CAPÍTULO 87

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Era quase meio-dia e Noah começava a sentir fome.

Era terça-feira, e às terças Jessy ia à delicatessen e trazia algo para eles comerem em suas mesas.

Há muito ela havia parado de perguntar o que ele queria, ele sabia disso e não poderia se importar menos.

Ele apenas resmungava para ela.

Ele sabia que fazia isso porque ela reclamou mais de uma vez.

Ele ouviu o leve toque em sua porta e abaixou sua caneta.

Jessy abriu a porta e ele não reconheceu a expressão em seu rosto.

Jessy: Shivani está aqui para ver você.

Suas palavras eram hesitantes, quase com medo, e ele percebeu que ela achava que ele ficaria puto.

Ela sabia que ele absolutamente detestava quando mulheres passavam em seu escritório para vê-lo.

Mas esse não era o sentimento que estava correndo através de seu intestino agora.

Noah: Por que você a está fazendo esperar?

A mandíbula Jessy caiu aberta ao mesmo momento em que empurrou a porta e deixou Shivani passar.

Noah correu os olhos sobre a sua mulher quando Shivani se virou e muito gentilmente agradeceu a Jessy.

Jessy: Sem problema. É bom finalmente conhecer você.

Jessy respondeu a Shivani e seus olhos se voltaram para Noah.

Jessy: Você ainda precisa do almoço como de costume?

Noah observou Shivani parada perto da porta de seu escritório.

Noah: Não sei. Eu preciso Shivani?

Shiv: Não vou ficar aqui por muito tempo, se é isso que está me perguntando.

Noah: Então acho que preciso de almoço.

Jessy: Estarei de volta em 20 minutos mais ou menos.

Ela se mexeu, mudou seu peso de um pé para o outro e não pode manter os olhos nos dele.

Mas não agora.

E ele, vendo seu nervosismo, estava deixando-a mais nervosa.

Por que ela veio aqui?

Por que ela está nervosa?

Ele não podia negar o calor e o puro prazer que tinha percorrido sua espinha quando a viu em sua porta.

Mas não agora.

Agora ele estava sentindo algo muito diferente.

Um suor frio.

Isto estava tão longe de sua rotina normal que ele admitiu para si mesmo o que estava sentindo.

Pânico.

Ele empurrou o caroço para baixo de sua garganta e tentou ficar calmo.

Ele estreitou os olhos sobre ela.

Noah: O que foi?

Perguntou tão firmemente quanto conseguiu.

Ela lambeu os lábios e finalmente o olhou nos olhos.

Shiv: Nada. Só precisava falar com você e percebi que nunca tinha vindo aqui no seu banco. Então aqui estou eu.

Noah: Sim, aqui está você.

Shiv: Então...

Ela expirou e seus olhos deixaram os deles quando vagavam em torno de seu escritório.

Noah: O que você precisa me dizer?

Ela respirou profunda e firmemente.

Shiv: Só que vou chegar tarde em casa esta noite.

Noah: Por quê?

A palavra deixou seus lábios em um rosnado, ainda que ele estivesse cambaleando dentro de um alívio intenso por ela estar voltando para casa esta noite.

A informação que ela lhe deu não respondeu sua pergunta imediatamente.

Shiv: Coloquei um assado e batatas na panela de barro. Estará pronto quando você chegar em casa. Deixe tudo na cozinha. Vou limpar quando eu chegar em casa.

Noah: Aonde você vai?

Shiv: Vou ver minha mãe.

Seus músculos se apertaram.

Noah: Onde o pedófilo vive?

Shiv: Sou adulta, Noah. Ele não é um pedófilo, pelo menos não acho que ele seja.

Noah: Isso não vai acontecer, baby. Você não vai onde possa estar em perigo.

Shiv: Você está certo. Não vou. Não a nenhum lugar perto de Vidor. Minha mãe tirou uns dias de férias e estamos nos reunindo em Beaumont, em um restaurante muito grande, público.

Noah: Ele não estará lá?

Shiv: Não, caso contrário eu não iria. Eu disse a ela que precisava de um dia de garotas, só nós duas. Vamos almoçar e fazer compras. Não a vejo desde que saí de casa. São quase dois meses.






Continua......

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