Brasileiríssima

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Poema Brasileiríssima🌻🙌
Sou a côr, sou o cheiro, sou sabor a chocolate negro.
Sou a rua, de encontros noturnos, olhares furtivos, poetas e poesias.
Sou o velho senhor da padaria, vendedor de pão e que cheiro bão sô.
Sou a viúva deixada na rua, no frio, no trem da desesperança.
Sou o filhinho de papai, carro importado,menino mal criado, seja educado uma vez não; muitas vezes meu camarada.
Sou a mulata de curvas torneadas , corpo de violão, não se aproveitem não.
Sou o canto, a dança,  a menina do arrepio. Arrepio gostoso no sentir o sabor do beijo molhado, apaixonado de arremessar até estrela no chão.
Sou a escritora, fábrica de ideias, mãos talentosas, contadora de histórias.
Sou da raça negra, do índio,  do branco, sou mistura boa de uma nação poderosa.
Fui escrava, liberada do moinho, das ataduras de uma opressão mesquinha.
Brasileiríssima liberdade é o que conta, nesta choça que chamamos mundo, eu me encontro.

Poema criado em 15/05/21

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