Tropeços

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Cada dia é um tropeço

Muitos diriam que um novo recomeço

Eu nomeio lhe tropeço

Não para o asfalto espesso 

Mas para um mar profundo

E cada vez mais afundo

Os pesos em meus pés que agora são arrobas

Me puxam mais abaixo a cada má obra

Afogando-me aos poucos em águas profundas

a cada ação e fala que provocam feridas

Da minha mente tenho medo

Pois lá há meu profundo segredo

São ciladas de fato

Os pensamentos que eu guardo

E cada que vez mais imersa fico

Mais raízes eu finco

Do ventre eu vim

E não escuridão meu provável fim

Sigo em minha solidão

e me afogo em azul profusão

Um pedido de ajuda abafado

Que no meu peito tenho guardado

De tropeço em tropeço eu caio na azul imensidão

Que no final fundo me trará a escuridão

-Vinix


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