Ter que esconder algo de toda a gente não é fácil, mas quando se tem uma amiga como a minha nada é difícil.
A Karen era mais alta que eu e mais extrovertida, e isso fazia com que eu a amasse mais. Sim, ela não era apenas uma amiga era minha namorada.
Namorávamos há cinco meses, mas ninguém sabia. Os meus pais, por exemplo,pensavam que ela era apenas uma colega de turma, não sei como é que eles pensavam isso ainda, porque sempre que ela vinha para o meu quarto fazer "trabalhos", havia sempre algum barulho e o chão ficava sempre um pouco húmido.
O nosso relacionamento era muito saudável, mas ter-mos de o esconder consumia-nos, ela era super compreensiva mas via-se que estava triste por não poder demonstrar afeto em público, então decidi assumir-me aos meus pais.
Mesmo sendo lésbica, assumi-me bissexual para os meus pais.
A reação foi estranha, enquanto que o meu pai me abraçava e sorria, a minha mãe não falava nem se mexia, como se estivesse petrificada. Levou algum tempo para ela assimilar isso, mas quando finalmente o fez, abraçou-me e disse que me apoiava a cem por cento.
Liguei logo para a Karen.
- Oi? Karen! - disse empolgada.
- Oi, o que se passa?
- Os meus pais... Eles aceitaram-me.
- Aserio? Isso significa que podemos...
- Sim, podemos namorar em público. - disse rindo-me.
- BOA! - gritou-EU, AHH, AMO-TE... AMO-TE MUITO. TENHO DE IR MAS, AHHH, BEIJOS ATÉ AMANHÃ.
- Okay... - disse novamente a rir-me - também te amo, beijos.
No dia seguinte, acordei super contente e super cedo, vesti-me e fui para a escola.
Cheguei e corri para os braços da Karen e beijei-a à frente de todos. Os olhares percorriam o nosso beijo, e ela separou-se de mim.
Eu fiquei a olhá-la a tentar perceber o que se passava, os nossos olhares cruzaram-se e ela deu um pequeno sorriso e deu-me um selinho.Eu amava aquela pessoa, e ter o suporte dos meus pais fazia com que a amasse mais.
Era hora do almoço e eu tinha acabado de ter matemática, ou seja, estava sem paciência, quando comecei a ouvir alguns comentários do género " é aquela que namora a Karen?" "ela é lésbica?" "sempre soube aquela cabra não engana ninguém".
Eu não liguei e soltei um grande "foda-se". Não me importava o que os outros pensavam só importava o amor que eu sentia pela Karen e o amor que ela sentia por mim.---------------------------------------------------------
Ao contrário da última história, esta é mais feliz e retrata as pessoas que têm o apoio dos pais, 424 palavras a retratar isso.
Mike