capitulo 4 - companheira de quarto

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O som de água foi sessado e o rapaz nada ainda tinha notado, claro isso até o momento em que ele consegue pressentir alguém se aproximando, mas para a sua infelicidade era tarde demais. Pow, o forte som de metal batendo em algo duro pode ser ouvido pelas redondezas e um leve grito feminino veio acompanhando com o barulho de ferro.

Rapidamente alguns estudantes veteranos vestidos com uma espécie de fardamento, que inclusive lembrava uma espécie de "guarda", chegaram até o quarto, cada um segurando em suas mãos, seus Outil's. Quando chegam no local eles encontram a cena de uma mulher seminua coberta somente com uma toalha de banho enquanto cobria a sua boca com uma das mãos e um rapaz no chão nocauteado, vendo aquela cena um dos estudantes, pergunta para a garota.

- O que aconteceu aqui? E por que tem um rapaz desmaiado?

Enquanto ele perguntava o que tinha ocorrido no local, a mulher se levantava meticulosamente enquanto segurava sua toalha com uma das mãos e tapava a boca com outra, e com sua voz, que era agradável para os ouvidos, a mulher começa a falar.

- Um tarado entrou no meu quarto enquanto eu tomava banho, e enquanto ele estava distraído aproveitei a oportunidade e o nocauteei.

Enquanto a mulher conversava com os estudantes fardados de guarda, Marco desperta de seu "sono" e retomando a consciência e vendo o caos que estava ocorrendo em sua frente, ele se põe a falar.

- O que está acontecendo?

- Seu tarado

Gritou a mulher se referindo a Marco, que não entendi de nenhum jeito a situação.

- Pera, tarado? Eu? Como?

- Não se finja de besta, você invadiu o meu quarto, e aproveitou que eu estava distraída no meu banho...provavelmente deve ter ido procurar minhas roupas íntimas. Seu nojento.

- Primeiro, esse é meu quarto, segundo eu nem tinha notado que tinha outra pessoa aqui

- Hum... quem vai acreditar na palavra de um tarado?

- Eu já disse que não sou um tarado

- Está bem... eu acredito em você senhor tarado

- Cacete como faço você acreditar que eu não sou um tarado?

- Provando-me é claro

- Aqui toma, olha isso

Marco, entrega para a mulher a chave de sua nora residência, que inclusive estava com o número 50

- Bem...isso não muda nada, na verdade, só piora a situação, quer dizer que meu colega de quarto é um tarado

Enquanto eles voltavam a discursam os estudantes fardados como guardas, se retiram do local, mas claro deixando um aviso.

- Vocês dois se resolvam e por favor, não entrem mais em confusão

- Hum! Tudo dependerá desse tarado.

Disse a mulher que falava de uma forma um tanto quanto snobe. Com um suspiro meio pesado o rapaz nordestino tenta recomeçar a conversa

- Bem... começamos com um pé esquerdo, que tala gente tentar recomeçar?

Suspirando semelhantemente ao rapaz, e de uma forma relutante a mulher acaba por aceitar

- Ok... mas antes da gente começar, eu posso ir ao banheiro por uma roupa?

Marco até aquele momento ainda não percebera que a garota estava utilizando somente uma toalha, e corando levemente ele tenta tapa o seu rosto e responde-lhe

- C-Claro.

A garota passa rapidamente pelo o rapaz indo até uma mala que estava de baixo de uma das camas, e retira de lá uma muda de roupas. Depois de um tempo a garota retorna do banheiro e encontra o rapaz arrumando suas coisas, quando ele volta seus olhos para ela e começa a prestar atenção detalhadamente nela, a garota era branca quase pálida e ela estava utilizando uma espécie de calça jeans com uma camisa com um símbolo de caveira, e sua boca como antes estava tapada com uma espécie de máscara, era algo bem "roqueiro" Pelo menos era o que Marco acreditava, seus cabelos séria algo loiro quase platinada, amarelados como o mel seriam seus olhos

- COF, COF, bem senhor perverti-digo colega de quarto, vamos recomeçar ou não?

- Ok, bem... acredito que temos que nos apresentar, prazer sou Marco Diefling, tenho 15 anos e sou brasileiro

- Hum!... Pera... você é brasileiro?

A garota pergunta para o rapaz como se tivesse encontrado um tesouro precioso, seus olhos brilhavam como se fossem estrelas, e aparentemente ela teria esquecido a ideia de espaço pessoal, pois já estava invadido o do rapaz. Marco então percebeu que a pupila dos olhos dela era da cor das esmeraldas, de qualquer forma ele retoma o assunto

- Sim, sou do Brasil, por quê?

- AAAA, eu adoro o seu país, o MPB, as paisagens, o samba, as comidas, meu deus como seu país é perfeito

O rapaz só dá um leve suspiro ao ouvir todas as maravilhas do seu país, mas claro continua avançando a conversa

- Bem e o seu nome é?

- Alice, Alice de Burgosa, e assim como você também tenho 15 anos e vim da França

- Prazer te conhecer Alice

- O prazer é meu, bem agora que estamos bem e tals, você poderia me mostrar alguns MPB? Acho lindo as sonoridades que elas têm.

O rapaz mais uma vez suspira e tira da sua mala seu celular e após colocar a rede wi-fi da academia, que seria aberta, ele vai no locktube e procura pelas suas músicas favoritas para mostras a Alice.

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