Pan - A histora que não foi contada

Versão do Peter Pan

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Após horas correndo atrás das ovelhas do meu pai consegui pegar todas, menos 1 pois ela havia caido de um lugar um pouco alto e acabou quebrando o pescoço....mas ainda dava pra comer ela.

Levo as ovelhas (vivas) para casa enquando a morta estava em meus braços, coloca as ovelhas em seus devidos lugares quando ouço o cachorro latir, meu pai havia chegado e eu não sabia como iria explicar pra ele como perdemos uma ovelha.

-Peter!? - ouço ele falar enquanto entra em casa

- Ja estou indo... - falo alto e logo entro em casa

- Como foi hoje? Cuidou das ovelhas? - ele dizia sem nem olhar pra mim enquanto colocava suas coisas na mesa

- Sim..mas..

- Mas? O que você fez moleque? - ele falou me olhando

- Elas começaram a correr mas eu consegui pegar todas....mas uma teve uma queda e quebrou o pescoço - falo meio sem jeito

- Você matou uma ovelha? - ele diz se aproximando

- Foi um acidente pai - falo me afastando com medo

Eu estava com medo, meu pai costumava a ser agressivo sempre que eu fazia algo errado, ele costuma ser assim pois achava que a minha mãe ter morrido no parto foi culpa minha...e ele fazia questão de me lembrar disso todos os dias.

- Pai eu juro que foi um acidente - falei com lágrimas nos olhos

- Já vai chorar? - ele disse segurando meu rosto com força - é mesmo um frouxo né!? - ele me deu um tapa forte

Um tapa tão forte que me fez cair no chão

- Então a ovelha ter quebrado o pescoço foi um acidente? SE EU QUEBRAR O SEU PESCOÇO VAI SER UM ACIDENTE? - ele falou nervoso me olhando - tudo que você faz é um acidente né seu inútil? Eu só te pedi uma coisa, UMA! E você não é capaz de tomar conta de 10 OVELHAS?

- Pai me desculpa...não vai acontecer novamente, eu prometo.. - falei me levantando mas ele começa a me bater me derrubando no chão

Ele me dava socos, chutes e me xingava, eu tenho certeza que na manhã seguinte estaria repleto com hematomas.

- Para por favor - peço baixinho e ele para

- Você é o meu maior erro! - ele disse apontando o dedo pra mim - ver seu rosto todos os dias me da nojo, parece que arranca um pedaço da minha alma.....você matou sua mãe Peter...você a matou e agora está me matando

Ele disse cada palavra me olhando com nojo, suas palavras acabaram comigo....e meu corpo doía.

- Agora some da minha frente! Não quero ver essa sua cara hoje - ele fala sem nem me olhar

E com isso eu me levanto e saio de casa indo até uma floresta, ela de certo modo me trazia paz.

Nunca soube o porque que meu pai não me matou, ou me vendeu ou apenas de deixou sozinho no mundo, talvez fosse por causa da minha mãe eu sempre fui bem parecido com ela e sou tudo que ela deixou antes de morrer...

Começou a chover e eu estava na floresta ainda, mas não iria voltar pra casa...estava com medo do meu pai. Me aproximo de uma grande árvore e me sento bem em baixo dela.

- Ah mamãe....queria tanto você aqui... - falei sentindo as lágrimas em meus olhos

Não demorou muito pra mim pegar no sono ali mesmo, o cansaço me venceu e me deixei levar. Quando acordei não estava mais chovendo, mas ainda estava bem frio.