Dois - KAIRÓS

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KAIRÓS (s.m.);

Do grego antigo: o momento oportuno, perfeito ou crucial. O acerto fugaz entre tempo e espaço que cria uma atmosfera propícia para ação.


Não era novidade alguma que Tamaki costumava cobrar de si nada mais além da perfeição, o que costumava ser um fardo bastante pesado para carregar

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Não era novidade alguma que Tamaki costumava cobrar de si nada mais além da perfeição, o que costumava ser um fardo bastante pesado para carregar. Por mais que soubesse que a imperfeição é algo inerente ao ser humano, ele ainda assim costumava cobrar mais de si do que jamais seria capaz de cobrar a outro aspirante a herói.

Aquilo era cansativo demais.

Ele rolou a flor entre os dedos novamente se perguntando em que momento conseguiu manifestá-la. Tamaki costumava tomar chá pela manhã na companhia de sua mãe, aquilo costumava relaxá-lo, provavelmente era uma das poucas coisas que ele fazia que não era destinada a sua melhoria como herói, e exatamente por este motivo que ele jamais imaginou que seria capaz de manifestar um lírio.

De qualquer forma aquilo jamais lhe seria útil, mas se perguntava o quão longe estava em seus pensamentos para que ele, sem querer, manifestasse a sua individualidade sem se quer pensar sobre isso.

Estava um tanto afastado da escola, não conseguiu almoçar, pois seu estomago estava embrulhado. Mirio andava bastante esquisito nos últimos dias, continuava a fazer perguntas estranhas e Tamaki decidiu não acreditar que era porque o amigo já estava desconfiado da sua paixonite, ele se enganaria pelo máximo de tempo possível, pois lidar com a realidade de que alguém havia descoberto aquilo o deixava ainda mais nervoso que o normal.

Bem, ao menos ele estava conseguindo evitar aquela situação com louvor.

Tamaki passou o dedo novamente pela longa pétala branca enquanto avaliava os traços daquela flor, era realmente uma flor muito bonita, nem imaginava que servia para chá, mas de qualquer maneira nunca seria útil então aquilo não passava de uma perda de tempo.

- Patético. – ele murmurou encarando a flor um pouco decepcionado.

- Eu achei bem legal!

A voz calma soou a suas costas fazendo com que todos os pelos do seu corpo se arrepiassem, e claro, como ele não esperava que ela aparecesse assim tão de repente, logo seu coração respondeu a altura galopando em seu peito como se quisesse fugir dali.

- Desculpa, te assustei né? – ela disse enquanto caminhava até parar ao lado de Tamaki. – Às vezes eu esqueço que não faço muito barulho quando ando.

Tamaki estava sentado em um banco que ficava próximo ao pequeno bosque que havia dentro da U.A., não era muito comum ver alunos por ali e por esse motivo Tamaki gostava tanto daquele lugar.

Logo Lilith sentou ao seu lado no banco, ela encarou a flor em suas mãos e Tamaki sentiu uma vontade enorme de escondê-la, já que na visão dele, aquilo não passava de uma coisa patética.

ALEXITIMIA - Tamaki AmajikiOnde histórias criam vida. Descubra agora