15

93 15 1
                                    

Liam

Eu estava no meio de um campo florido. Ao meu lado havia algumas lírios e orquídeas, deixando o ar mais agradável. O sol brilhava de uma forma suave, nao chegava a queimar a pele, caso passasse tempo demais abaixo dele. O vento sobrava de uma forma lenta e só me fazia sentir a necessidade de fechar meus olhos e senti-lo tocar meu rosto como um carinho singelo.

Senti uma mãozinha tocar na barra da blusa que eu estava vestindo e abri meus olhos, vendo um garotinho parado ao meu lado. Seus cabelos castanhos e olhos ambars, me fazia recordar de como Zayn era quando o conheci, mesmo que a cor de cabelo fosse diferente.

– Olá! – ele disse, enquanto sorria para mim. – Senti sua falta.

– Perdão? – o olhei confuso, tenho certeza que nunca o vi.

– Nao se preocupe. – ele sorriu para mim e virou para pegar uma das lírios. – As flores são lindas, não é?

– Sim, gosta delas? – resolvi deixar aquilo quieto, então apenas entrei na conversa com ele.

– Acho que sim! – ele passava seus pequenos dedos pelas pétalas da pequena flor. – Acho que só gosto delas por serem pequenas e as pessoas darem tanto significado a elas, mesmo que não signifiquem tudo isso!

– Quantos anos você tem? – perguntem, pois ele era inteligente demais.

– Oito! – ele colocou a flor perto de seu nariz e cheirou o lírios. – Não se preocupe, apenas não gosto de algumas coisas que as pessoas colocam tento significado para se sentirem bem ou ganhar recursos com isso!

– Certeza que tem apenas oito anos? – olhava abismado com o pensamento daquela criança. – E por que pensa assim?

– Não sei, creio que seja porque leio demais e não entendo as pessoas ao meu redor. – caminhou um pouco mais a frente e pegou uma orquídea, juntando-a ao lírio em suas mãos. – Também, nunca tentei entender.

– Qual é o seu nome?

– Leonardo! Leo, se preferir! – ele ao menos olhava para mim.

Tenho certeza que ele era um robô. Mas porque eu sonharia com um robô?

Léo caminhava de uma forma militar, com suas mãos nas costas e postura ereta. Parecia ter acabado de ser treinado por algum tenente rígido. Tinha receio de levantar sua camisa e ver marcas de treinamentos rígidos, mesmo estivéssemos em um sonho.

– Não fui treinado, se é isso que pensa. – ele disse e foi nesse momento que eu percebi que deveria sentir medo de uma criança de oito anos de idade. – E não é necessário ter medo. Estou em seus sonhos, fui criado por sua mente, então significa que meu comportamento condiz com o que você chama de consciência.

– Minha consciência é um robô?

– Não, apenas tem algo inteligente correndo por ela! – ele disse e eu estava prestes a correr dali e me fazer acordar.

– Então, porque estou aqui? – perguntei, olhando ao redor.

– Você se sente confortável aqui e era para eu estar junto a minhas irmãs, mas seu cérebro decidiu que eu deveria ficar aqui! – ele suspirou.

O que estava acontecendo com a minha mente? Sonho são assim geralmente? Eu preciso de um psicologo, tenho certeza disso!

– Suas irmãs? – disse, enquanto me abaixava e sentava perto das flores, minhas pernas já não me surportavam e foi ali que eu percebi não estar com uma barriga do tamanho do mundo. – O que houve com a minha barriga?

continuation of a love // ZiamOnde histórias criam vida. Descubra agora