Capítulo 4

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FOUR

"Eu vi você olhando, então fui em direção ao seu olhar. Porque eu não sou do tipo que vai chegar em você. Eu estou numa posição que dá para saber no que você está pensando; em como vai pegar um bom garoto e transformar ele em seu. Se eu for entrar nesse jogo, então é melhor você jogar bem. Eu preciso mais do que esses diamantes que você tem no pescoço. Cara, qualquer um pode se exibir. Meu amor, faça melhor. Eu sei que não estou certo provocando você, mas eu só quero ver o que você faria. E se eu te der uma prévia do que eu faço, lembre-se que eu não pertenço a você."Lauren Jauregui.

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| PRIMEIRO DIA |

Narrado por Harry Potter.

A sala de jantar seguia os mesmos caminhos de decoração de toda a casa; tudo esbranquiçado com um lustre sobre o centro da mesa e uma cristaleira enorme ao lado repleta de taças, pratos de porcelana e prataria cuja madeira combinava com o tom da mesa. A luz do ambiente estava amarelada e junto das velas acessas na mesa trazia uma sensação de conforto e sofisticação. A mesa em si estava posta, farta e organizada de forma elegante, valorizando o prato principal no centro e as garrafas de vinho, sem deixar passar batido as taças e talheres que não paravam de cintilar pelos reflexos das luzes.

Ao todo eram oito lugares, dispostos três em cada lado e um em cada ponta. Obviamente nos sentamos nas pontas, como eu imaginei, de frente um para o outro e abrindo uma distância considerável e segura entre nós. Eu me acomodei em minha cadeira, sentando, e Malfoy fez o mesmo.

– Está esperando mais alguém?

– Apenas você – ele disse como um elogio. – Por que?

– Tantas cadeiras, pensei que fosse um banquete para mais convidados.

– Se está arrumando uma desculpa para se sentar ao meu lado não perca seu tempo.

– Imagino que ficaria feliz se eu dissesse sim.

– Mais do que você imagina.

– Mas não consigo pensar em um único motivo para eu fazer isso.

– Eu consigo – sussurrou sorrindo, agarrando a garrafa de espumante mais próxima e abrindo, rapidamente servindo sua taça de bojo estreito. – Prefere vinho ou espumante?

– Vinho.

– Suave ou seco?

– Seco.

– Certo – ele soprou, depositando seu espumante na mesa. Ao mesmo tempo a garrafa de vinho mais próxima de mim se ergueu, bem baixinho, o suficiente para não bater em nada e flutuou em minha direção. A rolha saiu sozinha do bocal e ao se inclinar preencheu minha taça com o líquido rubro lentamente. – Vai gostar desse, é um Romanée-Conti.

Tremi por seu sotaque francês.

– 1945? – palpitei.

– Sim – Malfoy confirmou surpreso. – 1945, uma safra única da região de Bourgogne.

– Ouvi dizer que foi a melhor safra francesa até hoje.

𝟑𝟓 𝐝𝐚𝐲𝐬 | 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora