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Narradora

Ah, o amor, eu posso tentar explicá-lo, mas creio que não será tão explícito assim. Mas o que eu entendo sobre o amor? Absolutamente nada! Não é porque eu escrevo sobre pessoas se apaixonando, sentindo as faíscas ou as borboletas no estômago, que eu - euzinha aqui - já tenha sentido isso. 

Claro, já gostei de algumas pessoas, já senti atração ou paixão por elas, mas nunca estive apaixonada. Se apaixonar e estar apaixonada, são duas coisas completamente diferentes. 

Se apaixonar significa gostar de uma pessoa naquele momento, que a paixão é momentânea, não é algo para a vida. 

Estar apaixonada  é algo para a vida, ou até além dela. 

Mas quem sou eu para falar dessas coisas? Afinal, não sei absolutamente nada! 

Amor é algo complexo. Há amores escolares. Amores universitário. Amores de trabalho. Ah, tem os amores de rua também, esses, para mim, são os mais bobos porque, convenhamos, quem olha para alguém e pensa: nossa, me apaixonei. 

Uma pessoa que talvez nem volte a ver. 

Os amores adolescentes: noventa por cento deles dão errado e antes da faculdade já romperam, mas dez por cento consegue levar esse amor por uma vida inteira. Na maioria das vezes, as pessoas pedem para fazer parte desses dez por cento. 

E eu considero o amor, fútil. Nunca estive apaixonada e muito menos quero. Considero algo pretensioso e ambicioso. Se você tem amor, você não tem sucesso. Se você não o tem, é solitário. Complexo, não? Ou isso é apenas minha mente trabalhando para dizer que não posso me dar ao luxo de amar e que não tenho ou posso, ter essa capacidade. 

Me perdi nos pensamentos, não estamos aqui para falar de mim, e sim de Jamal, Theo, Oliver, Amanda, Alice, Amélia e Sophia. 

Não sobre meus problemas românticos, se é que existem. 

Jamal estava em seu quarto, se roendo para descobrir de quem Oliver gostava, mas ao mesmo se condenando por achar que tem algum direito de se sentir mal, quando ele ao menos sabe como seus sentimentos estão. 

Oliver está da mesma forma que Jamal, mas, ao contrário do de olhos castanhos, o Styles sabia que gostava de duas pessoas e achava isso estranho. 

Theo não sabia o que se passava e estava perdido, tentando se concentrar no livro em sua frente. 

Amanda, Amélia, Alice e Sophia, tentavam, juntas, entender o que se passava. As quatro estavam no quarto de Amélia, tentando entender tudo o que cada uma dizia. 

— Chega. — Alice gritou alto e todas pararam. — Assim não chegaremos a lugar algum, cada uma por vez. Amélia, você primeiro. 

— Eu gosto de você faz algum tempo, mas só vim perceber esses dias, quando te vi abraçada com aquela garota. — ela disse, olhando para a morena à sua frente. 

E antes que pensem que é a Sophia, não é. 

Boom 

Confuso, não? 

Amélia gostava de Amanda. Não era difícil de perceber também, claro, não dei detalhes sobre elas, mas é isso. Amanda e Amélia, quem diria, não? 

— Sério? — Amanda parecia em choque com o que acabou de ouvir. 

Sua paixão de infância está dizendo-lhe que gosta dela. 

Ela está com os olhos lacrimejando, seu sorriso crescia cada vez mais e suas bochechas ficavam cada vez mais vermelhas. 

Essa menina vai ter um treco, 'to avisando. 

continuation of a love // ZiamOnde histórias criam vida. Descubra agora