FIVE
"Não fale. Não, não tente. Isso tem sido um segredo por muito tempo. Não corra. Não, não se esconda. Estive fugindo dele por tempo demais. Tantas manhãs eu acordei confuso. Nos meus sonhos, eu faço o que eu quero com você. Minhas emoções estão expostas, elas estão me deixando fora de mim. Agora, eu não tenho vergonha. Grito meus pulmões por você. Eu não estou com medo de enfrentar isso, preciso de você mais do que quero. Preciso de você mais do que gostaria. – Camila Cabello.
{...}
| SEGUNDO DIA |
Narrado por Harry Potter.
A brisa da manhã estava gélida; tão gélida quanto a do dia anterior, ou talvez ainda mais fria, balançando os galhos das árvores brutalmente enquanto sua folhagem amarelada transformava a rua de ladrilhos em uma linda aquarela. As nuvens estavam carregadas d'água, juntando-se e formando uma paisagem tão cinza quanto as masmorras de Hogwarts. A névoa era como um manto sobre as montanhas de Kent, escondendo-nos de qualquer raio de sol, e a garoa fina que já ameaçava cair, quase imperceptível, regava aos poucos todas as árvores e arbustos, umedecia o asfalto e fazia com que as gotinhas caísse e dançasse ao bater no pequeno lago do terreno de Malfoy.
O relógio sobre a pequena mesa do quarto marcava onze horas da manhã – sim, eu tinha dormido pra caralho. E não, eu não costumava fazer isso. O costume de acordar tarde nunca fez parte da minha rotina; em Hogwarts tinha as aulas de manhã, nos Dursleys o barulho do Válter descendo as escadas às cinco da matina já me acordava e hoje em dia, quase de domingo a domingo, eu estava ocupado com meu trabalho. Até ontem eu podia sentir cada nervo tensionado e meus músculos como se tivessem sido pisoteados por diversos centauros. Só que agora, pela primeira vez em anos, sentia meu corpo e minha mente estranhamente relaxados.
A noite anterior passou como um borrão. Eu apaguei. Depois do boquete delicioso que Malfoy me deu o prazer de ter – que não saia da minha cabeça e me deixava duro só por lembrar – eu voltei para o quarto, em êxtase, tranquei a porta e me joguei na cama. Naquele momento eu sentia meu peito subir e descer descontroladamente, a falta de ar era apenas um dos resultados da melhor experiência sexual que eu já tive na minha vida até aquele momento. Era uma combinação única; as cordas, as cores provocativas, o sentimento de confronto e a presença opressora de Draco Malfoy.
Reviver a imagem dele ajoelhado perante a mim com sua boca em volta do meu pau tornou-se em tão pouco tempo meu passatempo preferido. Era uma visão esplêndida. Única. E não foi nenhuma surpresa pra mim eu ter acordado absurdamente duro.
Eu corri para o banheiro e tomei um banho quente. Fiz minha higiene pessoal, lavei meus cabelos, me enxuguei e coloquei um conjunto de moletom preto. Esfreguei mais um pouco a toalha no cabelo, a fim de secá-los, e agora me encontrava em pé de frente para a pequena mesa entre as janelas, onde a papelada que Malfoy me entregou ontem está.
Depois de ontem eu passei a ter uma ideia do que provavelmente tem escrito nessas folhas. A sensação aflorada e minha imaginação fértil não me deixava em paz. Toda vez que eu encarava o tal contrato, a imagem do quarto e de seus diversos brinquedos vinha à tona. Parecia existir tantas possibilidades, e eu gostaria de ser surpreendido por cada uma delas. Queria poder ler com calma cada proposta descarada e ver a imoralidade de Malfoy se materializando em palavras. Eu estava ansioso por isso. Mas mesmo assim, optei por deixar de lado e não pensar a respeito, iria ler mais tarde, porque agora tudo que eu queria era comer – estava faminto.
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𝟑𝟓 𝐝𝐚𝐲𝐬 | 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲
Fanfiction+18 Umas férias que durariam 35 dias, era isso que Draco Malfoy, desde Hogwarts apaixonado pelo Eleito, tinha para conquistar Harry Potter. N.A: ESSA HISTÓRIA É INAPROPRIADA PARA MENORES DE DEZOITO ANOS. 35 DAYS | DRARRY