•Capitulo Único

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N/A: Bom...essa é minha primeira fanfic, a que eu posto pelo menos, então se estiver ruim sinto muito. Esse plot surgiu na minha cabeça do nada então talvez deva estar estranho??? Não sei!!
Espero que gostem(◕ᴗ◕✿)!!

Boa leitura!!!
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Iria dar o 3° dia. Tinham se passado 3 dias desde que Chuuya Nakahara recebeu a notícia de que, Osamu Dazai, havia abandonado a Máfia do Porto e juntado-se a Agência de Detetives Armados. Chuuya estava feliz por não ter que aturar Dazai todo santo dia. Finalmente a pessoa que apelidou carinhosamente de múmia largaria de seu pé.

O ruivo estava bebendo em seu bar favorito - bar esse que costumava frequentar junto de Osamu. Bebia Cabernet Sauvignon, um vinho que ganhara de Kōyou em seu aniversário de 18 anos, ainda não tinha o tomado para beber em algum momento especial. Chuuya tinha o visto em sua estante de vinhos e decidiu que aquele seria o dia em que finalmente iria beber a bebida alcoólica.

Nakahara enchia pela sexta vez sua taça com o líquido tinto, enquanto observava o pouco movimento do bar. Nos três dias em que o de bandagens havia ido embora , o de olhos azuis não parou de beber momento algum. Todas as pessoas da máfia ou do bar em que estava, que nos últimos dias parecia que morava no lugar, o viam sempre com algum tipo de bebida alcoólica diferente, seja vinho ou até mesmo um latinha de cerveja.

- Você não parou um segundo de beber em comemoração, não é mesmo? - Sentando-se ao seu lado, Ōgai Mori comentava com um - quase imperceptível - sorriso nos lábios finos. - Um licor de menta por favor. - Levanta a mão direita como forma de chamar a atenção do barman e faz seu pedido. O homem resume-se a assentir a cabeça e começa o preparo da bebida.

Após dar o último gole em seu vinho, o mais baixo pergunta:- O que faz aqui? Não achava que frequentava esse tipo de lugar.

O sorriso em seu rosto desmancha dando lugar a uma feição seria, mas em seus olhos a preocupação era nítida. - Chuuya-kun... um passarinho me contou que você anda, agora, sempre com uma garrafa ou latinha de cerveja. Também me contou que fazem exatos 3 três dias que está assim. Eu suponho que o motivo disso seja....- Suspira virando-se de frente ao de chapéu e olhando diretamente em seus olhos. -....o Dazai-kun. Minha teoria está certa pequeno Chuuya?

- Esse passarinho se chama Kōyou, né?

- Não mude de assunto. Vamos responda. - Sua fala era calma. O chefe da máfia do porto dificilmente perdia a compostura. Era difícil tirar a paciência do homem.

Desviando o olhar para sua frente, Nakahara gargalha. - Óbvio Mori-San!! Eu finalmente não terei que olhar mais na cara daquele verme inútil!! - Chuuya respondeu falando alto, mas não suficiente para receber a atenção das poucas pessoas no local a aquela hora de noite. Algumas que estavam ali também estavam a duas noites atrás, já tinham se acostumado com a bebedeira do jovem. As outras que não estavam ou realmente não ligavam para o garoto, ou foram avisadas que um ruivo que aparentava ter por volta de seus 19 anos; de olhos azuis; baixo de sardas pelo rosto um tanto vermelho, estaria lá e era só ignorar o jovem.

- Chuuya....

- Hã...? O quê?

-...Você não está bebendo que nem um condenado de felicidade, por Dazai ter abandonado a Máfia. E sim porque está triste dele ter te deixado e ter quebrado a promessa de vocês. - A afirmação do homem caiu como um balde de água fria em cima de si. Doeu ouvir aquilo. Como doeu.

Chuuya Nakahara sabia que no fundo de seu coração - mas bem no fundo mesmo - que ao invés de sentir felicidade, pular de alegria como nunca pulou, estava sentindo tristeza. Ele estava completamente quebrado por dentro, a pessoa que mais amava tinha o deixado para realizar uma promessa idiota que fez com seu melhor amigo nós últimos momentos de vida do homem. E a promessa que Osamu fez consigo, de que nunca nenhum dos dois abandonaria o outro, era apenas palavras sem significado algum!? Osamu Dazai tinha o destruído. O ruivo como forma de esconder a sua dor se revestiu com orgulho e uma falsa felicidade. Felicidade essa qual ninguém próximo realmente acreditou. Todos que estavam na sala no dia que recebeu a notícia viram seus olhos perderem o brilho que existia antes, eles sentiram o que o garoto sentia apenas pela risada que ele tinha dado.

Chuuya sentia saudade do moreno de personalidade infantil, das palhadas e até mesmo de ficar com a paciência - que já era mínima - no nulo. Chuuya queria ele ao seu lado novamente, o irritando com seu jeito de ser, dando em cima de si, falando como gostaria de cometer um suicídio com uma bela moça, esse último nem tanto. Queria o moreno fazendo-lhe carinho e cafunés que só ele sabia fazer em si. Nakahara sentia falta de ter que ficar na ponta dos pés para selar seu lábios junto do outro por ser muito alto - o que não entendia como que Osamu tinha ficado tão alto. O ruivo só queria que pelo menos dormisse de conchinha mais uma vez consigo que não reclamaria.

O sentimento que estava tentado deixar guardado em sete chaves havia vindo com tudo para cima de si. Queria chorar no colo de seu chefe, como se ele voltasse a ter 9 anos de idade. E foi o que fez, jogou-se nos braços de Ōgai chorando e molhando a roupa de Mori. Que não incomodava-se. O de cabelos negros abraçava o jovem e lhe dava um cafuné na cabeça. Os dois mafiosos ficaram naquela posição, Chuuya chorando no peito de Ōgai e Mori apenas dando o devido carinho ao mais novo, por longos minutos, até o mais baixo pegar no sono pela bebida e choro.

Mori suspirou parando o cafuné aos poucos. - ....Boa Noite, Chuu.

Levantou-se da cadeira com cuidado para não acordar Nakahara, mesmo que o homem tivesse o sono pesado. O pegou no colo estilo noiva depois de pagar o licor - tinha tomado apenas um gole. Saiu porta a fora do estabelecimento e caminhou com dificuldade pelo peso em seus braços - não era um dos mais fortes em quesito força física. Parou diante da porta de trás do carro, abrindo-a. Deitou o ruivo de sardas no banco feito de couro em uma posição que ficasse confortável para o mafioso.

Ouvindo passos atrás de si, virou-se dando de cara com o homem que menos gostaria de ver naquela situação. Mas apesar quando ouviu o som dos sapados contra o chão de concreto, já imaginava quem seria.

- Como ele está?

Soltou o ar preso nos pulmões pela milésima vez só naquela noite. - Ele ficara com uma ressaca forte e também um dor de cabeça insuportável amanhã, mas eu acho que ele vai ficar bem.

-....Sinto muito. - Foram as suas últimas palavras antes de virar de costas e caminhar na direção contrária do veículo.

- Não é a mim que tem que se desculpar. - O chefe falou fazendo o homem moreno alto parar de andar. As mãos nos bolsos do sobretudo marrom suavam frio devido ao nervosismo. - Sabe que ele senta muita raiva mas ainda não deixa de te amar. Assim como você também o ama. Nós vemos por aí. Adeus....Osamu Dazai! - O chefe que controlava a Máfia do Porto virou e deu uma volta no carro entrando-o.

Dazai observou o mais velho dar partida no carro e se distanciar junto do ruivo em seu sono. O moreno não se arrependia de ter saído da Máfia do Porto e começado a trabalhar para a Agência, mas arrependia de não ter se despedido de seu amado. Queria ter beijado os lábios rosados e dormir consigo mais uma vez. Agora era tarde de mais para isso.

O céu estava escuro sendo iluminado pelos raios e trovões, indicando que logo começaria a chover. As primeiras gotas de chuva começavam a cair. Osamu mirou seus olhos para o céu e os fechou, deixando que a água caísse sobre seu rosto e corpo. A água se misturava com as lágrimas que caiam de suas orbes castanhas. Seus únicos pensamentos era de que não teria mais o ruivo esquentadinho, o seu ruivo esquentadinho. O homem dono do sorriso mais perfeito que já tinha visto; O homem que amava observar quando dormia em seu peito; O homem por quem se apaixonou perdidamente.

Fim!!!

One-Shot: Beber Para Comemorar!           Onde histórias criam vida. Descubra agora