REDENÇÃO

CAPÍTULO 68

Noah: Com certeza.

Shiv: Então, não.

Ela sussurrou.

Shiv: Não acho que quero escolher nada.

Uma semana depois, Shivani se sentou em frente a Noah em um sofisticado, embora moderado, restaurante em um velho prédio de arenito a oeste da cidade.

Seu dedo fazia movimentos circulares ao longo da borda do seu copo de vinho, enquanto olhava ao redor da sala e tentava tirar de sua mente o calor que irradiava diretamente para ela do outro lado da mesa.

Shiv: É lindo aqui. - Ela sussurrou e mordeu o lábio inferior, voltando-se para encará-lo.

Shiv: Realmente bonito.

Ele a olhou do outro lado da mesa como se fossem as duas únicas pessoas no mundo.

Ela tinha sua atenção única e isso era enervante.

Noah: Do que você está gostando tanto aqui?

Ele questionou enquanto olhava ao redor da sala e depois voltava a olhar para ela.

Shiv: Oh, tudo! Adoro madeira envelhecida e lareira de pedra.

Os olhos dela deslizaram ao redor do restaurante e ela continuou...

Shiv: As texturas, o brocado destas cadeiras, as luminárias de bronze, todo o aconchego do lugar. É tão... tão calmo.

Seus olhos pararam nos dele e seu lábios se curvaram em um pequeno sorriso.

Noah: Sim. Muito tranquilo.

Noah observou Shivani através da mesa e o pensamento de como ela era tranquila veio a sua mente.

Ele nunca tinha realmente pensado nela como uma pessoa calma.

Outras descrições vinham a sua mente quando ele estava com ela, e quando não estava. Sexy, bonita e totalmente fodível. Mas tranquila?

Mas era isso que ela era. Quando ele estava com ela ou quando pensava nela esperando por ele em sua cobertura, ele admitiu para si mesmo que geralmente sentia apenas algumas coisas perto dela.

Extremo tesão, extrema satisfação e extrema paz.

Ele ergueu os dedos dela da taça de vinho antes que a inquietação causasse uma bagunça.

Ele olhou em volta do restaurante e depois voltou seu olhar para ela, estudando-a minuciosamente.

Noah: Você não gosta da cobertura.

Foi uma declaração, não uma pergunta.

Um rubor apareceu nas bochechas dela que desviou os olhos.

Shiv: Ela é legal.

Noah: Você realmente a detesta. Por que não disse nada?

Shiv: Não, Noah, é a sua casa, não minha. Eu não gosto de ser rude e nem quero te magoar.

Com sua voz baixa, ele falou

Noah: É a nossa casa, Shivani! E por que isso me magoaria? Eu não tenho nada a ver com...

Ele fez uma pausa, como se procurasse um termo desconhecido e ela quebrou o silêncio.

Noah: Decoração? Isso, a decoração. Tudo o que fiz foi pedir a Jessy para chamar uma empresa. A cobertura é apenas um lugar onde eu durmo.

Noah: Ou costumava ser.

Shiv: Está tudo bem, Noah.

Ela falou. Com seus dentes cerrados, ele estava prestes a começar uma discussão quando olhou por cima dela e viu Marcos Kennedy se aproximar da mesa.

Marcos Kennedy. O único lugar onde seu mundo de negócios cruzava com seu passado devasso, maldito Marcos Kennedy e a de sua esposa.

Shiv: Está tudo bem, Noah.

Ela falou. Com seus dentes cerrados, ele estava prestes a começar uma discussão quando olhou por cima dela e viu Marcos Kennedy se aproximar da mesa.

Ela observou quando seu olhar ficou fixo, seu maxilar tenso e seus lábios cerrados.

A reação de Noah fugiu da mente de Shivani quando ela sentiu uma mão firme em seu ombro e um grande corpo apareceu ao lado dela.

Ela virou a cabeça para trás para enfrentar o recém-chegado logo quando viu Noah sair de sua cadeira e jogar o guardanapo na mesa. Marcos Kennedy estava a seu lado, apertando seu ombro. Shivani foi acometida de pânico, não pela mão em seu ombro, mas por Noah estar em pé olhando para Marcos como se fosse matá-lo.

O que quer que Noah estivesse prestes a fazer ou dizer foi antecipado quando uma mulher de meia idade, vestida sensualmente, passou por Marcos e descansou sua mão na lapela de Noah.

Xxx: Noah, querido, porque está tão aborrecido? Não está feliz em nos ver?

Shivani sentiu a bile subir em sua garganta, tanto a partir do toque doentio acariciando ainda seu ombro quanto pela familiaridade da mão da mulher em Noah.

Confusão e náuseas tomaram conta de seus sentidos e ela se sentou em sua cadeira, incapaz de se mover, com seu corpo totalmente paralisado.

Voltei....