05/05

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Ficaram por pelo menos trinta minutos parados, o nó se desfazendo aos poucos e a marca em seu pescoço parando de arder.

Deidara estremeceu quando Obito se retirou de seu interior, sentindo o líquido quente descendo por suas pernas junto com a lubrificação. Se sentia meio vazio, mas não falou nada.

Estava constrangido. Havia praticamente obrigado o alfa a fazer aquilo consigo e isso era vergonhoso. Queria se jogar de uma ponte ou na frente de um caminhão desgovernado.

Se encolheu, estava com medo de que Tobi ficasse bravo ou brigasse por não ter o obedecido. Ele já tinha dito que não queria fazer aquilo naquele dia, mas insistiu e acabou que o fizeram.

E se o Uchiha se arrependesse?

E se ele quisesse se afastar?

Não queria que isso acontecesse, tinha ganho a marcação em seu pescoço, não podia ficar longe do moreno!

Choramingou baixo, se escondendo no peito do maior e sentindo seus lábios tremerem com a vontade de chorar. Era sensível emocionalmente e só queria que ele falasse algo para o acalmar.

Obito percebia os sentimentos ruins pela marca, mas ainda esperava para falar o que desejava. Fazia carinho na cintura fina, cheirando o que era só seu agora.

Ficava feliz por ter Deidara somente para si, como sua propriedade. Poderia cuidar e protegê-lo o tempo todo e ainda sentir o que ele sentia. Não podia estar mais esperançoso para um futuro junto com o menor com tudo que tinham direito.

Por isso decidiu acabar com aquele medo que o Uzumaki sentia, não aguentava mais saber que ele estava angustiado e temeroso, o corpo pequeno até tremia e não era de frio.

Beijou o ombro marcado, levantando seu queixo delicadamente e o fazendo olhar em seus olhos.

Haviam lágrimas acumuladas na linha d'água prontas para rolarem pelas bochechas gordinhas e vermelhas, os lábios rosados tremiam, quase chorando alto. Parecia um bebê e isso derreteu totalmente o coração do Uchiha.

- por que está assim, senpai? - indagou preocupado, queria ouvir seus sentimentos vindos da própria boca do loiro. Estava o achando adorável com aquela carinha sôfrega.

Ele negou devagarzinho, soluçando. Já estava achando que Obito iria o rejeitar naquele mesmo momento e que só estava sendo amável pelo nó que acabará de ser desfeito.

Estava preparado para sair dali, vestir seu vertido e ir atrás de um táxi mesmo estando manco e não tendo nenhuma outra roupa na mansão.

- por que está desse jeito? Não vou te abandonar ou sei lá o que se passa na sua mente, você é meu ômega, não tem motivos para ficar dessa maneira depois de ter perdido a virgindade comigo. - disse calmo, tentando fazê-lo lhe dar sua atenção, mas quase sem sucesso.

- e-eu te obriguei a fazer isso, hm. V-você não queria e do mesmo jeito fez, deve me odiar por isso. - sussurrou em meio de soluços, o Uchiha suspirou e os virou na cama, ficando por cima do menor e apoiando os braços dos dois lados de sua cintura. O encarou nos olhos de maneira firme, evitando desviar o olhar para qualquer canto.

- que eu saiba fiz porque quis, você pediu para ir para casa e do mesmo jeito te trouxe para cá. Não te odeio e nunca vou te odiar, eu te amo e não é pouco, então pare de se culpar e se lamentar por algo que nós dois quisemos. - Obito disse alto, o surpreendendo com o "Eu te amo " no meio da frase.

Viu as íris antes amedrontadas e magoadas ganhando outro brilho, como se tivesse gostado mesmo daquelas três palavras.

- você me ama? - indagou surpreso, sorrindo largo, estava com esperança de que não fosse uma brincadeira para o acalmar. Suas bochechas estavam quentes e até parou de tremer para analisar se não estava ouvindo coisas.

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