capítulo vinte e um.

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Johnny era uma pessoa falante e agitada, mas naquela noite, estava rompendo seus próprios limites. Ele não parava quieto, sempre havia alguém para cumprimentar ou um velho amigo querendo colocar o papo em dia, mas em nenhum momento, ele soltou a mão de Yuta e para ser sincero, Nakamoto estava gostando daquilo. Era divertido ouvir tantas coisas à respeito de Johnny e era bom se sentir bem-vindo, mesmo depois de ter acreditado que acabaria sobrando. E o melhor de tudo, era que Johnny não o deixava de fora. Ele perambulava pelo pátio e conversava com pessoas de todos os tipos, sobre todas as coisas, e sempre dava uma forma de incluir o ruivo no assunto.

Yuta tinha que dar seu braço a torcer, exatamente como tinha feito a respeito do moreno, semanas atrás. Eram boas pessoas, com sua porcentagem de coisas que não eram bem vistas, mas com uma grande quantia de bons ideais. Estavam tratando Yuta estranhamente bem e depois de duas horas ali, ele acreditava que todos conheciam-no bem o suficiente, e ele à eles.

— O que foi? — Yuta perguntou, quando Johnny o puxou para um lugar mais reservado. Seo sorriu, deixando claro quais eram suas intenções. O ruivo revirou os olhos, mesmo que ainda sorrisse. — Nem pensar.

Johnny apertou os lábios, franzindo seu cenho, como o bom garoto mimado que era. Ele não sabia lidar com negativas e Yuta já tinha percebido isso, talvez esse fosse o motivo de ser tão divertido ser a pessoa que falava "não" para ele.

— E por que não?

— Porque — Yuta murmurou, aproximando seus lábios dos de Johnny. — Estamos em um lugar lotado de pessoas e eu não quero que essa seja a impressão que vão ter de mim.

— Pessoas que você nunca mais vai ver. — Johnny rebateu, os lábios esbarrando nos de Yuta conforme ele falava. — Tem sido difícil não pensar em você.

Nakamoto mirou seus olhos, soltando uma risada baixa.

— Tem tido esses pensamentos comigo?

— Desde o dia em que conheci você, doutor. — Johnny devolveu o riso, com um sorriso safado. O moreno segurou seus quadris, puxando-o para frente. — Venha cá.

Yuta poderia ter recusado, como sua mente dizia que era o certo a fazer, mas preferiu deixar que Johnny o guiasse e levasse-o até o limite do que era permitido. Ele também tinha pensado em Johnny, com uma frequência maior do que deveria, desde o dia em que o mesmo aparecera na porta de sua casa. Já tinha fantasiado com aqueles mesmos lábios, deslizando por todo seu corpo, sendo seguidos pelas mãos firmes e depois, dando lugar ao corpo suado. Era difícil conter seus próprios desejos, principalmente quando o moreno demostrava sentir a mesma coisa que ele, talvez com ainda mais afinco.

Johnny o beijou, com toda a liberdade que havia conquistado e apenas o toque daqueles lábios, eram desconcertantes o bastante para Yuta não saber onde colocar suas mãos. O corpo de Seo era firme e o prensava contra a parede de concreto, com a mesma firmeza. Ele não se repudiava e não deixava espaços para que Yuta o fizesse. E quando as mãos curiosas do moreno, alcançaram sua bunda, Yuta teve certeza de que não tinha mais forças para freia-lo.

— E é por isso, que eu amo comemorações!

Yuta não conhecia o dono recém chegado daquela voz, mas o grunhido de Johnny foi suficiente para sanar suas duvidas de que sim, era alguém próximo o bastante dele, para aparecer ali daquela forma.

— Estou ocupado, Marcos.

— Estou vendo, garoto. — o homem respondeu com uma risada. Yuta não podia ver seu rosto, por manter os olhos baixos e o corpo atrás do de Johnny, mas sabia pelo seu tom, que aquela não era a primeira vez que interrompia Johnny e que ele, realmente, gostava de fazê-lo. — Você aguenta alguns minutos longe do seu doutor, Joseph quer ver você.

Dogs of War {Johnyu ver.}Onde histórias criam vida. Descubra agora