Bad Romance

Se somente hora alguma em vós piedade

James POV

– James, eu sinto muito, mas é a minha decisão final – Pontuou por fim, tentando estabelecer um diálogo calmo, mas era tarde demais.

Eu sentia tanta raiva, e tanto ódio, que naquele momento tudo o que queria era ferir meu pai. Queria que ele se explodisse, que sumisse.

Eu me sentia traído e enganado de uma forma terrível.

Desde garoto, quando mostrei aptidão para quadribol, todos falavam que estava no meu sangue, e que eu havia puxado meu pai. Todas as vezes que brincava de jogar e ganhava, era aplaudido, e meu pai sempre me apoiou a jogar, uma vez que percebia o quanto eu amava fazer isso.

Ele sempre me presenteava com manuais, com vassouras novas, me levava a jogos e me ajudava a treinar, quando era mais novo.

Quando, no primeiro ano, consegui entrar para o time, eu me virei o orgulho da família. Anos depois, quando me tornei capitão do time de quadribol, fui aplaudido.

Eu não era tão inteligente quanto meu irmão Albus, ou tão adorável quanto a caçula Lily. 

Mas eu amava jogar, e era a única coisa que sabia que sempre iria gostar de fazer.

E modéstia parte, eu sempre fui muito bom.

E em um jogo de quadribol qualquer, eu descobri que o pai de um dos alunos do primeiro ano foi assistir a partida, e gostou muito do que me viu fazer jogando.

E ele simplesmente era um dos patrocinadores do Chudley Cannons.

Que entrou em contato comigo através de uma carta, que ainda estava nas minhas mãos.

– Pai, você se quer tem noção do que está dizendo? Um time de quadribol, quadribol de verdade quer me treinar. Eles veem meu potencial. Você tem ideia do que está fazendo? Eu posso ser um grande jogador! Os Cannons não são lá o melhor time, mas podem ser minha porta de entrada! Você tem ideia de que qualquer garoto da minha idade gostaria de estar no meu lugar?

– James, eu entendo. Você é ótimo em quadribol. Faz todo o sentido quererem você. Mas você é novo demais. Agora vai se concentrar nos estudos, e somente nisso. Você tem uma carreira a conquistar pela frente.

– Pai! Eu estou tentando conquistar uma carreira, mas fica difícil se você destruir tudo!

– James, eu já falei para maneirar o tom que usa comigo! Eu não vou assinar. Não vou permitir. É minha palavra final.

– Pai – Albus, que desde o começo da discussão apenas estava quieto finalmente se pronunciou – Até mesmo eu que detesto quadribol queria estar no lugar do James. Aceitar essa proposta não significa que ele vá deixar os estudos. Ele pode se esforçar em ambos. Quero dizer... um time importante notou ele. Não é o tipo de chance que se pode deixar passar, porque não acontece duas vezes.

Assenti, quase comovido.

Albus e eu nunca fomos muito unidos, mas até ele estava vendo que aquela situação era a droga da coisa mais incrível que já tinha me acontecido.

– Não adianta. Está decidido. Terminem o café e vão se arrumar. Temos que comprar o material de vocês no Beco Diagonal.

– Se mamãe estivesse aqui, ficaria do meu lado – Não consegui segurar, mesmo que soubesse que dizer isso apenas iria piorar tudo.

A perda dela nunca iria deixar de ser uma ferida para ele, e eu sabia que com a morte precoce dela quando éramos crianças, ele havia se tornado um homem amargurado.

– Mas ela não está, e a decisão é minha, James. Vá se arrumar. Estaremos saindo logo – Falou já engrossando o tom de voz.

– Você esta sendo egoísta!

– Egoísta? Eu? James, eu sou o seu pai! Estou pensando no que é melhor para você! Deixe de ser mimado e infantil! Você tem que sair desse mundo de fantasias! Daqui dois anos estará se formando em Hogwarts, e nem se quer decidiu o que vai fazer da sua vida! Pare de viver de sonhos! Você precisa focar e estudar! Não pensar em jogos de quadribol! 

– Mamãe estaria orgulhosa de mim! Foi essas coisas que disse a ela quando ela decidiu ir jogar no Harpias? Foi essa a droga de apoio que deu para ela?

– James, preste atenção no que está falando se não quer ficar de castigo...!

– Mas pai! Você está destruindo o meu sonho! Que droga! – Resmunguei irritado, e ele se virou para mim, me olhando de forma dura e profunda com os olhos claros.

Desde que minha mãe havia falecido, eu sabia que cuidar de nós três era difícil para ele, mesmo com a ajuda do resto da família.

Sabia que ele se sentia perdido, e que sentia falta dela.

Mas ao mesmo tempo ele passou a ser tão estupidamente rígido e ridículo, que me deixava furioso.

– James, você é meu filho. Quero apenas que se esforce esse ano, porque no próximo vai se sair bem nos N.I.E.Ms e conseguir um bom emprego É isso o que garotos da sua idade fazem, e é isso que você vai fazer. Quadribol é um hobbie. É para jogar de vez em quando e se desestressar. Você tem que parar de pensar em jogos, e começar a se esforçar pelo seu futuro. Está na hora de amadurecer. Agora vá se arrumar. Andem, os três – Pontuou ao fim, se levantando da mesa do café.

Acompanhei com os olhos ele saindo da cozinha, seguindo em direção as escadas, me sentindo tão raivoso e irritado...

Se ele pensava que iria destruir a minha vida daquela forma, estava terrivelmente enganado.

Aquilo não ia ficar daquele jeito.

Não mesmo.

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James, James. "A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena" Madruga, S.

Vou adiantando que vocês vão passar raiva com o Harry. Esse é o único do Kashiverso que não é um alecrim dourado que nasceu perfeito.

Ah, avisos: Na maioria das vezes eu uso como nome de cap nas minhas fanfics algo que eu goste. Aqui, vamos ter trechinhos do poema " Lágrimas Tristes Tomarão Vingança" de Luís Vaz de Camões. 

Porque tia K. é história pura, olhem só hahahaha

Quando acabar os trechinhos, vamos partir para outro poema, que eu revelo quando chegar a hora ahaha

E sim, o nome é inspirado em uma musica da Lady Gaga. Alguém ai gosta de Lady Gaga? Porque eu amo.

E sim, eu botei nome de fanfic com musica da Lady gaga com nome de capitulo de Camões e citei Chaves nas notas, porque eu sou completamente insana hahaha Eu amo referências, vocês sabem disso,não é?