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Continuação...

Lud: O que ela tem, doutora? - A preocupação dela voltou.

Doutora: Então... A Laurinha, pela desnutrição que ela sofreu, ela ficou bem cansadinha, com essa carinha abatidinha, mas já tomou remédio, sorinho na veia, tá. Receitei aqui também umas vitaminas, seguindo essa receita, ela logo, logo ficará boazinha - Ela falou olhando para a Laurinha e ela tava passando as mãos nos olhinhos - Logo a saúde dela estará Restabelecida novamente, vai tá correndo, brincando, né Laurinha? - A menina concordou com a doutora.

Lud: Oi, tá tudo bem mesmo com você agora, meu amor?

Laura: Tá sim! Quero ir logo embora.

Bru: Nós vamos, princesa!

Doutora: Aqui está a receita, qualquer coisa é só voltarem aqui - Ela entregou a receita a Ludmilla.

Lud: Muito obrigada, viu doutora! E se precisar a gente volta mesmo - A doutora concordou - Vamos para casa agora, meu amor? - Dê tchau para a doutora.

Laura: Tchau - Ela fez um sinal com a mão.

Saímos da clínica e vamos para o carro.

Lud: Não vamos levar ela para casa dela!

Bru: Precisamos resolver o que vamos fazer, não podemos simplesmente levar ela, ela pode se assustar e muito menos deixar ela na casa dela.

Lud: Vou resolver isso agora - Ela se vira para Laurinha - Meu amor, você quer voltar para sua casa, ficar com a sua mãe?

Laura: Não, Não tia, não quero não - Vi o pavor nos olhos dela.

Bru: Ei Calma, a gente vai tentar resolver isso, tá bom? - Falei para tentar acalmar ela e ela concordou - E agora, Amor? Sabe que não podemos simplesmente pegar essa criança e ficar né? - Perguntei ainda preocupada.

Lud: Vamos resolver isso agora mesmo, mas para aquela casa ela não volta mais - Falou séria e decidida.

Ela ligou o carro e seguiu viagem não faço idéia para onde ela estava indo. Fui atrás brincando com a Laurinha, eu já estava completamente apegada e apaixonada por essa menina, imagino a Ludmilla.

30 minutos depois o carro parou e vi que não era um lugar conhecido por mim, mas quando olhei pela janela, entendi onde nós estavamos.

Lud: Estou fazendo isso com muito medo, medo de não conseguir o que pretendo fazer, mas esse é o certo a se fazer.

Bru: É isso mesmo que você vai tentar fazer? - Perguntei animada.

Lud: Sim, é isso que você quer também?

Bru: Claro, quero do mesmo jeito que você quer! - Eu fui até ela e dei um selinho rápido nela, mas a Laurinha não viu.

Descemos do carro com a Laurinha, vocês devem tá se perguntando onde estamos né? Pois bem, vinhemos no lugar certo, fazer a coisa certa, estamos entrando no concelho tutelar! Mas calma aí, se estão achando que vamos deixar ela aqui, estão enganados, só vinhemos aqui, pois precisamos fazer a denúncia sobre a mãe dela e dizer que queremos a guarda da Laurinha, não vai ser fácil, mas eu como os conhecimentos no meio da advocacia, vou tentar convencer o Conselho.

Lud: Bru, vamos! - Sair dos meus pensamentos com a Lud me chamando.

Entramos e a Lud pediu para entrar em contato com o responsável. Não demorou muito e já estávamos sendo atendidas.

??: Boa tarde, no que posso ajudá-las? - Uma moça apareceu e nos comprimentou.

Lud: Boa tarde, me chamo Ludmilla Oliveira, essa é a Brunna Gonçalves e essa coisa linda aqui é a Laurinha.

??: Oi meninas, oi princesa, você é muito linda sabia? - A menina se escondeu nas minhas pernas.

Bru: Oh meu amor, não precisa ter vergonha.

Lud: Bom... Eu vim aqui para falar um assunto bem sério e delicado sobre essa pequena aqui - Ela colocou a mão na cabeça da pequena.

??: Vamos até a minha sala, por favor! - Seguimos até uma sala - Se vocês não se importar, já que é assunto sério,  tenho alguém que pode ficar com a pequena, enquanto a gente conversa - Nós duas concordamos. - Luíza, vá para a sala da frente e fique um pouco com a Laurinha - A outra moça que estava sentada, concordou e quando foi pegar a Laurinha, ela apertou as minhas pernas com força.

Bru: Não precisa ter medo meu amor, a tia só vai ficar brincando com você,  enquanto eu e a Lud tem uma conversa de adultos, com a outra tia aqui. - Dei um beijo na bochecha dela e ela foi se soltando, a mulher a levou para a sala de frente para a que a gente estava.

??: Pode entrar - Entramos na sala e ela mandou a gente se sentar - Bom pode começar.

Lud: Então... A algumas semanas atrás, Eu e a Brunna estávamos em um mercado, quando eu vi uma movimentação estranha no corredor dos salgadinhos e vi a Laurinha pegar um salgadinho e escondeu, mas eu vi que ela estava com receio de pegar, mas mesmo assim acabou pegando, eu fiquei olhando, até que um segurança pega no braço da menina com certa brutalidade, eu resolvir me aproximar e vi quando ele pegou o celular e ligou para a polícia, eu achei aquilo um absurdo, tratou a menina como uma ladra. Tudo bem que ela "roubou", mas para mim não foi, podia ser que ela tinha feito aquilo por algum motivo, então eu resolvir intervir a ação, procurei saber o que tava acontecendo e realmente a menina furtou o Salgadinho - Ela suspirou pesadamente e a mulher a nossa frente, ouvia tudo calada - Eu fui e mandei o segurança deixar a polícia de fora e falei que dali em diante eu ia tomar as devidas providências. Paguei o Salgadinho que a garota pegou e a levei para casa, no meio do caminho tentei falar com ela e pedi para explicar o motivo de ter pego o Salgadinho sem pagar, aí ela falou que a mãe dela deixava ela em casa sozinha, passando fome e saia para usar drogas, aquilo me machucou muito sabe, ela é só uma criança - Uma lágrima cai dos olhos dela e eu seguro a sua mão - Mesmo assim a gente levou ela de volta para casa, pois não podíamos fazer nada! Não tínhamos esse direito de tirar ela da mãe. Então deixamos ela em casa e com ela, deixamos mais comida, eu briguei com a mãe dela e pedi para ela não deixar mais a Laura em casa sozinha, passando fome. Foram passando os dias e todos os dias, Eu e a Brunna íamos ver a Laurinha e deixamos comida lá todos os dias, mas o que a Laurinha nos falou um dia, deixou nós duas com raiva, a mãe passou a tirar a comida da garota, para vender por drogas, mesmo assim continuamos levando, pois ela precisava comer todo dia e sabíamos que a mãe ia continuar fazendo isso, pois era aviciada. Até que hoje pela manhã, a gente voltou lá, como de costume, mas não vimos a Laurinha na janela da sua casa, achamos isso muito estranho, eu resolvir chamar, mas ninguém respondeu, a porta tava entre aberta, eu ia entrar, mas a Brunna não achou certo, entrar na casa dos outros sem a permissão, mas não dei ouvido, eu sentia que tinha algo de errado acontecendo. Então entrei assim mesmo, a Brunna veio atrás, não demorou muito e encontramos a Laurinha caida desacordada no quarto, a gente ficou desesperada e como sempre a mãe da menina não estava em casa, resolvemos levar ela até uma clínica particular que tem aqui perto e a médica disse que ela tava desnutrida e com uma fraqueza, devido a má alimentação e com isso vinhemos diretamente para cá. Alguém tinha que dá um basta nisso, ela é apenas uma criança, tava sendo maltratada pela própria mãe que a deixa sozinha, com fome e ainda forçando a filha ter que roubar, para se alimentar.

??: O que você tá me falando é muito grave! Essa mãe não pode mais ficar com a guarda dessa criança e temos que levar ela para o Abrigo.

Lud: Não, não pode levar ela, não - Ela falou desesperada.

"O Amor Supera Tudo - Brumilla"Onde histórias criam vida. Descubra agora