto caminhava pela calçada, ela ia lembrando dos motivos para voltar à National City. A vaga de repórter Júnior da Catco. Mas também para ficar perto de sua mãe e irmã. Fazia menos de duas semanas que ela havia voltado e às vezes quando estava livre, gostava de ajudar sua mãe. Como ela só precisava estar na Catco às 9:00 horas, dava para ajudar no café no horário mais movimentado da manhã.
Lembrou que a noite iria encontrar a irmã, Alex tinha algo importante para falar e também era a noite de filmes das irmãs Danvers. Sorriu com as lembranças da infância, quando ainda crianças começaram a tradição de noite de filmes toda quarta. Infelizmente, enquanto ela estava fora, isso não foi possível.
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Notas da autora: é a primeira vez que posto aqui no watt, mas não é a minha primeira fic, irei postar aqui tbm outras que já publiquei em outra plataforma
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Supercorp - You took my broken melody and now I hear a symphony
Romance[CONCLUÍDA] Lena achava ter encontrado o amor de sua vida, mas o que era um sonho não passou de uma ilusão. Depois dos primeiros meses de casamento, a Luthor que antes era tratada como especial, passou a sentir-se inferior. O que fazer quando surge...