Prólogo

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Era tarde da noite quando o jovem Harry se deu conta de que seu pai e a Governanta ainda não haviam voltado do Centro.

O garoto pensou por um instante no pior, mas logo afastou o pensamento, pois não sabia o que seria de si mesmo se perdesse eles.

Nesse tédio da casa 'vazia', ele já havia tentado entrar no quarto do Pai. – A mina de segredos dos quais ele nunca conseguiu ter acesso.
Tentou assistir algum dos filmes que já havia visto mil vezes, mas não conseguiu se concentrar.

— Harry, acho melhor você ir dormir pois amanhã você tem aula de Karatê logo cedo. – falou Thomas.

— Thom, posso te perguntar uma coisa? – o encarou depois de desligar a televisão e mesmo no escuro conseguiu perceber ele engolindo em seco e ficando nervoso.

— Depende da pergunta... Você sabe que seu pai não me permite conversar com você sobre alguns assuntos! – o homem alto da pele morena falou para o garoto ajeitando o casaco.

— O Sr. Carl e a Sofia estão bem? – O senhor o encarou surpreso, mas ele se antecipa em explicar – Eles sairam pela tarde e foram ao centro para resolver negócios. Temo que o temporal tenha os impedido de chegar até o momento.

O jovem suspirou frustrado e deixou de encarar ele.

— Pode ficar tranquilo que se algo acontecer, te informaremos.

O garoto tentou acreditar nele, mas era impossível, já que eles esconderam o fato do pai ser internado para fazer uma cirurgia no ano passado.

Ele saiu dali e foi direto pra Biblioteca onde seu pai guardava milhares de livros, LITERALMENTE milhares de livros.

Ele visitou a sua sessão favorita e não exitou antes de pegar uma edição especial de 2001: A Space Odyssey. Já havia lido o livro tantas vezes, mas não se cansava, voltou para o quarto e acabou dormindo com o livro nas mãos enquanto o lia.

Horas mais tarde, ele foi acordado por um telefonema logo cedo e se assustou, por não estar acostumado a receber recado dos empregados pela manhã.

— Bom dia! Quem é? – ele disse na língua mãe se esquecendo por um instante que a maioria dos empregados só falavam francês.

Do outro lado da linha uma das cozinheiras se desculpou por não saber inglês e seu tom aflito fez com que Harry se sentasse curioso pelo recado.

— Bonjur Harry, Votre petit déjeuner est prêt. Préparez-vous car nous devons parler de toute urgence.

— Merci! – ele disse e horas depois já  se encontrava a caminho do hospital, sem entender a gravidade do problema.

O primeiro choque veio quando descobriu que Sofia não resistiu e acabou partindo. Ele se sentiu desnorteado, mas sabia que precisaria se manter forte para conseguir ver o Pai.

Percebeu que havia uma grande movimentação no quarto de seu pai. Enfermeiras sempre entrando e saindo, e 3 ou 4 advogados que vivam na casa dele durante a infância.

O garoto não conseguia entender porque tantos homens entravam e saiam de lá e o pobre garoto de apenas 16 anos, não podia sequer beirar a porta.

Depois de horas ali ele finalmente conseguiu ter um momento de paz e conforto com o pai.

O momento que embora fosse emocionante, seria o momento em que sua vida viraria de vez ao avesso.

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