Após o lançamento e a repercussão dos álbuns solos, cada integrante retornou achando-se um vitorioso. Peter parecia decidido a abandonar o barco, pois apesar de dividir opiniões dos fãs, o conteúdo do seu álbum fora elogiado pela crítica. A produção do próximo álbum da banda ficaria a cargo de Vini Poncia, o mesmo responsável pela produção do disco solo de Peter Criss. Eles deixam o rock pesado de lado, e passam a flertar com um som mais pasteurizado, pop e com uma pegada mais dançante. A situação de descomprometimento de Peter chegava ao extremo, constantemente fora de condições de tocar, em virtude das drogas e as bebidas, além do desinteresse mesmo, a banda decide optar por um baterista substituto. Daí desta vez para agradar o também insatisfeito Ace Frehley, o convidado foi Anton Fig que tocou em seu disco solo. Peter só chegou a gravar "Dirty Livin'", música que ele mesmo canta e que já estava pronta antes de decidirem que ele não deveria mais tocar no álbum. Esse disco trazia o hit "I Was Made for Lovin' You", que seguia levemente a tendência disco da época e fez um enorme sucesso nas paradas dançantes. O álbum traz bons momentos como "Magic Touch", "Sure know Something" e o cover do Rolling Stones, "2.000 Man". Todas com produção bastante suaves.
Os shows começavam a ser um problema pela incapacidade de Peter. A banda começa a investir pesado em videos promocionais. Onde demonstravam talvez a fase mais espalhafatosa em termos de visual que a banda já teve. Começaram a gravar ainda em 1979, o sucessor do "Dinasty". "Unmasked" foi gravado novamente por Anton Fig e lançado em 1980, Peter não participou da gravação de nenhuma música apesar de figurar no videoclipe de "Shandi" e na arte da capa do álbum,onde novamente a banda recorre as histórias em quadrinhos para chamar atenção. Logo após o lancamento do videoclipe, Peter Criss saiu da banda, e em seu lugar entrou o baterista Eric Carr, que participou da turnê do disco. Esse álbum, assim como o anterior, foi altamente atacado por ser mais pop que os anteriores. Ele soa como uma continuação de "Dinasty", e para quem o anterior adocicado, este é melado. O disco traz boas faixas como " Is that you", "Shandi" e "What makes the world go round", esta última agradará a quem gosta de "I was made for lovin you". Em 1981 para rebater as críticas sofridas e tentar finalmente agradar aos críticos mostrando que eram músicos competentes, o Kiss lança o criticadíssimo Music From "The Elder", também conhecido por apenas The Elder. Neste álbum, o Kiss muda radicalmente seu estilo, e não agrada ao público em geral. Pela primeira vez desde seu surgimento, via-se uma foto da banda com os integrantes de cabelos curtos e com roupas mais discretas, apesar de continuarem utilizando as maquiagens. Contrataram novamente o produtor Bob Ezrin (produtor do Destroyer), que idealizou o álbum. Ace (que gravou suas participações no disco em um estúdio montado em sua casa) e Eric não concordaram com o lançamento, diziam que não era Kiss. Eric Carr, baterista tradicional de rock, teve dificuldades em seguir as orientações rígidas do produtor em relação a percussão, sendo substituído na faixa "I" por Allan Schwartzberg,integrante da Hollywood Vampires ( banda de apoio de Alice Cooper em 1976) e havia participado do álbum solo de Gene Simmons e de Peter Criss. O álbum tinha como base ser um disco conceitual baseado na história de um menino que é escolhido para lutar contra as forças do mal. Todas as letras eram relacionadas a esse mesmo tema (recurso utilizado pelos grupos de música progressiva da época). Lou Reed, ex-Velvet Underground, ajudou a escrever três faixas: "Dark Light", "Mr. Blackwell" e "A World Without Heroes". Na verdade, esta mudança de posicionamento foi tomada não apenas como prova de competência musical, mas, sobretudo, como uma jogada estratégica para, como sempre, surpreender e chocar público e críticos. Por seu grande fracasso, este álbum não teve turnê, limitando-se à duas músicas executadas ao vivo durante um programa de televisão. Após isso, o Kiss só tocou novamente uma música desse álbum durante uma apresentação. Foi no MTV Unplugged, de 1996, 15 anos após o lançamento do álbum. Até hoje fans debatem se esse é o pior álbum ou um dos melhores da fase mascarada, com músicas de excelente sonoridade como The Oath e A World Without Heroes. Mas curiosamente, paralelo ao descontentamento dos fãs, o Kiss finalmente havia conseguido dobrar a crítica.
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A história da banda KISS
FanfictionKiss é uma banda de hard rock dos Estados Unidos, formada em Nova Iorque em 1973 por Paul Stanley e Gene Simmons. Conhecida mundialmente por suas maquiagens, e por seus concertos muito elaborados que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir fogo e san...