000 x prólogo

49 4 43
                                    

ANOS ATRÁS

Era fim de semana. Como de costume os pais de Santiago Jung e Beatriz Jung iriam almoçar fora. Santiago, o mais velho, já estava prontinho para sair, já a sua irmã mais nova, Beatriz, ainda estava esperando a sua mãe fazer seus totós no cabelo, pois ela amava muito ter aqueles totózinhos em seu cabelinho.

— Vamos, Bia! Vamos! — Falou Santiago pegando na mão da irmã, falando na língua que eles mais comunicavam entre si, sobretudo na presença junta da mãe.

— Meu amor, calma, estou a terminar isto à tua irmã. — O pequeno assentiu às tais palavras da sua mãe. Quando terminou, Beatriz correu até o espelho mais próximo, puxando seu irmão. — Levanta-me, por favor. — O irmão assim o fez. Levantou a mais nova sorrindo enquanto a colocava para se ver no espelho.

— Vamos, meninos, já estão prontos?

— Sim! Sim! — Responderam em uníssono e foram em direção aos pais, que já estavam esperando os garotos na porta.

Saíram, indo em direção ao carro. Assim que estavam todos dentro, deram partida para o restaurante. Beatriz e Santiago brincavam um jogo qualquer até ouvirem um som estranho. Beatriz olhou para a frente, mas em um milésimo de segundo, ela não vê mais nada. Ambos os irmãos sentiram o algo estranho bater contra o carro e o sinto estar devidamente segurando eles, os machucando no torso por causa da brutalidade do que tinham acontecido.

Eles não sabiam o que tinham acontecido pois não deu tempo para ver, mas um camião desgovernado que vinha em alta velocidade levou o carro da família junto pela parte dos condutores. E, graças ao sinto de segurança protegendo, por mais que estivesse machucando, foi isso que salvou os garotos, que mesmo com o carro de cabeça para baico, eles estavam vivos. Santiago estava inconsciente por desmaiar de susto, enquanto Beatriz gritava pelos pais. Mas, devido a todo o momento acontecido e a circulação prejudicar devido a como estava, ela acabou desmaiando. 

[...]

— Crianças vivas! — Um dos médicos diz. — Inconscientes, mas respirando. 

— Como estão os adultos? — Outro médico diz.

— Morreram no local. As crianças sobreviveram.

— Nem sei como. — O médico anterior fala, encarando o estado das crianças assim que volta a entrar na sala. O garoto possuía fraturas nas costelas, no entanto uma se partiu, e quase atravessou seu pulmão. Foi a única. Já a menina estava completamente sem ferimento algum sem ser um pequeno corte na sua testa, mas nada de grave.

— Foi por causa do sinto de segurança. Todos tinham, mas o camião levou completamente os adultos dentro do carro, que são os pais dos jovens.

— A menina acordou! — Ouvindo uma das enfermeiras falar, eles olharam a menina que começou a chorar quando viu seu irmão do outro lado, com uma máscara de oxigénio, sem nem imaginar que possuía fraturas em suas costelas e ainda uma delas partida, que poderia ter-lhe tirado a vida se perfurasse seu pulmão. A menina chorava, mas tudo piorou quando chamou pelos pais, e os enfermeiros não sabiam o que fazer.

— Não chora calma, seu irmão só está dormindo. Vocês estão bem. — Uma das enfermeiras diz, tentando acalmar a pobre garota, tentando ao máximo que ela não fizesse esforços, pois poderia se machucar mesmo estando praticamente ilesa de tudo o que aconteceu.

— Eu quero meus pais!

— Eles estão na outra sala, eles já te vêm ver. — Beatriz acreditou. Era claro que todas as crianças acreditariam, mas até quando ia durar essa mentira? Os pais deles nunca voltariam. Até quando conseguiam mentir tal coisas para crianças neste estado? 

Lotto ; A sorte de ganhar | jung wooyoungOnde histórias criam vida. Descubra agora