Insônia

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Mais uma noite passarei em claro, já são três da manhã o silêncio é eminente, na grande parte do tempo o silêncio para mim, é conforto, mas nesse exato momento está sendo ensurdecedor, as vozes ecoam em minha mente, com palavras que estilhaçam como lâminas, gerando assim muita dor. Meu corpo parado, pensamentos Amil, é como aquele velho ditado Mente Vazia Oficina do Diabo. Entre palavras ditas e não ditas, prefiro aquelas que podem ser escritas ou lidas. Então vou até à estante e pego um de meus livros, até que chega um momento que minha visão fica turva e não conseguia entender, será que eu desaprendi a ler? As palavras estavam como um quebra-cabeça, o qual eu não conseguia encontrar as peças. Joguei o livro no chão... deitei-me em meu colchão. Não sabia se sentia ódio, tristeza ou paixão.

 sentia minha garganta se fechar. Uma sensação que me deixava sem respirar queria gritar,  espernear, más minha voz não consegue ecoar, virava-me de lado e começava a chorar, olhava a todo instante no relógio a hora que parecia não passar, eu estava agoniado!

Era como se eu estivesse um poço escuro e profundo, eu estava sozinho para enfrentar meus demônios, ansiedade e depressão, eu lutava fortemente contra essa sensação. Levantei-me, fui ao banheiro sento-me no chão, lágrimas escorrem pelo meu rosto se misturam com água do chuveiro, nossa como é ruim a solidão. Para meu quarto retornei então. peguei meu fone de ouvido liguei na rádio, pessoas falavam coisas aleatórias e eu como bom ouvinte fiquei lá horas e horas a escutar palavras a Ressoar, troquei de canal, coloquei músicas que gosto.

 Era bom estar sozinho, más se sentir solitário era horrível . Más nesse tempo vazio em que dias bons vem e vão. No vasto silêncio da escuridão me encontro e desencontro cada vez mais… a música me fazia refletir, até me fazia viajar perante meus pensamentos.

Fui ao século 19 depois pra década  de 30.

década de 60 até nos anos 2000, eu gostei más não amei, foram milhares de experiências, que nem sei explicar. Me misturei me diverti amei, sonhei, mas não sei ao certo se me encaixei. Então  apenas vivi intensamente aquelas músicas. Na minha mente eu dançava nos vastos salões de um Palácio até num boteco qualquer em Paris. Podia imaginar  os céus, estrelas, lua e o sol, abri meus olhos e aqui estou.

 numa cama num quarto escuro, só eu e minha música.  A música é a nossa amiga! ela nos acalenta, acalma e ampara.

mesmo assim o sono não vem, olho o relógio e ainda são 5 horas da manhã, me levanto, como algo, me deito novamente. Então brinco com minha serpente. ela não era de estimação, ela era como um familiar fruto da minha imaginação. Talvez eu esteja louco, tendo uma alucinação. ou talvez eu não queira mais sentir ser amigo da solidão.

bom diário por hoje chegamos  ao fim. E talvez, provavelmente Amanhã à meia-noite eu voltarei.

Jackie WorldOnde histórias criam vida. Descubra agora