capitulo 2 - Final do exame

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Os primeiros combates estavam prestes a acontecer, e Marco não conseguia parar de se preocupar com sua mais nova amiga Lizzie. O som da arquibancada que aparentava nunca terminar por um breve momento ficou em silêncio e o motivo desse silencio, foi a voz de um homenzarrão que estava no outro lado da arquibancada, com sua voz grave ele pós a falar.

— Bem estamos prestes a ver algo no mínimo interessante, então todos vocês calem a boca
 
E assim como a voz grave tinha pedido todos os participantes se calaram com medo de ser um professor ou avaliador a mais que não fosse a Orquídea. Após finalmente calarem a boca os combates começaram, todos os lutadores que estavam nas cinco partes das arenas invocaram seus Outil's, foi então que o simples som de metal batendo em metal começou a ser soado por todas as cinco partes, os avaliadores não tiravam os olhos um minuto se quer dos participantes. Marco não desgrudava os olhos de Liz na torcida para que a garota conseguisse sua vitória.

Lizzie com seu outil que era um bastão de madeira avançava ferozmente para cima de seu oponente, que de forma simples e ardilosa desviava dos ataques da garota. Enquanto desviava o rapaz alto, que parecía um tanto quanto mórbido, começou a caçoar da garota,  fazendo-a se irrita mais.

— Que sortudo eu sou, cai contra a ceguinha, não seria mais fácil eles me entregarem logo a vitória?

A garota aos poucos caindo cada vez mais e mais na lábia do seu oponente começa a errar suas investidas, e então em um contra-ataque o rapaz que tinha como seu outil uma foice negra, corta o ar, algo que parecia meio sem sentido, já que a foice não acabou por acertar a garota, simplesmente cortou o vento. Estranhamente um corte fino, mas perceptível acabou surgindo na bochecha da garota, fazendo a mesma de forma inconsciente cabar  colocando a mão na região do corte.

— Mesmo que você conseguisse enxergar, não teria como desviar do meu golpe,  ele é invisível

Um sorriso sereno acaba surgindo no rosto da garota, que até aquele momento nada tinha falado. E então ela de forma calma começou a falar com o seu adversário.

— Eis aí a minha vantagem

A garota mesmo sabendo que não tinha como ela desviar dos ataques ou prever eles, nem por um instante deixou de avançar na direção do seu oponente, enquanto o mesmo recuava e contra atacava cortando o ar, fazendo surgir vários no corpo de Liz, os cortes iam desde o seu rosto até suas pernas, mas mesmo com os cortes ela não parava por nada. O sangue escorria sobre o rosto dela, o rapaz mórbido se aterrorizava cada vez mais e mais com o avançar dela,  o rapaz, em um grito de medo  diz.

— SÉ AFASTE DE MIM CEGA INÚTIL

Enquanto ele gritava de medo, não pode perqueceber que o bastão de madeira da garota privada da visão, de uma forma surpreendente tinha crescido de maneira rápida. O bastão, que agora media um pouco mais de um metro, acaba indo na direção do rapaz que segurava a sua foice enquanto gritava, e quando menos ele esperava o bastão acaba por acertar o estomago dele, fazendo com que o mesmo fosse impulsionado para fora da arena. Observando aquilo tudo do alto da arquibancada, Marco, começa a conter os gritos de alegria pela vitória da amiga, enquanto ouvia a voz do avaliador que estava que gritava anunciando a vitoria de Lizzie.

— A VITÓRIA DA PRIMEIRA LUTA DA QUINTA PARTE DA ARENA VAI PARA LIZZIE                                                           

Com o passar do tempo as lutas foram passando, algumas lutas foram chamando a atenção de Marco, outras nem tanto, um exemplo de luta que chamou a atenção dele foi a de uma garota japonesa que possuía cabelos brancos como a neve, com uma mecha rocha ma parte da frente de seu cabelo,  o seu Outil era uma katana. Durante a sua luta ela não utilizava a habilidade especial da sua ferramenta, simplesmente uma espécie de esgrima e técnicas únicas, aparentemente os demais concorrentes não sabiam de onde ou qual tipo de técnicas eram aquelas, mas Marco olhava de forma admirável e por impulso ele acabou por puxar a Excalibur do seu livro, e aos poucos com o decorrer da luta várias e várias formas de como melhorar e adaptar aquele estilo de luta com katana para a Excalibur acabaram surgindo em sua mente, até que o final da luta acabou por ser a vitória da garota japonesa. No final das contas Marco guardou a espada em seu livro e esperou por sua vez. Com o passar do tempo as lutas foram avançando e finalmente chegou a vez do marco, por ser o último já não havia mais lutas para ocorrerem, por isso as divisórias de vidro que dividiam a arena foram removidas. Em voz alta o avaliador convoca os últimos participantes.

— AGORA PARA A ULTIMA LUTA EU CONVOCO MARCOS DIEFLING E HANS REIS

Marcos de forma nervosa sobe na arena, encontrando lá de pé o avaliador que segurava nas suas mãos uma prancheta que provavelmente deveria estar com os nomes dos concorrentes que passaram por ele. Hans era um rapaz alto,  de pele clara,  cabelos amarelos e de olhos azuis, quando seu nome foi pronunciado alguns participantes começaram a murmurar,  o chamando de principe do gelo. O rapaz alto intitulado de príncipe do gelo  acabou subindo um pouco depois do nordestino. Enquanto subia na arena, Hans fazia certos comentários maldosos, que era claramente ouvido para aqueles que estavam no recinto.

— Espero que um plebe saiba pelo menos como perder

Marco ouvindo o comentário, nada respondeu, apenas suspirou e puxou do seu livro a Excalibur que brilhava lindamente da cor dourada. Fazendo o mesmo que seu oponente Hans invocou em cima de sua cabeça uma coroa dourada, a coroa era lustrada com vários rubis e esmeraldas. O avaliador começou a contagem regressiva para o começo da luta.

— 3... 2... 1...COMECEM
 
Ao gritar para começarem a luta,um caminho feito de estacas de gelo que surgiam do chão, vão na direção de Marco em uma velocidade que quase não dava tempo de reação, mas o nordestino com a Excalibur em suas mãos consegue quebrar todo o caminho feito de gelo com a ponta da espada, tocando com a ponta em uma das estacas que não havia chegando muito próximo dele,  muitos que estavam no local, incluindo o próprio Hans, se perguntavam o que tinha acontecido,  em um piscar de olhos um caminho de estacas de gelo foi formado, e em outro piscar não estava mais lá. De toda forma, o principe do gelo, não teve muito tempo para pensar, de forma freática Marco avançava na direção de Hans, que sentindo medo começou a fugir enquanto criavas vários e vários caminhos de gelo. A princípio as estacas até dificultavam Marco, mas não o paravam totalmente. Enquanto se aproximava do principe de gelo,  o nordestino começou a falar com ele.

— Você deve estar se perguntando como eu quebrei todo o seu caminho de gelo sem muitos esforços. É meio complicado, mas resumindo a espada que está na minha mão aprendeu como funciona o seu outil

— Mas que porra você ta falando?

— Bem... Eu falei alguma loucura?

Enquanto se questionava, Marco não notara que Hans tinha congelado toda a arena, ate mesmo os pés do avaliador já se encontravam totalmente congelados e em um momento que parou de perseguir Hans,  Marco teve  os seus pés soterrados por gelo. Notando um certo incomodo frio na região dos pés, simplesmente o rapaz pegou a Excalibur e bateu a ponta da sua espada no gelo, desfazendo totalmente o gelo ao seu redor.

— Mas que porra é você?

Marco sem responder Hans, acaba se aproximando o suficiente para acerta um corte em cheio no rosto dele. Com um único corte no seu rosto, o príncipe do gelo, começa a gritar de forma estrondosa. O corte não tinha sido profundo, mas foi o suficiente para fazer o rapaz começar a sangrar. Em meio a gritos Hans desfaz o seu outil e levanta as mãos.

— Eu desisto, eu desisto

O avaliador pede para um outro avaliador levar Hans até a enfermaria da escola, e assim é feito. Após saida do principe do gelo, o avaliador vai, até Marco e levanta a mão dele.

— A VITÓRIA DA ULTIMA LUTA DE TODAS AS ARENAS VAI PARA MARCO DIEFLING
 
 
 
 
 
 
 

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