1- Eu vejo, mas eles não...

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"Em um Halloween, de 1910, uma menina e sua turma saia para pedir doces, mas naquela cidade, segundo a lenda, existia uma casa, velha, feia e mal assombrada. E foi nesse Halloween em que as crianças resolveram entrar nessa casa e ver o que havia lá dentro..."
- Ai meu Deus, Zack! - Isa gritou. - Aprende a contar histórias!
- Então faz melhor!
- Eu faço.
Isabela Montez, uma garota totalmente determinada e minha melhor amiga, levantou-se da roda e foi para a biblioteca.
- Só uma aviso. - ela gritou da escada e parou. - Eu não conto história, eu faço história.
Minutos depois ela voltou, com uma caixa empoeirada.
- Que bosta é essa ai? - zombou Ben. - As velharias da sua avó?!
Todos riram.
Isa se ajoelhou na frente do Ben e assoprou toda a poeira na cara dele.
- Isso é um jogo. E se for para alguém mijar nos meus sacos de dormir já pode dar um fora.
Todos permaneceram na sala, mas nem todos eram corajosos desse jeito.
Isa abriu a caixa, dentro havia uma espécie de cubo, com uma esfera no meio e nos cantos, marca de mãos.
- São para apenas quatro jogadores - disse ela. Bom, eramos em seis.
Zack, Ben e Kelly levantaram a mão. Nick e eu ficamos de fora.
Na tampa da caixa tinha um papel, peguei para ler... Enquanto eu lia a Isa começava o jogo.
- Cada um irá colocar sua mão direita nas marca, só assim estará conectado ao jogo. Os espíritos só respondem sim ou não, mas eu duvido muito disso.
"Não force os espíritos a dizerem o que não querem, haverá consequências." o que estava escrito no papel, fui cutucar a Isa, mas ela não deu bola, apenas disse:
- Silêncio agora
Na esfera começou a aparecer uma uma fumaça verde, e a palavra "Olá"
- Homem? - Isa perguntou.
Dentro da esfera apareceu a palavra "Não".
- Façam perguntas. - ela disse.
As horas de passaram até que foi minha fez de jogar. Em uma das rodadas, Isa começou a forçar o espírito a falar o que não queria.
- Responda, seu viado! Onde você está?! Qual o seu nome?!
- Não. - o espírito respondeu.
- Responda!
- Não, vadia.
Isa ficou tão estressada, e deu um soco do no cubo, e ele começou a tremer, todos de afastaram. Até que, a esfera explodiu assim vultos começaram a sair, barulhos de gritos de socorro. Isa foi para perto da cubo, colocou dentro da caixa e fechou, tudo desapareceu.
- Anna! Você tá bem? - ela perguntou.
- Acho que sim. - respondi. - Acho melhor irmos dormir.

• • •

Por volta das três horas da manhã, ouvi passos ao lado do meu saco de dormir, abri os olhos e vi Isa.
- O que você vai fazer? - perguntei.
- No banheiro, .
- Cuidado com os espíritos. - brinquei.
- Como se eu tivesse medo deles.
Fechei os olhos, em menos de cinco minutos, ouvi um grito vindo do banheiro. Um grito que acordou a todos.
- ISAAAA! - gritei e sai correndo.
Quando cheguei no banheiro vi uma cena horrível, minha melhor amiga jogada no chão com toda sua cabeça sangrando, comecei a chorar, todos vieram atrás de mim.
- Não brinquem com isso crianças, senão vão acabar igual ela. - disse Kelly.
Me levantei e li aquilo no espelho.
Será que tudo aquilo era verdade?

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