Os Jardins

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Após deixar Jimin, Jungkook seguiu direto para o seu Salão Comunal. Ele não sentia fome, na verdade ele não sentia qualquer coisa que não fosse o cheiro de seu ômega.

Ao entrar, notou que o Salão estava quase vazio, mas seu amigo Jin estava sentado ali, encarando o nada.

– Jin – Ele chamou – Preciso te contar uma coisa.

– Cara eu também. Mas fala você primeiro.

– Bem... Eu estou ficando com o Jimin – Jungkook sabia que ninguém deveria saber, mas ele precisava contar pra alguém

– Você... O QUÊ? – O moreno exclamou sem se conter.

– Shiii... Não é pro castelo inteiro ficar sabendo – Jeon disse fingindo irritação – Na verdade, não é pra ninguém saber. Ninguém. Está ouvindo?

– Entendi cara, não sou surdo.

Com o voto de silêncio do amigo, Jungkook contou a história do começo. Claro ele deixou de lado, tudo relacionado ao ato sexual e ao corpo de Jimin, certas coisas, só ele gostaria de saber e imaginar.

– E a verdade é que, eu estou viciado nele. Sério! Não consigo pensar em outra coisa, a não ser ele...

– Ixiii, está parece eu e um certo ruivo. Acho que estou xonado no Kim. – Jin falou meio cabisbaixo e Jungkook riu.

– Bom ele ainda está com você, isso é um bom sinal – O Jeon disse, tentando consolar – A verdade, meu amigo, é que conhecemos esses ômegas desde a nossa infância. Claro, não éramos grandes amigos nem nada, mas se parar pra pensar, em todas as nossas lembranças de escola, eles estão lá. O conhecemos, certo? Vimos suas gritarias pelos colégios, as fofocas que rodaram a respeito deles, conhecemos seus amigos e suas famílias... São sete anos de convivência, não podemos negar.

Seokjin encarou Jeon em um misto de admiração e confusão:

– E porque você está dizendo isso?

– É que talvez, eu esteja apaixonado por Park Jimin.

Jungkook devia ter reparado muito bem em quem estava presente. Dahyun ouviu toda a conversa e saiu de lá desolada. Amou Jungkook a sua vida inteira, e ele nunca a notara. Porque ele notara, justo Park Jimin? Ela devia saber que não era um simples caso, o Park não era uma ômega que costumava ficar com qualquer pessoa, para ficar se esfregando com ele. O coração da pobre garota, se partiu. Ela estava culpando a si mesma por isso. Talvez, se tivesse falado de uma vez o que sentia... ou demonstrado... Ela não suportou a culpa e pegou seu diário, já saindo do Salão e correu até o banheiro mais próximo. Pro seu azar, o banheiro estava interditado, então se sentou e chorou suas dores ali mesmo. Suas lágrimas quase a impediam de enxergar, mas escreveu tudo o que ouvira ali, juntamente com o quanto se sentia ridícula. Fitou o papel depois de um tempo, e ele estava tão manchado e sem nexo, que ela arrancou e fez uma bola dele e o jogou no chão. Passos rápidos se aproximaram, a loura ainda pensou na possibilidade de sair dali, mas suas pernas fraquejaram.

Minatozaki Sana vinha correndo, acabara de se perder por causa das escadas, e precisava urgente de um banheiro. Sua decepção foi enorme ao ver a grande placa de interditado. Mas a sua atenção logo foi presa pela garota que chorava. Sem pensar em quem era, Sana apenas se sentou ao seu lado e a abraçou. Os soluços de Dahyun aumentaram.

– Shii calma, pessoa nenhuma merece tanto sofrimento. – Dahyun nem ligou, continuou chorando. Sana então a levantou e disse – Venha, se quer chorar, eu conheço um lugar perfeito.

A loura se levantou e seguiu com a outra, fraca demais para decidir qualquer coisa.

Assim que as garotas sumiram de vista, uma terceira pessoa surgia no mesmo corredor. Ele não sabia exatamente onde estava indo, só que precisava falar com Seokjin, urgentemente.

Os 7 Lugares Para Se Ficar Com O JeonOnde histórias criam vida. Descubra agora