Capítulo 13 - Aylla

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   Acordei meio desnorteada, toda suada e percebi que estava amanhecendo. Um Enrico suado estava enroscado em mim novamente.
 
   Nós estávamos grudando, cheirando a morango e sexo. Muito sexo. Me libertei de seus braços e ele se virou, colocando um braço para cima de seu corpo e o outro ficou esticado onde antes repousava minha cabeça.
 
   Dei uma boa estudada naquele gigante assim como tinha feito na primeira noite que passamos juntos. Ele era um monumento de homem, aquela barba grossa me deixava louca quando roçava em meu corpo nu ou em qualquer parte que encostava eu delirava de prazer. Ele era lindo e bem dotado. Seu pau, mesmo não estando duro, era muito grande e grosso.
 
   Aquela tatuagem que agora eu entendia seu significado tão profundo, parecia ainda maior em seu braço musculoso. Eu estava salivando sem perceber, mas tratei de espantar aqueles pensamentos luxuriosos para longe. Precisava ir embora e não tinha tempo nem para um banho. Fui ao banheiro tentar ajeitar meu cabelo porque a maquiagem estava uma calamidade. Passei um batom pra tentar disfarçar minha cara amassada e tive uma ideia.
 
   Dei um beijo no espelho e escrevi algo para que ele se lembrasse daquela noite. Antes de sair do quarto me aproximei dele e dei um beijo bem próximo ao seu coração. Quando ele visse a marca que deixei com certeza me chamaria de diaba. Adorava os apelidos que ele havia me dado.
 
   Desci as escadas com as sandálias nas mãos, coloquei meu micro vestido, chamei um táxi e parti. Precisava buscar meu carro na boate. Ontem sai totalmente entorpecida por rever Enrico, que nem lembrei que tinha carro, iria pagar uma fortuna de estadia mas não estava ligando. A noite valeu muito a pena para eu me preocupar com isso.
 
   Eu sabia que aquele horário o lugar estaria fechado então passaria mais tarde para pega-lo. Quando entrei no táxi, com aquele vestido estupidamente curto, o motorista me deu uma olhada que fique até sem graça, certamente achou que eu era uma prostituta pelo meu estado. Já era a segunda vez que eu passava por aquilo, graças aquele gigante.
 
   Que se foda, tinha tido uma noite muito louca mesmo, não iria esquentar. Estava mais preocupada era com a desculpa que eu daria a meu irmão quando chegasse em casa naquele estado e sem carro.
 
   Como era horrível viver dando satisfação para alguém. Odiava aquilo. Estava torcendo para que ainda estivessem dormindo quando eu chegasse.
 
   Comecei a recordar daquela noite e de Enrico me falando bobagens picantes enquanto gozava dentro de mim. Senti um frio na espinha na mesma hora e me dei conta de que nunca tínhamos usado camisinha, nem me lembrava disso quando estava com ele.

   Era uma delicia senti-lo por completo, sem aquela porcaria para atrapalhar. Transamos mais em dois encontros do que eu tinha transado em meses com diversos parceiros diferentes.
 
   Me divertia e ia embora, nunca queria ficar, mas com ele isso era impossível, quanto mais trepavamos mais eu queria trepar. Acabei ficando com medo, apesar de ser prazeroso demais, transar sem proteção poderia acarretar em vários problemas como DST e Deus me livre, uma gravidez indesejada. Só de pensar sentia calafrios. Ia correr na farmácia mais próxima assim que desse e compraria uma pílula do dia seguinte.

   Por mais que eu usasse implante. Não sei se ele era projetado para dar conta do que Enrico fazia comigo na cama Me peguei dando um sorriso quando me lembrei das minhas aventuras com aquele moreno gostoso e o motorista deu outra olhada para mim pelo retrovisor. Só faltou me dizer. "Eu sei o que você fez na noite passada".
 
   Cheguei em casa e dei graças a Deus por não ter ninguém acordado ainda. Se Karim me pegasse naquele estado, me deitaria em seu colo e me daria uns tapas na bunda com certeza.
 
   Precisava me mudar urgentemente, ia perguntar pra ele quando eu poderia ir para o meu apartamento, precisava da minha independência por completo. Morando com eles me sentia uma adolescente que precisava ficar dando satisfação de cada passo dado.
 
   A casa era imensa, com um jardim enorme e aquela piscina de borda infinita que dava a sensação de estar flutuando, mas mesmo assim me sentia sufocada ali dentro.
 
   Desde que sai da casa da minha mãe para ir embora do Brasil, nunca mais dei satisfação da minha vida para ninguém, embora morasse com Emma e ela soubesse que tipo de vida eu levava, jamais se intrometeu. Pois mesmo sendo minha amiga, não permitiria que se metesse nesse assunto. Ali, Karim e Isa tinham suas regras, horários e sua rotina com as crianças. Jamais poderia fazer o que fiz na casa de Enrico. Precisava do meu espaço para viver da maneira que eu desejasse.
 
   Tomei um banho rápido para tirar aquele grude de morango, pois tinha pedaço da fruta até no meu cabelo. Que estrago que fizemos com aquelas pobres frutinhas, mas... Ai que delicia que foi. Da próxima vez tentaria fazer uma salada de frutas.

Vidas Cruzadas Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora