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(Foto ilustrativa a cima ☝)

A casa estava uma bagunça, empregados para lá e para cá.
Qual tecido?
Qual comida?
Qual sabor de bolo?
Todos ansiosos para o tão esperado casamento entre mim e Arthur, mamãe ficou encarregada de tudo, ela fez questão de organizar cada detalhe  até os convites foram celados com selo real, o casamento era para ser simples, apenas para os amigos mais próximos, porém os 350 convites diziam o contrário, na verdade tudo aquilo me desgastava, entre tanto ela fazia tudo com maestria e diversão, desde o prendedor de cabelo até as flores importadas que ela escolherá para o casamento. A ansiedade estava estampada no rosto de todos e eu? Bom, estava um pouco, até porque é minha primeira vez casando.

O cansaço tomava conta de cada parte do meu corpo, tudo girava entorno de uma só coisa CASAMENTO, até Arthur autêntico e paciente que é se estressou hoje, toda aquela agitação desgastava qualquer um só de se olhar.

Minhas aulas de etiqueta foram suspensas então eu teria toda a tarde para descansar, meu plano era ir até o lago e examinar mais uma vez o lugar.
Eu não conseguia entender ainda aquela situação em que estava, e mesmo me dando por vencida que aquilo seria a minha vida mesmo, eu não parava de pensar na hipótese que estaria no corpo de outra pessoa, o que seria um pouco difícil tendo em vista toda aquela situação.

Meus pais e irmãos são os mesmos, exceto algumas pessoas tudo parece ser "quase" igual, o meu cérebro poderia criar várias teorias, mas como sou uma escritora e não psicóloga ou sei lá qual seja a profissão responsável por isso, não cheguei a uma conclusão concreta.

No dia que caí no lago estava atordoada, triste e magoada, mas além de tudo isso eu estava deprimente, minha vida só foi de ladeira a baixo e mesmo eu tentando seguir em frente ela sempre me pregou peças.

O que é meio impossível é eu ter caído em NY e "renascer" na Itália, o que seria um pouco inexplicável, pois estava um pouco distante.
É como se eu estivesse num conto de fadas, só que muito diferente, óbvio.

Deixando para trás as situações indecifráveis criadas pela minha cabeça, cheguei a conclusão que no lago possa existir uma passagem secreta e por isso vou lá dá uma checada.

- Não custa nada tentar.
Falei para mim mesma tirando os sapatos e uma parte da roupa pesada.

Adentrando a água gelada e indo em direção ao ponto que acordei, sentia as pequenas pedras nos meus pés, a areia e os matinhos do lago

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Adentrando a água gelada e indo em direção ao ponto que acordei, sentia as pequenas pedras nos meus pés, a areia e os matinhos do lago.
O frio já tomava conta do meu corpo e meus lábios já começavam a tremer, era um pouco curioso que em pleno verão a água estivesse daquele jeito, mas aquilo não tirava de mim a vontade de seguir em frente e descobrir alguma coisa.

Chegando no ponto exato onde me lembrava de ter  saído, não encontrei nada, nem um portal, muito menos algum vestígio que dizia "adeus Grace, seja Helena agora" para me tranquilizar, mas teimosa do jeito que sou decidi mergulhar, eu tinha que descobrir algo.

Depois de mergulhar e subir a superfície algumas vezes para buscar o ar a única coisa que eu via debaixo da água era a imensa escuridão, nem um peixinho se quer havia vindo ao menos ver a minha cara de pamonha.

Ainda em baixo d'água tentando analisar a situação e por em ordem meus pensamentos, com um susto fui levada a superfície, grandes mãos estavam rodeadas em minha cintura, o ar que entrava pelas minha narinas ardiam até o pulmão, não saberia eu se era pelo medo ou por estar tanto tempo em baixo d'água.

Ao abrir os olhos que haviam se fechado pelo medo, pude ver o par de olhos amendoados que me mostrava o grande desespero estampado na face de Arthur, embriagada pela sua beleza ou ainda pelo susto e surpresa ao vê-lo, não notei que estava em seus braços.

Eu não sentia um pingo de desconforto naquela situação por incrível que pareça, tentando controlar a respiração e controlar os batimentos acelerados que preenchiam meu coração, tomei a palavra.

- Pode me por no chão.
Falei, porém parecia mais como um sussurro inaudível.

Arthur me soltou, passou as mãos nos cabelos, olhou ao redor do lugar e falou:

- Você está bem? Se machucou?
Era perceptível a preocupação em cada palavra dita por ele.

- Eu estou bem, o que faz aqui?
Falei meiga.
Com certeza aquela não era eu, mas como se aquela situação me derretesse eu fiquei totalmente diferente, a famosa "manteiga derretida", caidinha por Arthur.

- Eu estava passando quando vi você se afogando, você está bem?
Falou ainda preocupado.

- Eu não estava me afogando.
Falei calma.

- NÃO? MAS...MAS VOCÊ ESTAVA DE BAIXO D'ÁGUA E...
Falou confuso e gritando.

- Eu estava nadando.
Falei levantando a voz.

- VOCÊ SABE O QUANTO ISSO É PERIGOSO? CADÊ SUA DAMA DE COMPANHIA? POR QUE ESTÁ AQUI SOZINHA TOMANDO BANHO NESSE... LAGO?
Falou gritando comigo.

- POR QUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO COMIGO? EU NÃO SOU UMA CRIANÇA!
Retruquei no mesmo tom de voz.

- PARECE... E PORQUE VOCÊ TAMBÉM ESTÁ GRITANDO COMIGO?
Falou confuso.

- POR QUE EU QUERO.
Falei saindo.

- EU SOU O FUTURO REI DO REINO MAIS PODEROSO, COMO OUSA ME DÁ AS COSTAS.
Falou me seguindo.

- GRANDE BOSTA SER O FUTURO REI, EU SOU A FUTURA RAINHA!
Falei torcendo a roupa molhada e o cabelo.

- VOCÊ...
Parou de falar me analisando.

- VOCÊ O QUE?
Falei pegando os sapatos,
acompanhando o olhar de Arthur.
- SEU PERVERTIDO!
Falei jogando um sapato nele e saindo bufando de raiva.
- Como ele ousa brigar comigo e ainda me... me olhar daquele jeito?
Falei enquanto caminhava apressada e logo escutando os gritos de Arthur logo atrás.

- VOCÊ VAI VOLTAR ASSIM?
Falou enquanto me alcançava e me cobriu com seu terno.

- Eu vou do jeito que EU quiser.
Falei me cobrindo melhor.

- Problema seu.
Falou saindo.

- PROBLEMA MEU MESMO.
Falei indo embora.
- GRR ARTHUR EU VOU TE MATAR!

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  Nota da autora

Ai eu estou tão apaixonada por eles rs.
O casamento está próximo!

Conto com feedback e as estrelinhas de vocês!

Vickmarrye ♡

Me chame de HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora