Um novo dia

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A viatura acabava de passar por baixo de um viaduto, o policial ouvia uma música dos anos 90, ele ajustou o retrovisor para olhar para o Lullaby que estava algemado no banco de trás.

— Bem, eu acho que você não fez isso. – O policial, de cabelos grisalhos, falou olhando para ele pelo retrovisor.

— Por que está dizendo isso? – Ele falou, erguendo a cabeça para olhar para o policial.

— Você sabe, já levei um monte de caras para essa prisão. Já perdi as contas. É sempre a mesma desculpa “Eu não fiz isso!” – Ele falou, gesticulando com a mão direita enquanto segurava o volante com a outra.

— Eu não...

— Porque caras como você já falaram isso várias vezes? – Ele falou olhando para Ray mais uma vez pelo retrovisor.

Ray não disse nada, ele desviou o olhar e olhou para as estradas pela janela do veículo.

Temos o que parece ser um 12-02A próximo da Saída Will da 612. Todas as viaturas continuem procurando por um 71N na área.

A voz de um policial foi ouvida no rádio, o aviso saiu com alguns chiados irritantes.

— Eu dei uma olhada no seu caso, você é um camarada de Minerva e tudo mais – Ele falou olhando para Ray, que ainda estava olhando para as estradas pela janela.

— O que você acha?

— Estou feliz que escolhi o lado da lei e não da ordem. Um julgamento grande e bagunçado como esse. Mesmo que você fosse inocente, um monte de acontecimentos nunca poderão ser desfeitos. – Ele falou com um suspiro e com um leve orgulho em sua voz

Esteja avisado sobre a equipe médica na rota de Field, vários 10s e 20s estão chegando.

Foi quando cinco viaturas e uma ambulância com sirenes ligadas passaram por eles, os veículos estavam indo na direção oposta deles.

— Você quer saber o que penso disso?

— Claro.

O policial ficou em silêncio, Ray finalmente olhou para ele, o velho policial agora dirigia com as duas mãos no volante.

Tumulto em progresso. Todos os oficiais estejam disponíveis para as chamadas 217s. Espalhe a chamada e envie para todos os locais.

Foi quando um helicóptero da polícia passou por eles, e mais duas ambulâncias passaram com sirenes ligadas.

— Eu estava levando um cara uma vez, ele foi o pior de todos. Ele não parava de falar que ele não tinha feito nada. Ele já era um coroa. Alto. Olhos claros atrás desses óculos de gente inteligente e ele ficava apenas lamentando dizendo que não tinha sido ele. Chorando e limpando o nariz, exatamente onde você está sentado agora. – Ele falou olhando para a estrada, a voz de um policial foi ouvida novamente no rádio, mas o policial desligou o aparelho. – Então, depois de um tempo ele começou a chutar o banco de trás, igualzinho um bebê chorão em um avião. E daí pedi pra ele parar, pois esse carro é propriedade do governo, e caso ao contrário seria forçado a fazer ele parar. Então ele parou, e depois de esgotar todas as suas opções, ele começou a gritar por sua mãe. “Mamãe, isso tudo é mentira! Não fui eu!”

— O que ele fez? – Ray perguntou um pouco baixinho.

— Eles pegaram o filho da puta em flagrante! Esfaqueando sua esposa, cortando ela quando os policiais entraram pela a porta! Ele sentou no meu carro e gritou a sangue frio que não foi ele! – Ele disse balançando a cabeça indignado – Acho que ele realmente acreditava nisso. Isso mostra como as pessoas enlouquecem quando acreditam que sua vida chegou ao fim.

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