writings of destiny

bônus

Obito levava diversas bolsas rosas em mãos enquanto Naruto o acompanhava com mais algumas em seus braços no mesmo nível de ansiedade e nervosismo que ele.

Seu desespero era quase palpável, suava frio e seu alfa dava voltas em seu interior, preocupado e desesperado. Tudo girava em sua visão e estava quase desmaiando.

Não era atoa. Seu ômega estava indo para a sala de parto por um deslize em sua gravidez. Sua placenta havia meio que quase caído enquanto descia as escadas e o Uchiha o levou para o hospital particular no mesmo momento em que ele começou a falar que sentia dor no ventre. 

Teve que voltar para a mansão e pegar as mochilas que já estavam prontas enquanto ele se preparava para ter a alfa e no momento só queria conseguir teletransportar para dentro da saleta e agarrar seu garoto até sua filha nascer, os médicos que dessem um jeito de tirar o bebê da barriga do loiro.

Suspirou ao passar pelas portas e jogou todas as bolsas sobre o cunhado, assinando os papéis para entrar e indo direto para a sala em que o mais novo estava.

Uma enfermeira lhe entregou álcool em gel e roupas cirúrgicas, mas seu olhar estava completamente focado no menor sentado em uma maca com as costas de fora e com um alfa aplicando uma injeção dolorida ali.

Ele choramingou e foi deitado, não ficando ereto no "colchão" Que parecia nada confortável.

Vestiu as peças, uma touca, máscara, luvas, botas e seus pertences aleatórios foram guardados em um armário pequeno, sendo direcionado até o, por enquanto, Uzumaki.

Pegou a mãozinha trêmula e ele lhe olhou sôfrego, assustado.

- podemos começar? - uma das mulheres já tinha conversado com o Uchiha e sabia como ele era. Não queria que ele sentisse ciúmes de verem seu destinado praticamente nu. Lúpus tinham algumas manias ciumentas que não gostava nem de lembrar.

Obito concordou e as pernas do mais novo foram abertas, a camisola de hospital sendo levantada até exibir a barrigão fofa por completa.

A anestesia já fazia efeito no corpo do menor, que via tudo lentamente, atrasado. Não sentiu nada quando a primeira camada foi cortada, afinal sua concentração era na dor infernal em suas costas. Iria matar o namorado quando aquilo terminasse.

Tobi arregalou os olhos e quase entrou em desespero total ao ver o sangue do amor de sua vida escorrendo, seu alfa rosnando internamente.

As próximas foram logo em seguida. O Uchiha quase nem se mantinha de pé direito, todos os seus instintos de proteção sendo fortemente contidos para não fazê-los voarem daquela sala na base de chutes.

Começou a chorar quando a penúltima foi cortada, os médicos continham a risada dentro das próprias gargantas e deidara não se segurou, começando a gargalhar alto ao ver as lágrimas descendo intensamente dos olhos negros do namorado.

Estava emocionado, poxa! Sua filha iria nascer ali, agora. Seu bebê com o loiro e com a pessoa com quem mais amava no mundo estava prestes a nascer! Não tinha como não chorar!

Ouviu um chorinho assustado e desesperado, as mãos de ambos tremendo ao perceberem o que tinha acontecido.

As três enfermeiras presentes bateram palmas ao verem o tamanho de Yodo, cortando o cordão umbilical antes de levarem o serzinho minúsculo até Deidara, que se arrepiou e sua ômega choramingou ao ver uma criancinha pequena procurando a mãe novamente, encostando sua testa na cabeça molhadinha dela.

O Uchiha respirou fundo, aliviado. Os médicos começaram a fechar a barriga do loiro quando perceberam que estava tudo bem, Tobi quase se negando a devolver a bebê para que a beta pesasse ela.