UM MÊS DEPOIS:
O ambiente em que estava era escuro e frio, o lugar tinha um forte cheiro de mofo e sabia que o chão encontrava-se úmido porque havia caído de joelhos e suas mãos ㅡ por instinto ㅡ espalmaram o mesmo em desespero. Seu corpo frágil tremia e seus olhos se arregalaram tentando encontrar nem que fosse um feixe de luz.
Sem sucesso…
Assustada com a situação atual, sua respiração começou a ficar entrecortada e seu coração batia forte e acelerado. O que estava acontecendo com ela? Por que foi parar ali? Sentia o suor escorrer por seu rosto em abundância e seu tórax doía como o inferno. A sensação pior para ela veio logo a seguir, a bile subiu e sua garganta parecia que estava se fechando aos poucos, não queria morrer, não pretendia ficar naquele lugar aterrorizante…
Ofegante, engatinhou até uma parede de tijolos que sem querer encontrou, e levantou mesmo sentindo que seu corpo não aguentaria ficar em pé, estava tendo uma crise de ansiedade misturada com uma de pânico. Tentou chamar por ajuda, mas sua voz saia tão fraca que duvidava que alguém a escutaria, ainda com as mãos na parede, andou mais alguns passos a frente e lá no fim do corredor, uma pequena claridade fez-se presente deixando-a com uma ponta de alívio.
Enquanto se aproximava, viu que havia uma mesa com uma pequena caixa de papelão em cima, tentou caminhar mais rápido, mas, não conseguiu, seus pés pareciam que estavam pesados e isso atrapalhou. Caiu mais uma vez no chão molhado e foi arrastando-se até o local.
Quando chegou perto, agarrou-se na madeira da mesa e aos poucos foi levantando seu corpo trêmulo e olhou para aquela pequena claridade, a mesma vinha de uma janela alta acima de onde estava, baixou os olhos em direção a caixa perguntando-se o que tinha ali? Quem a colocou ali? Seus pensamentos não paravam por conta do medo que sentia, seus olhos focaram em um pequeno pedaço de pano amarelo e mesmo assustada com aquilo, pegou-o analisando-o.
Virou o tecido de cima para baixo descobrindo o que era, “um casaquinho de bebê!” Mesmo insegura, Hinata segurou a pequena roupa entre os dedos e depois tocou o próprio ventre em desespero teve a terrível sensação de que faltava alguma coisa ali, sentia-se… vazia! Assustada, encarou as mãos mais uma vez e foi surpreendida com sangue, sangue este que tomara conta da palma manchando a pequena roupa.
De repente, o primeiro soluço veio, lágrimas grossas começaram a cair no exato momento em que as lembranças do ocorrido a pegaram desprevenida, ali, suas mãos trêmulas apertando aquele pedaço de pano tão conhecido como se sua vida dependesse daquilo, ela chorava copiosamente sem cessar, pois, o maldito demônio lhe tirou o que mais queria, seu sonho, seu bem mais precioso, seu pequeno anjo, sua vida…
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Aquela Voz
FanfictionNaruto Uzumaki é um CEO, dono de uma empresa farmacêutica, que se mudou recentemente para a cidade de Konoha, a fim de cuidar e administrar os negócios herdados de seus pais. Fazia um mês que tinha se instalado no novo apartamento luxuoso e todas as...